A questão Cicloviária

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Foto Zé Lobo

Uma ciclovia recém-construída e subutilizada em Portugal foi motivo para um email notadamente contra a construção pura e simples de ciclovia.

A questão é polêmica e tem defensores e opositores ferrenhos e com argumentos fortes em ambos os lados. Seja como for, o importante é que mais e mais pessoas possam utilizar a bicicleta com segurança. E acima de tudo, que o sistema viário das cidades seja pensado para transportar pessoas de maneira saudável, para ela e para o planeta.

Um argumento contra ciclovias diz simplesmente que elas “não deveriam existir”. Em seu lugar, deveria haver a cultura de se compartilhar as vias. No entanto, nas palavras do ex-prefeito de Bogotá Enrique Peñalosa, a construção de ciclovias funciona como um símbolo de que um cidadão numa bicicleta de 30 dólares tem os mesmos direitos que um motorista num carro de 30 mil.

Por hora, argumentos anti-ciclovia.

Ora bem, o que aconteceu com a ciclovia de Odivelas não surpreende ninguém que utilize a bicicleta no seu dia-a-dia, pois as ciclovias , nomeadamente em meio urbano, só servem para gastar dinheiro e deseducar as pessoas, pois cria-se a ideia de que as bicicletas só podem circular no passeio (completamente errado e até ilegal) ou se houver uma risca a separá-las dos carros!

Os promotores das ciclovias, aproveitam-se de um medo irracional – sim irracional, pois todos os estudos indicam que as probabilidades de acontecer são muito baixas – de sermos (os ciclistas) colhidos por trás; com isso aumentam as probabilidades de acidentes que mais acontecem: nos cruzamentos e devido a ciclistas andarem na contra mão – o que normalmente aumenta sempre com as ciclovias!

A ideia das ciclovias começa logo inquinada, pois baseia-se na segregação!
Esta, segregação de veículos, nunca veio melhorar as condições de segurança mas serve simplesmente para permitir que os automóveis circulem mais depressa; continuam colocando as bicicletas junto às bermas, onde existem muitos obstáculos desde as sarjetas, passando aos carros estacionados, as portas dos carros estacionados e todo o lixo que os carros ao passar vão limpando da estrada para as bermas.

O melhor método para melhorar as condições de circulação para as bicicletas (e também para todos os outros utilizadores) é simplesmente a educação:
Educar todos os condutores – independentemente do veículo seja ele bicicleta, automóvel ou camião – a respeitar as regras de trânsito, nomeadamente as velocidades!
Educar para que todos saibam como se comportar quando se cruzam com um tipo de veículo diferente: os condutores dos automóveis, sobre como devem reduzir a velocidade quando encontram um veículo mais lento e no espaço que devem deixar quando o vão ultrapassar, e os condutores das bicicletas como se devem posicionar na estrada tendo em atenção para onde se dirigem – nos cruzamentos só se devem encostar à direita os veículos que vão virar nessa direcção, coisa que as ciclovias simplesmente não permitem, aliás até colocam os diversos veículos numa posição incorrecta!

Se a Câmara de Odivelas quer realmente melhorar as condições de circulação para as bicicletas então sugiro o meio mais simples de todos: servir de exemplo!
Podem começar por colocar alguns parqueamentos para bicicletas à porta da edilidade e de outros locais de interesse – serviços municipais, juntas de freguesia, estações dos correios, etc. – e o Sr. Vereador (e restantes membros da Câmara, eleitos e não só) começar a ir de bicicleta para a Câmara e indicar à polícia municipal para começarem a ter uma atitude educativa neste aspecto, chamando a atenção dos condutores (todos eles) que estacionam de modo a impedir a circulação, andam em contramão ou no passeio, queimam sinais vermelhos e sinais de STOP, andam em excesso de velocidade fazendo com que os outros utentes da via pública tenham medo – é a expressão correcta – de utilizar as vias, etc.
Finalmente, outro ponto onde podem incentivar a utilização da bicicleta é se começarem a trabalhar no intuito de que as empresas transportadoras (nomeadamente o Metropolitano) permitirem que as pessoas levem a bicicleta consigo quando vão para o trabalho, ou seja nas horas de ponta!

Por último sugiro que, antes que qualquer medida neste assunto seja tomada, se contacte a FPCUB (Federação Portuguesa de Cicloturismo e UTILIZADORES de BICICLETA), porque para além de serem representantes de facto dos utilizadores de bicicleta, são também conhecedores da problemática.

Cumprimentos,
Frederico Bruno Ferreira
http://www.VouDeBicicleta.eu

Ligações de interesse sobre o assunto:
FPCUB
Vehicular Cycling
John Franklin, Cyclecraft

Grupo Anti-Ciclovia da Espanha.

Complexidade minimalista

Pedais, um par de pneus com baixa calibragem, guidão largo e bons freios. Nada de marchas, nem mesmo um selim.

Trata-se de uma modalidade ciclística bastante radical chamada “Trial”. A idéia nesse caso é “negociar” maneiras de se transpor objetos construídos e naturais. Na sua vertente profissional essa variante esportiva em bicicleta parece fruto de talento divino. No entanto controle sobre os freios e equilibrar-se na bici sem por os pés no chão são manobras básicas que podem ser úteis a qualquer ciclista.

Nesse segundo vídeo, vale ouvir o estridente barulho dos freios.

Fica a recomendação:
Crianças, não façam isso no parque ao lado de casa!

Mais informações sobre Trial (em inglês).

Pedalar no Escuro

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Foto Zé Lobo

A noite é agradável companheira do ciclista urbano. Principalmente nos dias de semana. Ruas livres, mais silêncio e uma aprazível solidão. Aos que conhecem e admiram a cidade, sair de bicicleta com a benção das estrelas é um prazer inigualável.

O horário varia de acordo com as vias escolhidas. Pedalar na madrugada

A segurança viária e pessoal são fatores importantes. Enquanto durante o dia a possibilidade de ser “colhido por trás” por um automóvel varia em torno de 1%, durante a noite esse tipo de acidente passa a ser estatisticamente relevante e medidas preventivas devem ser tomadas. Refletivos e luzes na bicicleta, além de um colete reflexivo no corpo. Tudo para ver e ser visto. Em relação a segurança pessoal, seguir pelo trânsito normal dos motorizados é a melhor atitude. Num ritmo constante e silencioso, a bicicleta torna-se imune a ação de gatunos. Atenção as paradas e trechos estreitos.

Há uma maneira diferente de pedalar no escuro disponível para um grupo mais restrito. Os deficientes visuais tem sempre a possibilidade de pedalar em uma tandem, como foi relatado anteriormente. No entanto, um grupo norte-americano chamado de “Time Morcego” (Team Bat), é capaz de praticar o Mountain Bike sozinho na sua própria bicicleta. Para isso, eles utilizam o princípio da ecolocalização, ou biosonar. Através dessa técnica, os deficientes visuais tornam-se capazes de realizar atividades não esperadas.

A bicicleta serve não só para ter um olhar diferente sobre a cidade, mas também pode ser usada para abrir um mundo de possibilidades e visualizações.

Bicicletas e Doações

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Os parceiros do Mountain Bike BH, promovem até o dia 10 de fevereiro a campanha “Quem doa sangue, doa vida

Aos que por ventura estejam na capital mineira, basta comparecer ao Hemominas (Rua Alamenda Ezequiel Dias 321, Santa Efigênia), fazer a doação e informar a participação na campanha do MTB-BH. Essa informação é fundamental para que sejam contabilizados o número de doadores alcançados.

Para o dia 10 de fevereiro, está marcada uma pedalada leve antes da doação e caronas solidárias para os doadores.

Mais informações
. Ou no blog do grupo.

Capacetes e Cabelos

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Imagem do Video.

Os ciclistas que utilizam o capacete costumam apresentar pequenas deformações no penteado. A expressão para traduzir esse inconveniente poderia ser “Cabeça de Capacete” (CC), ou “Helmet Head” em inglês. Para resolver o problema foi criada a revolucionária loção “Preparado CC”, ou “Preparation HH”. O vídeo abaixo é em inglês, mas as imagens falam por si.

Depois de 20 milhas sem a loção, o cabelo fica uma droga. Ao usar o preparado antes das pedaladas, tudo muda de figura e o penteado permanece perfeito.

Assista em quicktime:

 

Uma produção Biketv.org. Mais vídeos aqui.
Também disponível no Youtube.