Poder executivo sem carros

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O Dia Mundial sem Carro já é tradicionalmente da administração municipal no Rio de Janeiro. É o momento de comemorar a efeméride da mobilidade urbana e lançar campanhas de incentivo para que a população conheça alternativas.

Mas para que o papel do poder público seja exercido à contento, normalmente tem de haver pressão constante por parte da sociedade civil ao longo dos anos. Assim foi no Rio de Janeiro, assim ainda é em diversas cidades brasileiras.

Conheça o histórico da Transporte Ativo no Dia Mundial Sem Carro entre 2005 e 2011.

O final de um ciclo com o Intermodal

Foi no dia 31 de agosto de 2006 que promovemos o primeiro desafio intermodal do século XXI. Desde então, muita coisa já mudou. Hoje mais de 20 cidades brasileiras já realizam seus intermodais.

Os resultados mudam a cada ano, mas surpreendentemente, as bicicletas, no quesito tempo, só perdem para motos e helicópteros e no ranking de eficiência, nunca perderam pra ninguém, nos 7 anos de desafio carioca e em todos os realizados pelo país a fora.

Gráfico com resultados de chegada ano após ano – visão da regularidade

Gráfico com resultados de chegada, no Rio, ano após ano – visão da regularidade

Gráfico com resultados do Ranking ano após ano – visão da eficiência

Gráfico com resultados do Ranking Carioca ano após ano – visão da eficiência

A regularidade da bicicleta apenas nos mostra que a necessidade de realizar os DIs desaparece. Por isso faremos uma pausa no Rio de Janeiro, para voltarmos a realizá-lo em 2016, dez anos após a primeira edição e com todas as obras viárias olímpicas já implantadas.

Sensação de dever cumprido. A Transporte Ativo segue para novas fronteiras. Depois de mais de 8 anos também deixamos de participar do Dia Mundial sem Carros. Atividade assumida pelo poder público local, um caminho natural para essas atividades.

Permaneceremos em busca de novas soluções e novas maneiras de levantar dados para cidades mais amigas de seus cidadãos.

Pedalemos.

Vale rever o vídeo do Jornal da Globo com o primeiro DI carioca.
Para saber mais sobre outros DIs, passados e futuros, confira na página da UCB.

O que sobrou das praças

As praças como estão hoje são retrato de como foi construída a cidade do século XX, são ilhas, muitas vezes isoladas, cercadas de fluxo motorizado pro todos os lados. Mas essa construção é recente e um desejo profundo de reverter a condição atual das praças está em curso. Essa é um pouco a história do documentário feito para a agência Pública sobre as praças de São Paulo.

Desafio intermodal, cotidiano

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O resultado da chegada do Desafio Intermodal (DI), acaba sendo sempre o mais visado, pois é o mais facilmente disponível além de estar fortemente vinculado a cultura da velocidade.
Chegar mais rápido nem sempre é a melhor solução ou a mais eficiente e esse é o grande lance dos DIs checar a eficiência de cada modal naquele percurso, naquele horário.
No VII Desafio Intermodal Carioca, o resultado de chegada foi consistente com anos anteriores mas teve algumas surpresas.

A moto, como de costume, foi a mais rápida, seguida pelo taxi que pode percorrer grande parte do trajeto na faixa seletiva dos ônibus, apelidadas de BRS. Na sequência, a combinação metrô-Bike Rio seguida pelo ciclista que percorreu todo o trajeto pedalando pelas ruas.

Um dos grandes resultados em comparação a anos anteriores foi o ônibus ter chegado 2 minutos antes do automóvel, 67 e 69 minutos respectivamente. Resultado ainda muito aquém dos 51 min do metrô-Bike Rio e dos 57 min da combinação metrô-ônibus.

Apesar dos efeitos mais notáveis em relação ao tempo de deslocamento ter sido obtido no taxi, a faixa seletiva de ônibus também contribui para baixar o tempo de deslocamento do transporte público, sua missão original.

Além de medir o tempo, também foram computados outros resultados objetivos, tais como custo da viagem, gasto de energia, poluição e emissão de CO². Nesse ranking a bicicleta se destaca nas primeiras posições e o taxi fica em penúltimo, logo antes do carro.

Por fim, tivemos também o ranking subjetivos, computados através de perguntas feitas aos participantes sobre suas impressões, no calor da chegada.

Veja todos os resultados no relatório completo do VII Desafio Intermodal Carioca. Confira ainda a foto oficial dos participantes.

Ficou mais fácil pedir um bicicletário

suporte U-invertido ou Sheffield

Promover o uso da bicicleta é buscar alcançar um horizonte distante e ao mesmo tempo ter pequenos objetivos claros e factíveis. Dentro dessa lógica, mais uma vez a prefeitura do Rio de Janeiro teve a ajuda da Transporte Ativo para implementar uma grande mudança.

As solicitações para a instalação de bicicletários em logradouros públicos na cidade do Rio de Janeiro devem obecer ao código de posturas e uma regulamentação específica. É a resolução SMAC Nº 505 publicada em 22 de dezembro de 2011. Um pequeno legado do dia mundial sem carro, mas acima de tudo uma conquista que irá facilitar o estacionamento de mais bicicletas pela cidade.

Art. 2º As solicitações a que alude o caput do artigo anterior far-se-ão mediante requerimento dirigido ao Gerente da 2ª Gerência de Projetos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente podendo ser protocoladas nessa Secretaria ou nas suas unidades descentralizadas ou ainda requeridas através do seguinte endereço eletrônico: ciclovia@pcrj.rj.gov.br, através do qual o
interessado receberá orientação.

§ 1º O requerimento poderá ser firmado por qualquer interessado, devendo conter, no mínimo, a sua identificação, endereço e telefone, a indicação do local onde pretende instalar o bicicletário (rua/avenida, número de referência, bairro e descrição da área), podendo a Administração solicitar outras informações que entender imprescindíveis à apreciação do pedido.

A publicação da resolução foi mencionada em um post anterior, entenda: Novos Bicicletários nas ruas. Conheça o teor da resolução SMAC 505 que estabelece os procedimentos relativos às solicitações para autorização de instalação de bicicletários em logradouros públicos no Município do Rio de Janeiro. Aos Cariocas, solicitem seus bicicletários, já os moradores de outras cidades podem sugerir ao poder público municipal que crie uma regra parecida.