Em situações de calamidades como terremotos, tsunamis e outras catástrofes naturais, as bicicletas de carga são um modo de transporte muito eficiente na logística de distribuição de produtos. Em postagem recente, destacamos a importância delas durante o Tsunami de 2011 no Japão e no Terremoto de 2017 na Cidade do México. Nesse momento, diante da pandemia do novo corona vírus, elas estão pelas ruas girando forte para atender às demandas da população, como nas fotos acima e abaixo, carregada de álcool gel.
Em 2015, a pesquisa “Contagem de Estabelecimentos Comerciais com Entregas por Bicicleta”, realizada no quilômetro quadrado mais denso de nove bairros do Rio, mapeou 7524 entregas por dia, sendo o bairro de Copacabana o que realiza mais entregas. Outra pesquisa de 2011 sobre o tema nos rendeu o Prêmio Cycling Visonary Awards e recentemente traduzimos quatro manuais da European Cycle Logistics Federation que tratam sobre diferentes aspectos das bicicletas de carga.
Além da eficiência nos deslocamentos urbanos, a bicicleta é um veículo que funciona com energia limpa, arroz e feijão, como costumamos dizer. Seu uso nas cidades colabora para que tenhamos menos poluição do ar e mais qualidade de vida para todas as pessoas. De acordo com um artigo publicado hoje no The New York Times, um estudo recente aponta uma relação entre o número de mortes com os níveis de poluição das cidades. Regiões com altos níveis de poluição antes da pandemia registraram um maior número de mortes em comparação com cidades onde o ar é mais limpo.
Esperamos que essa pandemia passe logo e que possamos estar novamente nas ruas, pedalando e usando a bicicleta cada vez mais. Vamos passar por tudo isso, sim vamos! Quem pedala sabe que a subida é árdua, difícil, mas depois a gente relaxa na descida. Fiquemos firmes e, por enquanto, quem puder, fique em casa.