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Executivo a caminho do trabalho – Foto Zé Lobo
A Revista Piauí desse mês traz o perfil do professor Alexandre Delijaicov da Universidade de São Paulo. Há anos ele percorre a metrópole somente de bicicleta. A indumentária foge ao convencional para as ruas brasileiras, mas está dentro do padrão europeu.
A bicicleta de Delijaicov tem um alforje no bagageiro onde ele guarda calças impermeáveis e uma capa, para os dias de chuva. Ele costuma vestir jeans, camisa branca de mangas compridas, com os punhos abotoados, calça tênis de camurça marrom-café e leva uma bolsa de lona preta cruzada no peito. É difícil imaginar que essa seja a indumentária ideal para percorrer sete quilômetros e meio de bicicleta. A maneira de se vestir, no entanto, é a primeira característica que diferencia o professor de arquitetura da maioria dos ciclistas. Para ele, andar de bicicleta não é um esporte; é um jeito de chegar ao trabalho. Necessariamente, ele não pode transpirar ao pedalar: nenhum professor (exceto os de educação física) pode dar aula suando.
Uma cultura ciclística é feita de iniciativas como a do professor Delijaicov. Como ele bem define:
Nossas cidades são como nós, obras inconclusas (…)
A mudança que desejamos no espaço urbano se dará quando os cidadãos mudarem o olhar e souberem contemplar a cidade que queremos. Sem poluição, barulho e com segurança para todos. Uma cidade humana que certamente será um espaço amigo dos pedestres e ciclistas.
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