Com apenas duas rodas, a bicicleta precisa estar sempre em movimento para manter-se de pé. E quedas de ciclistas podem mostrar importantes lições importantes sobre a segurança das magrelas.
Notícias na imprensa de ciclistas mortos, feridos e mutilados ganham grande destaque, mas ignoram um elemento fundamental, a bicicleta como veículo intrinsecamente seguro.
A bicicleta é personagem das bordas do trânsito, com a presença massiva de veículos automotores, o ciclista que se move em ambiente opressivo fica mais exposto.
Ocorrências graves com ciclistas precisam da presença de ao menos um dos dois elementos para acontecer, altas velocidades ou grandes massa de peso. Um ciclista sozinho costuma se machuca com mais gravidade quanto cruza em alta velocidade por estradas ou trilhas.
Já o trânsito urbano tem excesso dos dois elementos agravadores de risco para os ciclistas, velocidade e grandes massas de peso. Sem controle, o fluxo de motorizados implica em graves consequências para ciclistas no trânsito, mas principalmente para pedestres, as maiores vitimas nas ruas.
Apenas para dados comparativos, para cada ciclista morto nas ruas de São Paulo, foram 10 pedestres vitimados por altas velocidades, grandes massas de peso que costumam se somar a imprudência.
Falar sobre segurança para ciclistas portanto é abordar a urgente humanização das ruas e as necessárias medidas para compatibilizar os fluxos viários com a vida nas cidades.
Sozinha a bicicleta é intrinsecamente segura, qualquer discussão que atente contra essa prerrogativa é falaciosa e depõe contra o desejo dos que vivem nas cidades e desejam perecer de causas naturais.