São mais de 1,5 milhão de ciclistas diariamente nas ruas da região Metropolitana do Rio de Janeiro. Um número expressivo e que só faz aumentar. Dentre os problemas que enfrentam, 40% apontam que estacionar a bicicleta é uma dificuldade.
A futura Designer Bruna Montuori em seu projeto de conclusão de curso buscou problematizar essa realidade almejando caminhos para incentivar ainda mais a circulação em bicicleta no Rio de Janeiro.
Faltam bicicletários seguros e práticos e isso é, dentre outros, um fator que faz com que menos pessoas optem pela bicicleta em seus deslocamentos, sejam os pendulares (casa-trabalho/estudo-casa) ou uma simples ida à padaria.
Bruna fez um recorte na área da Gardênia Azul, onde impera a cultura do “não cuidado”, bicicletários improvisados que atendem a mais de 400 ciclistas todos os dias (cerca de 40% mulheres) que pedalam por necessidade. Já que é onde o transporte público é mais precário que a bicicleta desempenha seu papel social mais importante.
O estudo faz ainda uma comparação entre os investimentos na infraestrutura na área nobre da zona Sul e o pouco zelo e a total falta de opções que o ciclista da zona Oeste do Rio tem acesso.
Afinal, o ciclista quer mais que ciclovia ele quer mais pistas e onde estacionar. E quer estacionar com segurança, praticidade, em um local resistente, durável e que reconheça seu valor.
Confira a íntegra do projeto de conclusão de curso:
Incrivel!!! Parabéns, Bruna! Continue orgulhando os cariocas, precisamos de mais gente coma sua cabeça!
Bom dia.
Bruna, parabéns pelo excelente trabalho. Eu utilizo a bicicleta diariamente de casa para o trabalho. Moro no bairro da Vila da Penha, município do Rio de Janeiro capital (zona norte), e o meu trabalho fica na zona central. Sou o único que vou de bicicleta para o trabalho (infelizmente). Acho que por isso, consegui no trabalho o privilégio de estacionar a bicicleta dentro da empresa. Mas, talvez, se tivéssemos efetivamente espaço destinado para estacionar bicicleta, talvez outros trabalhadores pudessem vir com as suas. Outro ponto importante é sobre a inexistência de qualquer espaço destinado a circulação das bicicletas nas citadas regiões. Eu criei o meu próprio percurso. Foi sofrendo com esta inexistência de ciclovias, ciclofaixas, a ideia me surgiu. Então, criei uma proposta da ciclovia compartilhada com demais meios de transporte de propulsão humana, utilizando o espaço vazio da malha ferroviária da cidade do Rio de Janeiro (área metropolitana). Fiz um trabalho fotografando a malha ferroviária. Para que vocês possam ver o seu resultado, acessem o link http://www.facebook.com/cicloferroviarj . Espero que gostem e que possam ajudar a melhorar o projeto de forma a torná-lo realizada. Um abraço. Ribamar