Ativismo Ciclonudista

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Pedalar pelado pode parecer uma má idéia. Expor-se aos elementos, a mídia, a repressão policial. No entanto pelo segundo ano consecutivo isso foi feito pelos cicloativistas em São Paulo. Os números são imprecisos, mas eram algumas centenas na II Pedalada Pelada. Versão Brasileira do World Naked Bike Ride. E para não deixar ninguém pelado, a polícia destacou meia centena de policiais militares.

O ativismo que se faz nas ruas através da Massa Crítica é em anárquico por exelencia e buscando libertar-se ao menos da repressão policial, os ciclistas reunidos, e vestidos, na paulista dispersaram ao final da avenida. Manobra evasiva que obteve sucesso e possibilitou que os mais aventurados mostram-se suas vergonhas no ponto de encontro combinado. O famoso movimento dos Bandeirantes, ou simplesmente “Empurra-Empurra”, as portas do parque do Ibirapuera.

Do Ibirapuera a massa de pelados e semi-nus seguiu por ruas e avenidas. Com sua presença mostraram duas coisas: em São Paulo existem muitos ciclistas e destes, uns tantos dispõem-se até a tirar a roupa em público para chamar a atenção para a bicicleta e a importância do veículo que utilizam.

O Movimento Cicloatista paulistano aprende com seus erros e acertos e cada vez mais consegue infiltrar seu discurso na mídia. Grande ou pequena. Ao mesmo tempo é capaz de pacificamente evidenciar tensões junto as autoridades. Levando ao limite o conceito de que bicicletas são parte do trânsito e portanto não devem ser tratadas com ostensiva repressão policial quando estão em uma grande concentração.


Mais:
Pedalando pelado (exceto na Avenida Paulista) – Mario Amaya
Pedalada Pelada São Paulo – NakedWiki

One thought on “Ativismo Ciclonudista

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