Ônibus, esse desconhecido

O uso do automóvel particular é sabidamente o grande causador dos engarrafamentos nas grandes cidades. São Paulo é o maior exemplo brasileiro do mau uso do transporte individual motorizado. Taxa de ocupação de menos de 1,5 pessoa por carro particular, capaz de transportar de 4 a 5 ocupantes. Um reflexão de um blogueiro paulistano é digna de nota:

“Engraçado que em São Paulo, quem tem carro em geral não tem o reflexo de verificar se existe uma opção de transporte público. (…) E tem a vantagem de ser bem mais rápido nos corredores: os meus trajetos de ônibus foram sempre pouquíssimo mais longo do que de carro, inclusive em dia de grande engarrafamento. E eu ainda economizo na gasolina, desgaste, estacionamento e sobretudo na paciência.”

Confira a íntegra em “Tem um carro a menos no trânsito paulistano…

O paulistano que quiser experimentar o transporte público ainda conta com a facilidade de um eficiente roteador oferecido pela SPTrans.

Um dia na Vida de um Ciclista

Eu li as notícias hoje sobre um homem de sorte preso no enfarrafamento. Apesar da matéria ser bem triste eu tive que rir. Eu vi a foto do trânsito parado e ele dentro do carro. Os pedestres caminhando, as bicicletas cruzando em velocidade. Engarrafado, não faz diferença ser bacharel ou deputado.

Acordei, cai da cama (8:15)

Um pouco de subida e lá está a Oscar Freire (8:23)

Acima o céu azul (8:23)

Para eles o trânsito é motivo de atraso (8:23)

De bicicleta, nada de deixar fumaça pra trás (8:28)

Asfalto corre solto abaixo (8:28)

Sinal Fechado (8:28)

Não feche o cruzamento (8:36)

Sombra solitária (8:36)

Como voar sem asas (8:38)

Reta Final (8:38)

Pronto para o trabalho. Duas bicicletas, um ciclista (8:40)

Fim do dia. Boa Noite São Paulo (21:02)

Livremente inspirado em “A Day in the Life“, música dos Beatles.

Dez pra Um e aumentando…

Em São Paulo estima-se que sejam 300 mil ciclistas e 3 milhões de motorizados em circulação todos os dias. Também segundo a CET são 800 novos carros e motos que chegam as ruas diariamente. O espaço não consegue crescer nessa velocidade. Num horizonte de colapso iminente, ou real, para muitos é difícil ver saídas possíveis.

Quem pedala no entanto já sabe. De bicicleta é mais gostoso e na maioria das vezes, até mesmo mais rápido.

Em uma reportagem para a Veja São Paulo, a repórter Branca Nunes traçou um pequeno panorama da mobilidade por bicicleta na maior cidade do Brasil. A conclusão é simples, quem optou por pedalar diariamente vive alheio aos quilômetros de retenção nas ruas e avenidas da metrópole.

Leia em “Pedaladas em Alta“.

Diagnóstico do Caos Paulistano

Uma video-reportagem publicada no portal da revista Veja busca ilustra a visão de dois estudiosos das questões urbanas da grande metrópole latino americana que é São Paulo. Para os que vivenciam o engarrafamento de dentro de seus potentes automóveis particulares as perspectivas realmente são sombrias.

A verdade, no entanto, e que a maioria absoluta da população paulistana constrói seu cotidiano sem carro. Os motivos são diversos, mas os incontáveis exemplos mostram que se deslocar em São Paulo pode ser mais do que transitar numa ilha cercada de carros por todos os lados.

Cercado
Foto Rafael Pacheco.

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– O Vídeo “Apocalipse Motorizado“, aprofunda mais a questão do trânsito paulistano e do caos que ele passou a representar.


Mais sobre São Paulo no blog
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– Trânsito e Qualidade de Vida nas Grandes Metrópoles.

– “Contested Streets – Breaking NYC Gridlock:
Filme sobre o problema no trânsito de Nova Iorque.
Trailler também no Youtube.

São Paulo, pelas bordas

Fim de Tarde na Paulista

São Paulo, maior pólo econômico da América do Sul. Com uma frota de 6 milhões de veículos automotores a cidade está parando. A pujança econômica, as facilidades de crédito e inúmeros incentivos fazem com que a cada dia quase 1.000 novos motores a combustão passem a girar na cidade. Com 17 mil quilômetros de vias, espaço é o maior problema nas ruas e avenidas.

A cidade foi pensada e modificada para o uso intensivo de veículos particulares. Facilidades de estacionamento, distâncias não ideais para se percorrer a pé. Nesse contexto um movimento lento se consolida e certamente tende a crescer. O uso do mais eficiente veículo particular já inventado, a famosa bicicleta.

Mesmo sem ainda receber a importância devida das autoridades, é possível ser ciclista em São Paulo.

O ano de 2008 já está na sua décima primeira semana e com uma pedalada de cada vez, é possível achar espaço nas bordas. Hospedar-se em um hotel e levar a “companheira” para o quarto:
No Hotel

aproveitar a baia de estacionamento nos shoppings e estacionar a bici:
No Shopping

nas lojas de rua entrar com a magrela para fazer compras.
Travesseiros Novos

São Paulo é grande demais, deve ser desfrutada aos poucos, uma pedalada de cada vez e lembrando de nunca buscar ter consigo mais do que se pode carregar.

Somente sendo livre é possível ser feliz na selva de pedra.