A maneira de se transitar pela cidade tem um impacto direto sobre a maneira de enxergar o tecido urbano. Pode haver uma grande dissociação do entorno, ou um grande envolvimento. Vai depender apenas da força motriz e da velocidade.
Vias expressas são comumente vistas como separadas do restante da cidade. Nada mais natural, pois foram construídas apenas como ligação entre locais e não como um espaço que valesse a pena ser percorrido.
Calçadas e ruas com intenso trânsito de pedestres e ciclistas, no entanto, apresentam uma riqueza de usos que integra os elementos vivos aos construídos.
No âmbito individual, a cidade para quem caminha e pedala apresenta uma dinâmica muito mais interessante. O contato e a interação humanas são um elemento primordial que dá vida aos prédios e vias de circulação de uma cidade.
Aos poucos os caminhos vão ficando mais claros e a promoção da qualidade de vida por meio de uma cidade mais acessível e adequada as pessoas tornar-se há não só uma iniciativa individual, mas pública.
Abaixo o exemplo da área de lazer dominical em Bogotá, na Colômbia. O espaço público formado por quilômetros de avenidas em toda a cidade são tomados por ciclistas, patinadores e pedestres. Uma outra cidade, ainda que somente aos domingos e feriados.
- Mais:
– A Liberdade da Propulsão Humana – Kevin Lynch e outras reflexões sobre a cidade.
– Calçadas e Ciclovias (apocalipsemotorizado)