O século XX foi o ápice da expansão industrial desenfreada de um mundo sem limites. Nossas cidades foram modificadas para se adequarem a circulação de um bem material privado que necessitava cada vez mais de espaço público. Os impactos negativos dos excessos são sentidos todos os dias em consequência do consumo desenfreado de energia e materiais. Os combustíveis fósseis que fazem girar a roda da economia mundial são os mesmos que sujam o ar das cidades e alteram o balanço climático global.
O mundo está reunido em Copenhague na Dinamarca para atingir um consenso sobre maneiras de reduzir as emissões de gases do efeito estufa causadas por atividades humanas: da flatulência de vacas no campo ao escapamento de veículos motorizados, passando pela energia de termoelétricas e o lixo que produzimos. As soluções são acima de tudo políticas e os meios já estão dados, basta a mobilização de agir em direção a novos rumos. Os mesmos definidos pelo relatório Brundtland e “Nosso Futuro Comum”.
Mas não basta a retórica de um “desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. São necessárias ações que favoreçam atitudes sustentáveis por parte da população garantindo a todos o atendimento as suas necessidades básicas, sem que isso implique em impactos negativos ao meio ambiente que inviabilizem a existência humana.
Comunidades densas, onde o ser humano é prioridade, são certamente o caminho para o futuro e o que tem sido desenhado cada vez mais no século XXI. Afinal quando passarmos a pensar no ser humano e em suas necessidades principais, será mais fácil respeitar o ciclo de vida do planeta como um todo. As metas e acordos portanto terão de ser apenas os meios, e não fins em si mesmos para atingirmos um nível adequado de equílibrio entre a satisfação das necessidades humanas e as do Planeta.
A hipocrisia e a ganância sempre falarão mais alto e nunca que esses econtros “ecológicos” darão certo”.
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