Os motivos para adotar a bicicleta como meio de transporte são os mais variados, no entanto um deles merece enorme destaque, a pontualidade. Mas esse conceito pode parecer um pouco misterioso para quem ainda não pedala.
A lógica no entanto é muito simples: um ciclista na cidade viaja a uma velocidade média de aproximadamente 15 km/h. Mais do que um dado científico, trata-se acima de tudo de uma comprovação empírica vivida por qualquer ciclista urbano no seu dia a dia.
A experiência cotidiana ensina de maneira definitiva que se um lugar está a 5 quilômetros de distância o ciclista vai precisar de 20 minutos para completar o trajeto sem pressa. Um semáforo fechado a mais ou a menos, a chuva ou o calor, tudo isso interfere pouco. As variações vão sempre cair dentro de uma margem de erro razoável.
O domínio quase que absoluto sobre as variáveis distância e tempo acabam por tornar o ciclista um ser humano capaz de ser mais pontual que a média dos habitantes da cidade. Com as facilidades trazidas pelos mapas disponíveis na internet um ciclista precisa apenas definir uma rota para saber a distância e depois fazer um cálculo matemático simples para aferir o tempo necessário para o deslocamento pretendido.
Com ou sem congestionamentos motorizados, durante as horas de pico, ou no meio da madrugada quem pedala vai sempre saber quanto tempo demora para ir do ponto A ao ponto B dentro da sua cidade. Com os problemas enfrentados rotineiramente por quem depende dos motores para se locomover na cidade, o ciclista urbano torna-se um pouco uma figura mítica. É capaz de prever quanto tempo irá demorar para se deslocar até mesmo na ultracongestionada São Paulo.
Verdade. Agora que estou cumprindo um trajeto fixo tenho percebido isso. Fui umas seis vezes para o trabalho e o tempo variou de 15 (2x) a 20 (1x) minutos. Isso porque ainda estou na fase de pegar o ritmo. Acredito que, daqui a mais um pouquinho, ficarei nos 15, com uma variação de 1 ou 2 minutos.
Há 2 meses que tenho feito a maioria dos meus trajetos de bicicleta mas nunca tinha me dado conta disso. Hoje por motivos maiores tive que usar o metrô. Minha previsão do tempo do percurso falhou. Essas paradas inesperadas entre uma estação e outra matam.
Ontem tive que usar ônibus. Não preciso nem falar né?
Isso não podia ser mais verdade. E é algo que passa despercebido…
Muito bom esse artigo. Vou disseminá-lo aqui em Curitiba no nosso blog.
Pontual e, em muitos casos, absurdamente rápido.
O mais legal ainda é poder sair a qualquer hora, para fazer qualquer trajeto, sem sequer parar pra pensar se o horário é “inadequado” por conta dos engarrafamentos.
E quando se ouve alguém prestes a sair de carro lamentando a esse respeito, dar uma risadinha… não tem preço.
Sou ciclista urbano há oito anos.
Toda vez que eu escuto alguém reclamando de ter que andar de ônibus, eu lembro da bicicleta. Só pra ouvir a mesma resposta: “Mas eu tenho preguiiiiiça”.
Preguiça tenho eu, de ficar mofando num ponto de ônibus, ou andar numa lata velha, cheia de gente.
Moro em Belo Horizonte, onde a topografia é igual à arquitetura da igrejinha da Pampulha, mesmo assim dá pra circular numa bicicleta sem muitos problemas além da má educação dos motorizados. Moro na região da Pampulha e trabalho no CEFET, que fica do outro lado, há mais ou menos 16 km de casa, de ônibus, sempre gasto cerca de uma hora e meia, se o trânsito está bom, comecei a ir de bicicleta a partir de julho, a média tem sido de 40 minutos, quando demora, além, é claro, de ter melhorado substancialmente meu condicionamento físico, minha respiração, qualidade de sono e níveis de ansiedade.