Passado e Presente

Num mesmo local, 44 anos de diferença.

O meio de transporte do século XX.
1962

(1962)

E do século XXI.
2006

(2006)

Eficiência energética, bom uso do espaço urbano, poluição zero. Certamente esses e outros fatores serão cada vez mais importantes no milênio que está apenas começando. A bicicleta certamente terá um papel preponderante no futuro, como cada vez mais se pode ver no presente.

Ambas as fotos foram tiradas na estrada do Joá. Uma pequena serra que liga as regiões sul e oeste do Rio de Janeiro. Duas gerações, pai e filho.

Três milhões nas ruas

Ciclovia na Colômbia não é um espaço, mas um evento. Quando as ruas são dominadas só por transportes ativos. Todos os domingos e feriados, mais de 120 km de vias são fechados aos veículos automotores. Nessa última quinta-feira, 14 de dezembro, realizou-se a primeira “Ciclovía Nocturna”.

Saíram 3 milhões de pessoas as ruas. Para caminhar, pedalar, patinar. Houveram engarrafamentos de veículos motorizados, mas a quantidade de pessoas que tornaram as ruas mais humanas comprovaram o sucesso da iniciativa.

Que mais cidades sigam o exemplo de Bogotá.

Confira a notícia no Jornal El Tiempo.

Através da Fundacíon Ciudad Humana pode-se obter maiores informações sobre as “Ciclovías”. Baixe aqui o PDF em inglês.

Trânsito e Qualidade de Vida

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Grandes metrópoles são as que mais tem a se beneficiar de meios de transporte mais humanos. Nelas também que se mostra urgente a necessidade de se difundir os deslocamentos por bicicleta e meios a propulsão humana em geral.

A organização de “Transportation Alternatives” de Nova Iorque tem como missão:

Encorajar o uso da bicicleta, a caminhada e o transporte público como alternativas ao uso do automóvel. Visando assim reduzir o uso do carro e seus impactos ambientais e danos sociais.

Em seu informativo de final de ano a “Transalt”, ou simplesmente T.A. divulgou algumas das suas iniciativas ao longo de 2006. Um estudo merece destaque especial chama-se “Traffic´s Human Toll”, ou em tradução livre, “O Custo Humano do Trânsito”.

Vinte e um pesquisadores da T.A. passaram 14 meses estudando a implicação do trânsito de veículos motorizados sobre a população de algumas áreas da cidade de Nova Iorque. A idéia era medir o impacto que o tráfego pesado de automóveis, ônibus e caminhões tem sobre a vida cotidiana das pessoas.

Foram entrevistados 600 participantes que moravam em três tipos de ruas: de “trânsito pesado” (mais de 5.000 veículos/dia), “trânsito médio” (de 2 a 3 mil veículos/dia) e “trânsito leve” (1.000 veículos/dia ou menos).

A conclusão da pesquisa foi que além dos custos econômicos, engarrafamentos têm também uma conseqüência humana que precisa ser considerada.

Confira o estudo completo (em inglês).

Uma reportagem do New York Post abordou o tema: Traffic hurts New Yorkers’ quality of life.

TA na Semana de Mobilidade

Atraves do Bicycle Partnership Program (BPP), o I-Ce convida Zé Lobo para representar a União de Ciclistas do Brasil (UCB) na Semana de Mobilidade em Brasília.

O BPP é uma iniciativa holandesa do “Interface for Cycling Expertise” (I-CE) que visa dar realizar uma das metas do milênio, a mobilidade como possibilidade de deslocar-se. Uma maneira dos mais pobres procurarem e alcançarem fontes de renda. Nada mais natural que uma organização da Holanda seja parceira na criação da UCB. Uma entidade que visa unir grupos ao redor do Brasil em busca de um projeto comum, a defesa da mobilidade por bicicleta em todo o país.

Mobilidade em Pauta

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Começa nessa segunda-feira em Brasília a “I Semana da Mobilidade Urbana”. Promovida pela Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana – SEMOB, o encontro abordará diversos fatores relacionados aos deslocamentos cotidianos da população nas cidades.

A bicicleta naturalmente não poderia estar de fora. Na quarta-feira 13 de dezembro, será lançado o “Caderno de Planejamento Cicloviário”. Mais detalhes aqui.

Entre as diretrizes do SEMOB estão:

Priorizar a circulação, a fluidez e a paz no trânsito dos meios de transporte coletivo e do transporte não motorizado, como forma de se garantir um crescimento urbano sustentável e uma apropriação mais justa e democrática dos espaços públicos;

Iniciativas concretas de promoção e valorização de meios de transporte alternativos ao automóvel particular, serão certamente a tônica dos próximos anos. Por cidades mais humanas.