Superpoderes Ciclísticos: Expandir Horizontes

Caminho sem Volta

A vida é um caminho sem volta e a rota pedalada nunca mais é a mesma depois que passamos por ela. Assim foi com o ainda estudante Osvaldo Stella. Cruzar a Transamazônica em uma bicicleta foi a solução para a “alma desesperada” dele. A estrada mudou-lhe a vida e ensinou muito a quem achava que sabia tudo, mesmo sendo jovem.

Ser ciclista é definitivamente ver além do que a vida cotidiana pode retratar. A bicicleta é o melhor veículo para conhecer não só o mundo como a si mesmo. O horizonte que se expande em longas jornadas não é só o que se vê do lado de fora, mas também o que está dentro de cada um.

Nas palavras de Osvaldo: “Quanto mais longe você avança, mais longe você fica do começo e mais difícil é de voltar.”

Confira a história de Osvaldo Stella contada na conferência TEDxSP. Pouco mais de 15 minutos da engenharia até a Amazônia.

TEDxSP 2009 – Osvaldo Stella from TEDxSP on Vimeo.

Veja outros vídeos no site do TEDxSP.

Super Poderes Ciclísticos: Pertencimento

O uso da bicicleta no meio urbano tem um papel fundamental em reconstruir individualmente o olhar. Quem pedala não é simplesmente mais saudável e pontual, mas principalmente passa a olhar para o ambiente onde vive de uma maneira distinta. As ruas deixam de ser apenas local de passagem rumo a um destino, passam a ser parte indissociável do diário ir e vir.

A cada dia, em cada rua que um ciclista cruza, por breves instantes, o asfalto pertence a quem pedala e vice-versa. A bicicleta é o único veículo capaz de tornar seu usuário proprietário e propriedade do espaço onde circula. Essa ligação efêmera se desfaz e se renova a cada giro dos pneus e segue. Sem deixar marcas, mas capaz de mudar para sempre o olhar de quem se locomove nas duas rodas a pedal.

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Superpoderes Ciclísticos: Pontualidade

Os motivos para adotar a bicicleta como meio de transporte são os mais variados, no entanto um deles merece enorme destaque, a pontualidade. Mas esse conceito pode parecer um pouco misterioso para quem ainda não pedala.

A lógica no entanto é muito simples: um ciclista na cidade viaja a uma velocidade média de aproximadamente 15 km/h. Mais do que um dado científico, trata-se acima de tudo de uma comprovação empírica vivida por qualquer ciclista urbano no seu dia a dia.

A experiência cotidiana ensina de maneira definitiva que se um lugar está a 5 quilômetros de distância o ciclista vai precisar de 20 minutos para completar o trajeto sem pressa. Um semáforo fechado a mais ou a menos, a chuva ou o calor, tudo isso interfere pouco. As variações vão sempre cair dentro de uma margem de erro razoável.

O domínio quase que absoluto sobre as variáveis distância e tempo acabam por tornar o ciclista um ser humano capaz de ser mais pontual que a média dos habitantes da cidade. Com as facilidades trazidas pelos mapas disponíveis na internet um ciclista precisa apenas definir uma rota para saber a distância e depois fazer um cálculo matemático simples para aferir o tempo necessário para o deslocamento pretendido.

Com ou sem congestionamentos motorizados, durante as horas de pico, ou no meio da madrugada quem pedala vai sempre saber quanto tempo demora para ir do ponto A ao ponto B dentro da sua cidade. Com os problemas enfrentados rotineiramente por quem depende dos motores para se locomover na cidade, o ciclista urbano torna-se um pouco uma figura mítica. É capaz de prever quanto tempo irá demorar para se deslocar até mesmo na ultracongestionada São Paulo.