Bicicletários e equipamentos culturais

Quem pedala também gosta de cultura e usa a bicicleta como meio de transporte para ir até equipamentos de lazer. Atender ao ciclista e recebe-lo já está inclusive previsto na legislação municipal. A lei 14.266/2007 diz que:

Art. 8º Os terminais e estações de transferência do SITP, os edifícios
públicos, as indústrias, escolas, centros de compras, condomínios,
parques e outros locais de grande afluxo de pessoas deverão possuir
locais para estacionamento de bicicletas, bicicletários e paraciclos
como parte da infra-estrutura de apoio a esse modal de transporte.

Mas lei no papel é letra morta e vale sempre à pena ir verificar como o ciclista é recebido. Foi esse o propósito do vídeo que tem Aline Cavalcante (@pedaline) como protagonista.

Mover-se, aprender e comer

Um pouco de inspiração para começar a semana. Em um tradução livre das palavras dos autores do vídeo:

Três amigos vivenciaram diversas partes do mundo, foram 44 dias, 11 países, 18 vôos, mais de 60 mil quilometros, um vulcão em erupção, 2 cameras e quase um terabyte de imagens. Tudo girou ao redor de três conceitos: movimento, aprendizado e comida.

As milhões de visualizações dos vídeos comprovam o sucesso da jornada. A trilogia é composta dos vídeos MOVE, LEARN e EAT, peças publicitárias feitas por encomenda para um site de passagens promocionais australiano.

O gigante chinês

Para resolver os problemas de mobilidade nas grandes cidades do mundo, é preciso oferecer opções cômodas, rápidas e seguras. Um exemplo chinês ajuda a visualizar como um bom projeto em prol da bicicleta rende frutos para melhorar a mobilidade de uma cidade inteira.

O sistema de bicicleta públicas de Hangzhou, uma cidade no sudeste da China, já começou grande: tinha 2.800 bicicletas e 61 estações. O serviço foi lançado em maio de 2008 para uma população de cerca de sete milhões de pessoas.

Hoje, passados três anos, Hangzhou tem o sistema de bicicletas públicas que mais cresceu em todo o mundo: 2.050 estações e 51.500 bicicletas, que são utilizadas diariamente por 240 mil cidadãos, com picos de 320 mil viagens por dia.

O sucesso está no fato de que há uma verdadeira integração entre o sistema de bicicletas e a rede de transportes públicos. Após usar a bicicleta, o usuário tem até 90 minutos para pegar um ônibus, dentro da mesma tarifa. As estações de bicicletas estão a pouca distância entre elas – 200 a 300 metros, no centro da cidade – e a primeira hora de utilização é gratuita. Estes são outros dois fatores que fazem de Hangzhou um caso de estudo de sucesso global.

O sistema de bicicletas públicas obteve a maior taxa de satisfação entre todos os projetos desenvolvidos na cidade. Os cidadãos afirmam que, com o crescente tráfego e congestionamentos, as bicicletas tornam as viagens mais rápidas e convenientes.

Para melhorar a mobilidade na cidade chinesa, a previsão é que sejam 175 mil bicicletas públicas até 2020.

Confira no vídeo (em inglês):

The Biggest, Baddest Bike-Share in the World: Hangzhou China from Streetfilms on Vimeo.

  • Visto em: Greensavers e Treehugger.com
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    Mais bicicletas públicas no blog

    The Difference campaign

    Please compare:

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    These advertisements were created and produced by Mikael Correa, a Brazilian adman.

    He is also an urban bicyclist and designed the campaign with the purpose of making a comparison, through images, between motorized and human transportation, and the consequences of our choices not only for the environment but for our own life.

    Mikael has kindly donated these three posters and ads to Associação Transporte Ativo. See more about us here.

    In our opinion, the advertisements are brilliant, a mix of subtle intelligence and fine mood. We are extremely grateful. Like Mikael, our actions are focused on contributing to raise bicycle awareness. The ads are going to be a first-rate way of doing that.

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  • Bicibus: de bicicleta para a escola

    planetgreen.com

    Um bicibus é uma reunião de crianças, em grupos, para irem juntos de bicicleta para a escola (por vezes também ao jardim de infância). Normalmente, as crianças mais novas são acompanhadas por adultos. O bicibus é uma boa alternativa para substituir o hábito de levar as crianças à escola de carro, especialmente quando o medo de acidentes e alegações de segurança de trânsito são os principais motivos dos pais não deixarem seus filhos pedalarem nas ruas.

    Andar de bicicleta dá às crianças uma chance de serem mais ativas fisicamente, de melhorar suas habilidades de convivência no trânsito urbano, e de aprender mais sobre seu meio ambiente. Ir de bicicleta para a escola é também uma oportunidade de explorar um território mais vasto na comunidade e experimentar uma crescente independência e responsabilidade, à medida que as crianças crescem.

    Normalmente, o bicibus é mais efetivo quando implementado como parte de um Plano de Mobilidade Escolar. Este Plano geralmente é estabelecido com a participação de professores, pais e autoridades locais, a fim de incentivar os pais a não levarem seus filhos à escola de carro. As crianças são integradas ao Plano por meio de atividades educativas centradas na segurança de trânsito e comportamentos pró-ambientais. Este plano de mobilidade escolar geralmente inclui diversas ações, como a criação de rotas mais seguras e o redesenho das áreas proximas da escola, a elaboração de jogos de mobilidade para as crianças, ou a organização de uma central de carona com os pais.

    Impacto

    A redução do uso do carro pode chegar a 30%, dependendo do grau de comprometimento de todos os envolvidos no processo (escola, pais, crianças, polícia de trânsito, autoridades municipais).

    Caminhos para o sucesso

    Um bicibus precisa de um forte envolvimento de muitos parceiros: a prefeitura, o conselho da escola, professores, pais e, claro, as próprias crianças! Concebido como um projeto de ensino em matéria de segurança de trânsito, mas também abordando os impactos sobre a mudança climática, o bicibus pode ter um impacto de longo prazo sobre a juventude.

    Quando implantada como parte de um plano de mobilidade da escola, a medida pode ser mais eficaz ser for aplicada juntamente com um programa de treinamento para andar de bicicleta. Com isto, um maior número de crianças indo de bicicleta para a escola deve ser esperado.

    A localização da escola e seu entorno podem ter um impacto significativo na percepção da segurança do trânsito e no número de veículos. Melhorar as condições para se andar a pé ou de bicicleta nas áreas de aproximação da escola e aumentar a proximidade entre escolas e zonas residenciais aumenta o número de viagens ativas e reduz os deslocamentos com automóvel.

    ctc.org

    Possíveis obstáculos

    Os pais muitas vezes citam questões de segurança como um dos principais motivos para ficarem relutantes em permitir que seus filhos pedalem de bicicleta para a escola. Fornecer supervisão de um adulto em todo o trajeto pode ajudar a reduzir essas preocupações. Os benefícios podem ser percebidos mais facilmente pelas as famílias que moram a uma distância que dê para ir de bicicleta para a creche ou a escola.

    Problemas podem aparecer quando o bicibus conta com a participação voluntária dos pais. Isto exige esforço contínuo para recrutar novos voluntários a cada ano, quando as crianças deixam a creche ou escola primária.

    Os custos da medida

    Um bicibus não implica custos elevados, uma vez que a maioria das ações consiste em organizar os trajetos para reunir as crianças, com a ajuda voluntária dos pais.

    texto traduzido de: European Plataform on Mobility Management, com adaptações

    em inglês, usa-se a expressão cycling bus. A tradução literal seria “ônibus-bicicleta”, mas, como o conceito é novo em língua portuguesa, optamos por adotar o termo bicibus, que é mais simples, segue o uso já consolidado nas línguas latinas como o italiano e o espanhol, e tem tudo a ver. Começa com BICIcleta, que é como se inicia a pedalada, e termina como um ôniBUS, com várias bicicletas pedalando juntas. Na implantação de futuros projetos, nomes criativos podem ser adotados: biciclétibus, ciclobus, onibicicleta. O importante é a ideia e sempre ouvir a criançada!