Copacabana, mais de 20 anos de ciclovia

As primeiras ciclovias cariocas foram construídas na orla da zona sul da cidade. Ao longo da Avenida Atlântica entre a rua Francisco Otaviano até a Pedra do Leme foram 4 quilômetros de asfalto com 2,70 metros de largura construídos no ano de 1991.

Desde a inauguração, nunca foi feito um levantamento completo de quantas bicicletas utilizam a infraestrutura. Mas para tudo sempre há tempo e o vídeo mostra um pouco como foi a contagem eletrônica de bicicletas.

Via: Bike é Legal.

Dez ciclistas por minuto em Copacabana

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A ciclovia da orla de Copacabana é certamente um dos locais mais movimentados no Rio de Janeiro e certamente no Brasil. Até o dia 17 de agosto de 2014 não havíamos parado para contar. E foi num domingo de sol em pleno inverno carioca que foi pra rua a Eco-Counter para definir com precisão a quantidade de ciclistas que passaram por ali ao longo de um dia. E novamente na quarta-feira 20 de agosto a contagem foi repetida.

Vale destacar alguns percentuais. Enquanto nas ruas internas de Copacabana 8% dos ciclistas são mulheres, na orla esse percentual é de 27%. Números se invertem em relação as bicicletas de serviço 36% nas ruas internas e 7% na orla. Mas mesmo assim é possível derrubar um mito 48% dos ciclistas na orla se deslocavam para trabalho ou estudo.

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Total de ciclistas na orla de Copacabana:

Escolher inicialmente o domingo foi proposital para ter como base comparativa com um dia de semana. Nos domingos há ainda a possibilidade de utilizar a área de lazer, o que ajudou a aumentar o número total. Em menos de 12 horas, foram cerca de 7.496 bicicletas que cruzaram o mesmo ponto, um fluxo de 625 ciclistas por hora ou 10 por minuto. Um trânsito intenso, com uma bicicleta a cada 6 segundos.

Do total, exatos 5.850 trafegavam na ciclovia ou 487 ciclistas por hora.

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Naturalmente que ao longo da quarta-feira os números foram menores, mas ainda assim impressionantes. Pelo mesmo ponto, passaram 3.894 ciclistas quase 325 ciclistas por hora. Ou 5,5 por minuto. A turística praia de Copacabana além de ser um excelente espaço de lazer aos domingos é também um importante eixo de deslocamento durante a semana. Um espaço para cruzar com tranquilidade a praia que é cartão postal brasileiro.

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Contagens automáticas de ciclistas

Os testes com o equipamento de contagem ciclistas no Brasil foram certamente pioneiros e parte do interesse da Transporte Ativo em entender e quantificar o uso da bicicleta nas cidades. Uma ferramenta pela valorização do mais prazeroso, prático, eficiente e agradável meio de transporte jamais inventado.

Claro que o hábito e o prazer das contagens fotográficas de ciclistas também aconteceu dessa vez. Justamente desse levantamento que vieram as belas imagens que ilustram esse post.

As contagens automatizadas através do Eco-Counter foram uma parceria com a Sacis Soluçōes Ambientais que representa o equipamento no Brasil.

Baixe o relatório completo.

Quem incentiva a bicicleta no Brasil?

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Foram 15 organizações de diversas partes do Brasil que em março de 2013 estiveram juntas para discutir o que é a promoção ao uso da bicicleta. O aprendizado conjunto rendeu frutos e espalharam a metodologia de contagem de ciclistas pelo país afora.

Em 2014 haverá mais uma edição do evento, dessa vez com o foco em como administrar uma organização para promover o uso da bicicleta. Certamente um aprendizado necessário em um país que ainda estrutura o terceiro setor e tem muito o que aprender através da sociedade civil engajada.

Além do workshop, haverá também o prêmio para as melhores iniciativas brasileiras de promoção ao uso da bicicleta, dividida em três áreas:

· Ação educativa e de Sensibilização
· Levantamento de dados e pesquisas
· Empreendimento

Pedalar já mudou muito as pessoas, serão ainda muitas pedaladas e é fundamental acreditar que a união de esforços, o compartilhamento de informações e o reconhecimento das pessoas e iniciativas que estão transformando o país irão transformar as ruas brasileiras.

Saiba mais sobre

Workshop – A Promoção da Mobilidade por Bicicleta no Brasil

Prêmio – A Promoção da Mobilidade por Bicicleta no Brasil

O que comprovam as contagens de ciclistas

O milésimo ciclista em contagem na Zona Norte de São Paulo - Foto:Roberson Miguel

O milésimo ciclista em contagem na Zona Norte de São Paulo – Foto: Roberson Miguel/Ciclocidade

Contar ciclistas é um saudável hábito e uma tradição na Transporte Ativo que felizmente se espalhou pelo Brasil.

Tudo começou com uma idéia simples, comprovar aos técnicos de transporte da Prefeitura do Rio de Janeiro que tem muita bicicleta em circulação em um determinado ponto. Para garantir a fidelidade do levantamento, nada mais natural que fotografar cada um dos ciclistas.

Fotografar ciclistas em movimento durante um dia inteiro em um mesmo ponto é, acima de tudo, uma maratona motivadora para todos que promovem o uso da bicicleta.

Conhecer quem pedala, ver as diferentes bicicletas e os diferentes usos que se faz desse veículo. A quem nunca participou como voluntário em contagens de ciclistas, recomendamos. Só quem já esteve nas ruas contando entende esse prazer.

Em São Paulo a Ciclocidade realizou duas contagens com mais de mil ciclistas cada uma. Foram comprovações maravilhosas de que, com um mínimo de infraestrutura, é possível ter um grande fluxo. Afinal, ambas as contagens foram realizadas em pontos de ciclovias construídas em canteiros centrais de grandes avenidas.

Os números acima de tudo atestam que promover o uso da bicicleta é a maneira mais eficiente de garantir a fluidez para mais pessoas com um impacto menor. Para exercer uma pressão eficiente por mais infraestrutura de qualidade para a circulação de bicicletas, contemos ciclistas!

 

Contagens fotográficas de ciclistas

Contagem de ciclistas em Aracajú

Contagem de ciclistas em Aracajú

Foi no Rio de Janeiro, na esquina das ruas Figueiredo de Magalhães e Nossa Senhora de Copacabana que se construiu um aprendizado prático que se espalha pelo Brasil. Foi mais uma contagem fotográfica da Transporte Ativo, mas com muitos convidados ilustres.

E os ilustres ciclistas tem posto em prática o aprendizado. Já foram realizadas 8 contagens, 2 em Aracajú, 2 em Manaus, 3 em Recife, uma em Juiz de Fora.

O pessoal da Ciclourbano de Aracajú, e os ciclistas da cidade, não se intimidaram com a chuva e foram para a rua para uma segunda contagem. E foi uma chuva de bicicletas. Na primeira contagem, no mesmo ponto,  foram quase 3.000 ciclistas.

As contagens são a melhor maneira de subsidiar o poder público municipal para entender o fluxo de ciclistas e garantir o conforto e segurança de quem já pedala e promover a bicicleta para que mais pessoas optem pelas magrelas.

Já no Recife, a recém fundada Ameciclo, também foi para a rua contar bicicleta. Um iniciativa do Guilherme Jordão e do Mario Henrique que estiveram no workshop do Rio em março, ainda como grupo informal Cicloação.

Pelo ineditismo para a cidade de uma contagem de ciclistas, o pessoal da Ameciclo encheu a mídia local de suspense e fez uma coletiva de imprensa que apresentou esse primeiro diagnóstico dos ciclistas recifenses.

As contagens seguirão, para apresentar dados de maneira clara para que a prefeitura e cidade tenham dados disponíveis sobre a realidade ciclística local e assim possam fazer intervenções consistentes e corretas para promover ainda mais o uso da bicicleta.