Feitos para o movimento

Coração Motor

Seu corpo, máquina de movimento – Clique na imagem para vê-la em versão ampliada

A mobilidade urbana reflete e é reflexo dos tempos. O automóvel, veículo símbolo do século XX, criou o “seres de exceção”, uma casta de cidadãos que se distinguia dos demais pela força e velocidade de seus veículos. O passar das décadas transformou esse sonho mecânico de distinção em realidade e era utopia tornou-se um pesadelo urbano.

Felizmente o ser humano é sempre capaz de reiventar utopias e perseguir novos sonhos, o século XXI trouxe a reivenção de estruturas, a distopia do fim do mundo pela destruição do meio ambiente e também a utopia de um mundo mais igualitário, onde todos possam ter voz e acesso a vida com dignidade. Essa mudança de visão de mundo traduziu-se em pequenas revoluções, uma delas notável é a revolução das pedaladas que ciclistas ao redor do mundo fazem diariamente. Do girar constante dos pedais, renasce a necessidade de resgatar processos e dar valor a meios de vida que possam ter ficado esquecidos.

Um dos pontos que o ciclista resgata é a necessidade humana de atividade física para a manutenção da saúde do corpo e da mente, para além disso, o ciclista também subverte o que é máquina e sua função. Enquanto os veículos motorizados são símbolo de distinção social, a bicicleta é símbolo de igualdade.

Os dois panfletos que ilustram esse post são reflexo dessa mudança de rumo que vivemos. Feitos pelos estudantes publicitários Issacar de Jesus e Igor Guerreiro da TECPUCPR. Como parte de um projeto interdisciplinar sobre “mobilidade urbana”, eles escolheram a Transporte Ativo como tema do trabalho. Uma homenagem à instituição que, claro, nos deixa felizes, mas também um indicador claro que a bicicleta e o repensar da mobilidade urbana é pauta corrente.

Já recebemos homenagem semelhante (A Diferença), também de estudantes de publicidade. Que venham outras, para que mais pessoas, pedalem mais bicicletas, mais vezes.

Para quem quiser ler uma outra reflexão sobre mobilidade urbana que abordar Peter Gay, “seres de exceção” e desafios da mobilidade urbana, leia o texto “Mobilidade Urbana: desafios da cidade contemporânea” de Ricardo Machado.

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