Exemplo Cidadão

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Gilberto Kassab, Prefeito da Cidade de São Paulo

O prefeito da cidade de Portland, Sam Adams, destruiu seu automóvel em uma colisão e resolveu entrar em uma “dieta de 30 dias sem carro“. Disse que iria experimentar ao menos um mês utilizando seu outro veículo individual, a bicicleta. O exemplo é emblemático e ajuda a manter o ritmo nas políticas públicas de promoção ao uso das magrelas na cidade norteamericana.

Um belo exemplo motivou Sam Adams. O prefeito de Berkeley na California, Tom Bates de 71 anos, abriu mão de seu automóvel em nome de um passe anual de transporte público. Tudo para melhorar sua saúde e dar um bom exemplo aos seus municipes. Adams acabou indo mais longe. Mesmo sendo presença corriqueira em grandes passeios ciclísticos não é um ciclista habitual, mas resolveu abraçar a idéia que tem sido cada dia mais comum na cidade que administra.

A “dieta” auto imposta é extremamente válida e certamente conta com o apoio e a torcida da comunidade ciclística local. Trata-se de um belo exemplo a ser seguido por prefeitos e políticos brasileiros.

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Via BikePortland.org

Uma Ponte, Uma Cidade

Em uma única ponte cicloamigável em Portland, aproximandamente 7 mil ciclistas por dia, ou 20% de todo o tráfego na ponte em apenas 10% do espaço. Trata-se do reflexo de que algo muito certo está sendo feito naquela cidade e que cada dia mais as bicicletas se tornam parte da paisagem e principalmente, do planejamento urbano.

Definitivamente um exemplo a ser seguido e mais uma prova de que uma cidade que pensa e promove o uso das bicicletas garante mais qualidade de vida para toda a população.

Um pouco mais de informação sobre segurança viária para ciclistas: “Improving Bicycle Safety in Portland“. Um documento de 2007 produzido pela autoridade de trânsito local.

Cultura Ciclística Radical

Apocalípticos são aqueles destemidos que pedalam em qualquer condição. Mas existem outros tipos de ciclistas que utilizam as ruas e os espaços públicos sobre duas rodas de uma maneira diferente. Muitas manobras e um estilo próprio de se vestir. As ruas para eles não estão lá para serem contempladas ou cruzadas discretamente.

Em São Fransciso a tribo das bicicletas fixas é bastante popular e artistas se apresentam de maneira arriscada pelas ruas. Talvez não seja uma promoção ao uso da bicicleta, afinal fazem quase tudo que não se recomenda a um bom ciclista urbano, mas ainda assim ajudam a compor a cultura ciclística da cidade.

Não é recomendável descer ladeiras íngrimes em uma bicicleta sem freio, muito menos pedalar no trânsito surfando e costurando entre os automóveis. Mas esses loucos e suas incríveis máquinas sem marchas são responsáveis por incontáveis belas imagens.

Macaframa – Fixed Gear Teaser from vas entertainment on Vimeo.

Vale conferir o texto do “Ciclista Ponderado” no blog do Transporte Humano.

Em Caso de Pandemia

Um assunto tem monopolizado a pauta da grande mídia ao redor do mundo. A famosa gripe suína, do vírus influenza H1N1. Nas redes sociais reais e virtuais não se fala de outra coisa. Da mesa do bar ao twitter comenta-se sobre os espirros e a febre que se espalharam desde o México.

O Globe and Mail de Toronto no Canadá trouxe uma lista de recomendações para o caso de uma pandemia. A primeira precaução adicional: compre uma bicicleta. Ela não irá manter-lhe tão isolado das outras pessoas (uma aparente desvantagem), mas pedalando pode-se chegar longe sem depender de combustíveis fósseis.

Afinal nada pior do que perder tempo em quilométricas filas em postos de gasolina, ou pior em gigantescos congestionamentos. Para ir, sair, ou fugir o melhor é pedalar.

Para o caso de nunca chegarmos a uma pandemia, vale comprar uma bicicleta do mesmo jeito. Afinal um veículo recomendável em tempos de crise é comprovadamente eficiente para viver na calmaria.

(via Twitter – @realcycling)

O Papel dos Ônibus

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Apesar da eficiência em transportar grandes volumes de passageiros, os trens costumam ser responsáveis por menos viagens do que os ônibus. Seja em Londres ou em São Paulo. A dinâmica da cidade e o planejamento urbano das últimas décadas acabaram por favorecer o transporte sobre pneus.

No entanto o mesmo asfalto por onde passam os ônibus, fica congestionado com um volume crescente de veículos motorizados particulares. A perda para a cidade é evidente, já que um transporte público lento e superlotado acaba levando mais pessoas a optar pelo transporte individual motorizado. Um círculo vicioso que pode e deve ser quebrado.

Uma solução encampada por Curitiba nos anos 1970 e que ganhou o mundo já está no papel na cidade de São Paulo. Tendo sido posto em prática em algumas partes da capital. São os chamados corredores exclusivos de ônibus, ou Bus Rapid Transit (BRT) como ficaram famosos ao redor do mundo os ônibus em canaletas exclusivas de Curitiba.

Priorizar o transporte público para grandes distâncias e integra-lo as bicicletas é sem sombra de dúvidas o melhor caminho para a construção da sustentabilidade urbana. Planejamento Cicloviário é a solução para inserir a bicicleta nas cidades e os corredores de ônibus são a melhor maneira de racionalizar o transporte motorizado sobre pneus. Tudo sempre na lógica de custos menores e resultados maiores, onde a meta maior é a qualidade de vida da população.

Saiba Mais:
O corredor de Ônibus na Berrini (ecologiaurbana)
Ônibus mais rápido que automóvel (Jornal Destak)