Está funcionando desde Junho, na Universidade de Brasília, um sistema de bicicletas comunitárias gratuitas. O Projeto de Extensão que nasceu dentro da Faculdade de Educação Física da UnB, é inspirado nos moldes do “Plano das Bicicletas Brancas”, que aconteceu a década de 60, em Amsterdã e que culminou em grandes mudanças políticas e de relações interpessoais naquele lugar.
A idéia era bem simples: Fazer uma grande campanha de doação de bicicletas usadas, reformá-las, padronizá-las e soltar as magrelas livremente pelo campus, para uso de alunos e funcionários. Em torno dessa idéia, juntou-se um bom grupo de alunos e outros voluntários que não tem nenhuma relação com a Universidade.
Este ano, o Projeto Bicicleta Livre recebeu uma grande doação de bicicletas da ONG Rodas da Paz em parceria com a rádio Transamérica. As bicicletas foram captadas, numeradas e enviadas para uma sala de aula, onde atualmente funciona a oficina. Todos os sábados a partir das 10:00, os voluntários do projeto chegam e botam a mão a graxa.
O processo pode parecer simples: Desmontar, pintar e remontar as bicicletas, para em seguida, liberar para a utilização. E deveria mesmo ser bem simples, não fosse a escassez de peças e muitas vezes até mesmo de mão de obra para a manutenção, já que são os próprios voluntários que consertam as bicicletas sem a ajuda de nenhum mecânico profissional.
Mesmo com esses contratempos, o Bicicleta Livre segue firme na sua proposta e desde o seu lançamento, vem agregando mais e mais pessoas.
O Projeto Bicicleta Livre, impulsionado pela simplicidade e praticidade de seu sistema, prima pelo pioneirismo, afinal não existe no Brasil nenhum outro sistema similar em funcionamento. Atualmente mantém diálogos com alunos de outras universidades, como a UNICAMP e a USP, no sentido de trocar informações e experiências para que projetos similares sejam implementados também nessas universidades.
Além disso, o sucesso do projeto despertou grande interesse da comunidade acadêmica e apoio indiscriminado por parte da Reitoria.
Vale lembrar ainda que, desde o lançamento, as bicicletas se encontram completamente soltas pelo campus Darcy Ribeiro. O grande sucesso do projeto se reflete na consciência das pessoas: Apesar das dificuldades com a manutenção, nenhuma bicicleta sumiu e esse que num primeiro momento era motivo de grande preocupação, é agora motivo de orgulho para os voluntários do projeto.
Renato, sabe se a história de ir lá ajudar (e aprender) no conserto das bikes, aos sábados, está rolando mesmo?
O sistema Bicicleta Livre é fantástico, mas já existe um sistema similar em funcionamento no Brasil na FIOCRUZ, no Rio de Janeiro. As bicicletas não ficam exatamente soltas pelo campus, mas há dois pontos em que a comunidade (alunos, funcionários e professores) pode pegar/devolver as magrelas. O funcionário preenche um papel com o nome e a hora, e só. Só há dois pontos pois o campus não é tão grande e entre eles está a principal demanda de transporte da comunidade.
Um sistema diferente existe há anos na UFRuralRJ. O Decanato de Assuntos Estudantis recolhe, recupera e empresta aos alunos bicicletas abandonadas por ex-alunos nos alojamentos. A única exigência é que a bicicleta seja mantida em bom estado e devolvida antes da formatura. Quem não devolver em bom estado não cola grau.
A prática de empréstimo de bicicletas ganhou um fortíssimo aliado com a iniciativa na UNB. Espero vê-lo crescer e se disseminar pelo país.
As oficinas aos sabados estão acontecendo normalmente durante as férias. A partir das 10h da manhã já tem gente arrumando as magrelas, aprendendo e ensinando.
Eduardo, você tem maiores informações e os contatos desse pessoal da Rural e da FIOCRUZ? o projeto existe desde 2007 e nunca ninguém nos falou sobre tais iniciativas.
Aproveito para deixar os contatos do projeto:
http://www.bicicletalivre.unb.br
bicicletalivvre[]gmail.com
O sistema de emprestimo de bicicletas da fiocruz é bem legal, apesar de algumas bikes estarem precisando de umas reformas. Minha esposa usa bastante para percorer o Campus da Fiocruz e eu ja usei algumas vezes.