…
Na primeira noite nós nos aproximamos
com nossa bicicleta e
plantamos um jardim.
E não dizem nada.
Na segunda noite, já não nos escondemos;
andamos por pontes
e bicicletários
e não dizem nada.
Até que um dia,
o mais frágil de nós
pedala sozinho na rua,
toma de volta a luz da cidade, e,
conhecendo a liberdade,
arranca-lhes a voz da garganta.
E já não podem dizer nada.
…
Alusão e reconstrução do famoso trecho do poema “No caminho com Maiakóvski”, de Eduardo Alves da Costa.
Lindo!
É a reconstrução do espaço da cidade, uma bicicleta de cada vez!
de poesia não entendo nada, mas…
linda a foto!