Como construir ciclovias

 

Existe uma pedalada fundamental para tornar realidade as cidades para bicicletas. Desenvolver o repertório técnico dos planejadores urbanos. Claro que é necessária a vontade política de decidir em prol da mobilidade humana, mas sem as devidas referências, a cidade se constrói no mau improviso.

Recentemente o GT Ciclovia no Rio de Janeiro colaborou na elaboração do “Caderno de Encargos para a Execução de Projetos Cicloviários”, com a participação de diversos integrantes da administração municipal e representantes da sociedade civil, Transporte Ativo e ITDP inclusos.

O caderno busca abarcar desde as definições e características dos elementos de um sistema cicloviário além das ilustrações e especificações até a execução. Tudo para que as futurar obras sigam um padrão inteligível por quem irá planejar, executar e finalmente utilizar a infraestrutura.

Destaque para a apresentação:

 

De acordo com o que preceitua a legislação municipal, o nosso sistema cicloviário é formado por ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas e bicicletários.

Como elemento de apoio ao sistema cicloviário julgamos conveniente a adoção de medidas moderadoras de tráfego que objetivam controlar a velocidade dos veículos permitindo que ciclistas e pedestres fiquem mais protegidos. Dentre as inúmeras soluções nesse sentido, destacamos neste Caderno o estabelecimento das chamadas “Zonas 30 Km”, as interseções elevadas (speed table) além das sinalizações horizontais e verticais.

Também consideramos importante o estabelecimento de ciclorrotas, constituídas por caminhos, sinalizados ou não, que representam uma rota favorável ao ciclista. Não possuem segregação do tráfego comum, como pintura ou delimitadores, embora parte ou toda rota possa passar por ciclofaixas e ciclovias

 

Ou seja, planejar para a bicicleta envolve muito mais do que simplesmente traçar linhas em um mapa e modificá-las depois nas ruas. O ciclista, por ser mais importante que seu veículo, tem necessidades mais humanas e por isso mesmo mais complexas, do que as soluções viárias tradicionais. Além do caminho feito por ciclovias, ciclofaixas e faixas compartilhadas, também é preciso considerar o estacionamento. Mas mais importante do que esses elementos, são as soluções moderadores de tráfego, que buscam reduzir a velocidade dos veículos motorizados, reforçar as ruas como zona compartilhada por diversos meios de transporte e tornar esse espaço público de circulação compatível com a vida humana.

Projetos Cicloviários

Quem quiser saber mais sobre o Caderno de Encargos para a Execução de Projetos Cicloviários, ele está disponível para download no site da Prefeitura do Rio de Janeiro, juntamente com o Caderno de Instruções para elaboração, apresentação e aprovação de projetos geométricos viários urbanos, o Caderno de Referência para elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades, a Legislação, em vigor, para a implantação de BICICLETÁRIOS e as resoluções do CONTRAN para sinalização vertical e horizontal.

Mais motivos para pedalar

Bike é legal - Arte de Reynaldo Berto

Bike é legal – Arte de Reynaldo Berto

Está no aro Bike é legal, um site que certamente irá contribuir com qualidade e densidade sobre a bicicleta no Brasil e no mundo. Para além do transporte, tem lazer, esporte, sustentabilidade, dicas de manutenção, grupos de pedaladas, cicloturismo e um baú histórico sobre esse tal de cicloativismo no Brasil.

Com Renata Falzoni à frente e um time de blogueiros responsa, é um excelente presente aos amantes e promotores do uso da bicicleta. A Transporte Ativo estará lá representada por esse que vos escreve.

Nos lemos lá, aqui e pedalando pelas ruas, porque bicicleta é legal demais!

Ciclovias para o centro do Rio de Janeiro

ciclorrotas-centro

A cidade do Rio de Janeiro está em transformação e grandes reformas urbanas são também momentos de oportunidades. Natural que busquemos promover o uso da bicicleta enquanto a cidade passa por uma de metamorfose.

Foi essa a visão central do projeto ciclorrotas do centro do Rio de Janeiro, reunir pessoas para propor, através da participação cidadã, uma cidade mais humana. Nada melhor portanto que pensar o futuro da paisagem central do Rio de maneira a incluir a bicicleta.

As pesquisas e os processos de construção do planejamento cicloviário para o centro do Rio vai estar no ar no Studio-X.

Confira:

Ciclo Rotas Centro

Uma malha cicloviária para o Centro do Rio de Janeiro

Venha participar do diálogo sobre a mobilidade que queremos para o Rio de Janeiro.

Abertura dia 23 de julho, terça-feira, às 18:30

Exposição de 24 de julho a 01 de novembro

Studio-X Rio – Praça Tiradentes, 48

A exposição tem o patrocínio do Banco Itaú.

Mapa cicloviário de Belo Horizonte

Mapear é mais do que traçar linhas imaginárias e pontos em papel, ou qualquer outro suporte. A arte de fazer um mapa é orientar desejos coletivos de caminhos e destinos. Em tempos de conhecimento colaborativo, as ferramentas ficam mais fáceis.

Como bem definido pelos amigos do Mountain Bike BH:

Identificar as estruturas que viabilizam o uso da bicicleta em uma cidade é uma forma de estimular o seu uso por mais pessoas, nas várias vertentes: transporte, lazer, esporte.

E foi justamente no modelo de ação da Transporte Ativo que nasceu o Mapa Cicloviário Colaborativo de Belo Horizonte. Uma iniciativa cidadã que visa localizar:

– Bicicletários (públicos, privados);
– Locais amigáveis para bicicletas (bares, shoppings, etc..);
– Empresas que possuem estrutura para seus funcionários utilizarem a bicicleta;
– Ciclovias, ciclofaixas e seu estado de conservação
– Lojas e oficinas de bicicleta (endereço, website);
– Bombas de ar (em postos de gasolina);

Além é claro de traçar as rotas cicloviárias da cidade. A iniciativa é acima de tudo uma padronização de dados, em constante evolução, para facilitar a vida de quem pedala e incentivar as pessoas a redescobrirem Belo Horizonte em duas rodas.

Só nos resta agradecer aos amigos do MTB-BH pela inicativa e encorajar a quem mais quiser fazer o seu mapa colaborativo, que pegue a receita e prepare uma cidade deliciosa para os ciclistas. Está tudo no tutorial de como construir o seu mapa cicloviário colaborativo.

Pelo amor a bicicleta

Livro eu amo bike

Em busca de entender o que é essa tal de bicicleta e o que ela faz com que a utiliza, foi lançado o livro “Eu Amo Bike“, 50 histórias de brasileiras e brasileiros apaixonados por essa tal magrela.

É um amor que surge ao primeiro vento no rosto. Aquele equilíbrio bambo pela rua vazia a cadência dos pedais garantiu que milagrosamente duas rodas alinhadas em linha reta fossem capaz de manter de pé um estrutura de tubos metálicos e uma pessoa em cima.

Tudo tão simples, mas ainda assim a bicicleta e a primeira pedalada livre é lembrança eterna. Impossível esquecer essa arte de caminhar sobre o ar e cortar o chão, a terra, as ruas e o mundo.

Além de poder desfrutar de inspiradoras histórias, ao comprar o livro, parte da renda será destinada a Transporte Ativo, Ciclocidade e o site Vá de Bike organizações que promovem o uso da bicicleta e compostas por apaixonados.

Dá pra descobrir 50 razões para amar a bicicleta, 50 dicas para começar a pedalar e claro sentir aquela vontade de descobrir o prazer das duas rodas a pedal para quem não conhece e reviver a paixão de quem pedala e ama o vento no rosto.

O livro estará nas livrarias a partir da segunda quinzena de maio, mas já é possível comprá-lo via facebook.

Leia mais no Vá de Bike.