De Bicicleta na Rio+20


O Rio de Janeiro está no centro da discussões sobre sustentabilidade e o futuro do planeta. Em tempos de Rio+20 a cidade fervilha com discussões, painéis, mostras, mesas abertas, espaços fechados. Estarão presentes líderes do mundo e também uma enorme diversidade de povos.

Entre a diversidade da Cúpula dos Povos no Aterro e os líderes planetários no longíquo RioCentro quilômetros de vias asfaltadas, engarrafadas e com transporte público com serviço abaixo da qualidade de adequada.

A solução está na diversidade, combinar diversos meios de transporte adequados a necessidade do usuário. Nesse contexto, corre por fora a bicicleta pública. Aquela que é compartilhada por milhares de usuários, está sempre circulando e tem estacionamentos seguros espalhados pela cidade afora.

Infelizmente as estações nem sempre são próximas aos destinos ou ainda é preciso circular em meio a multidões de pedestres. Nessa hora chega o patinete. Aquela veículo de duas rodas que junta um pouco do skate, do patins e da bicicleta tudo para ir mais rápido e com menos esforço do que caminhar.

O conjunto bicicleta mais patinete é show ao unir praticidade das duas rodas em diferentes formas.

Fica assim estabelecido, o ranking. Para as grandes distâncias o ônibus e metrô, para aquelas abaixo de 10km e principalmente em torno de 5km a bicicleta, para aqueles deslocamentos ágeis em torno de 1km, corre por fora o patinete.

Por fim, pra quem pedala ou se desloca através da própria força e garante um ar limpo e menos consumo de energia, dia 21 tem pedalada da Rio+20. É a Rio+Bike, não é um protesto, é uma proposta.

A lenda da bicicleta na árvore

Quem nunca viu por aí a foto de uma bicicleta antiga, engolida por uma árvore. Uma imagem que já se tornou clássica circula pelas redes sociais, palestras sobre mobilidade urbana, emails e onde mais a bicicleta integrada ao meio ambiente for o assunto.

A popularidade e simbolismo da imagem inspiraram lendas. A melhor delas é certamente a de um soldado que partiu para a Primeira Guerra Mundial e nunca mais voltou. Esquecida no bosque a bicicleta foi engolida pelo tronco da árvore e subiu aos céus junto com o crescimento da planta. Como bem lembrou o colega Odir, essa história tem pouco, ou nada, de verossimilhança. Afinal, trata-se de um modelo infantil, provavelmente da década de 1950.

Com um pouco de contexto, ou nenhum contexto, é possível contar uma história inventada sobre o que aconteceu com a tão famosa bicicleta na árvore. Talvez em uma pedalada exploratória, um grupo de crianças foi longe para dentro da mata. Um pneu furado foi o motivo para uma delas pegar carona na bicicleta de um colega. A noite caiu quando todos chegavam em casa. No dia seguinte, tinha aula logo cedo. Rondas intensivas no fim de semana seguinte não foram capazes de localizar o local exato, até que a criança, dona da bicicleta mudou-se da vizinhança. Todos cresceram, ganharam bicicletas maiores no Natal daquele ano. E a pequena bicicleta infantil, ficou lá esquecida, no meio do bosque.