Os ativismos podem ser de diversas formas e têm raízes históricas que não cabe aqui ilustrar. Resumidamente, grupos de ação da sociedade civil buscam representar o povo de uma maneira diversa em relação aos governos estabelecidos. Um pequeno parágrafo no livro de treinamento “Sensibilização Cidadã e Mudança de Comportamento” escrito por Carlos F. Pardo do GTZ:
Normalmente espera-se dos governos que sejam mais “diplomáticos” enquanto a sociedade civil deve ser mais “ativista”. No entanto, se ambos os atores políticos puderem agir em sinergia, ações puramente ativistas podem não ser necessárias. Medidas mais formais e diplomáticas tornam-se preferíveis. Caso ambos os grupos possam trabalhar juntos, fica mais fácil promover ações que tragam resultados mais coerentes.
A foto que ilustra esse parágrafo é de Sérgio Jr. e foi publicada no Jornal do Brasil na reportagem “Bicicletas, o jeito ecológico de ir e vir“. A legenda no livro diz: “O grupo brasileiro Transporte Ativo desenvolve diversas ações para promover o uso da bicicleta, inclusive gerando mudanças nas regulações de transporte em suas cidades.”
Numa sociedade democrática, todos têm voz. Tanto para eleger representantes, quanto para pressioná-los. No entanto, mais produtivo para todos é minimizar os conflitos e buscar sempre a maneira conciliatória de dialogar.
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> O GTZ chama-se: Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit GmbH. Eles se auto-definem como um grupo mundial de cooperação para o desenvolvimento sustentável.
> O livro de treinamento que aparece acima está disponível através do site do SUTP, que requer cadastro. Vale a pena conhecer o trabalho desse braço do GTZ. Está disponível em inglês como: “Training Course on Public Awareness and behavior change“. Ou em espanhol: “Curso de entrenamiento en Sensibilización Ciudadana y Cambio de Comportamiento“.
> Mais informações sobre Ativismo na Wikipedia (em inglês).
Muito se quer estimular o uso das bicicletas nos principais centros do país mas a barreira entre as classes mais ricas é cultural.
Rotularam a bicicleta como transporte de pessoas mais humildes e ha constrangimento deste grupo à utilizar este transporte.
Vejo isto na minha residência na Barra(Rio de Janeiro), bairro de classe média alta. onde so me vejo indo ao mercado e aos shoppings da região de bicicleta.
Não ha ninguem fazendo o que eu faço. Alias as bicicletas são obrigadas na maioria dos shoppings a serem estacionadas num local sempre distante do acesso, evidenciando o problema cultura ligado a exposição do veículo, como não benvindo a estética dominante dos emergentes.
Jorge,
Para combater essa barreira cultura, é sempre necessário que mais pessoas possam ver esse obstáculo, como você demonstra fazer.
Incorporar a bicicleta por tudo que ela tem de bom é certamente vantajoso para todos. Sejam lojistas e automobilistas.
Sigamos firmes, uma pedalada de cada vez.
abs
Acordar cada dia com o obletivo de divulgar as qualidades da bicicleta quer para o trânsito quer para a saúde de cada um, isto sem falar da saúde financeira que fica mais robusta com tanta economia.
Um abraço
Jorge Nazar
Um bom exemplo que isso dá certo é uma experiência que tenho aqui em Porto Alegre.Eu faço tudo de bicicleta.Visito meus clientes,vou ao super,ao banco e tudo mais.
Um dos bancos , é o Banco Real,a primeira vez que fui até lá com a minha bike,tive que deixa-la na rua,sob os cuidados de um conhecido,já que estava sem nada para prendê-la.
No mesmo dia conversei com a gerência e hoje ela entra comigo no banco.Eles abrem aquela porta de acesso aos cadeirantes e deixo a magrela no saguão aos cuidados do segurança do banco.Isso até pode ser uma exceção,mas hoje todos os funcionários me cumprimentam e perguntam quantos kms eu pedalei no dia.Não me olham mais como se eu tivesse me incomodando.
E na semana passada um dos funcionários me disse que estavam discutindo a possibilidade de dedicarem um lugar seguro no estacionamento do banco para bicicletas.
Fiquei muito contente com essa informação,e me coloquei a disposição para colaborar se eles quiserem.
É sem dúvida um trabalho de formiguinha,mas as vezes pode dar certo.
…concordo com o João,uma pedalada de cada vez….
abraços,ninki