Conferência em Munique

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Será realizada entre os dias 12 e 15 de junho na Alemanha a edição 2007 da Velo-City. A iniciativa é parte de um fórum permanente que a cada 2 anos reúne especialistas do mundo todo para debater estratégias de promoção ao uso da bicicleta.

O tema para este ano é “Da Visão à Realidade” e a idéia é tornar conhecidos os exemplos de ações de promoção ao uso da bicicleta que foram capazes de agir concretamente para fazer desse meio de transporte de qualidades notórias, uma opção urbana ainda mais atraente.

O Velo-City 2007 terá apresentações de valiosos nomes na promoção ao uso da bicicleta no Brasil. Os brasileiros que irão se apresentar são:

– Giselle Xavier representando a Viaciclo e a Udesc
– Vera Lúcia do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF)
– Cláudia Tavares do Instituto Pereira Passos
– Antônio Miranda, Consultor Cicloviário
– Na seção de cartazes:
Rodolfo Moreira da Associação Cicloverde de Ciclismo

O evento contará também com a presença do José Lobo presidente da Transporte Ativo e representantes da ABCiclovias de Blumenau e Escola de Bicicleta de São Paulo. Paulo Câmara um brasileiro que reside em Londres e trabalha para a autoridade de trânsito londrina também fará uma apresentação em Munique.

A presença em um mesmo local ao mesmo tempo de tantos especialistas certamente irá contribuir para que diversos exemplos e boas práticas possam ser apresentadas diretamente por seus realizadores. Isso possibilitará que iniciativas de sucesso possam ser replicadas mundialmente.

Quatro temas principais nortearão a conferência:

– Aumento da qualidade de vida na cidade através de uma mobilidade social e ecologicamente amigável.
– Novas perspectivas no mercado de trabalho – o fator econômica da bicicleta.
– Desenvolvimento Urbano – Modelos factíveis para um futuro que valha ser vivido.
– A saúde da humanidade – Bicicleta como alternativa vencedora.

Maiores informações estão disponíveis no site Velo-city 2007 – www.velo-city2007.com

Abaixo a lista de sites das organizações representadas. Vale lembrar que todas as que representam a sociedade civil brasileira estão comprometidas com a criação da UCB, União de Ciclistas do Brasil.

Associação Blumenauense pró-Ciclovias
Escola de Bicicleta
Instituto Pereira Passos (IPP)
Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF)
Transporte Ativo
Universidade do Estado de Santa Catarina – Udesc
ViaCiclo

Rumo Definido

Trem Ciclistico

Trem do Metrô Rio decorado paras os Jogos Panamericanos

O relatório mais recente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apontou uma série de caminhos possíveis a serem tomados o quanto antes para mitigar os impactos das atividades humanas no meio ambiente.

Sérgio Abranches no o Eco resume:

Se as evidências de mudança climática que já estão se manifestando seguirem as previsões, é muito provável que a maioria dos países que hoje têm impacto significativo nas emissões de gases estufa adote medidas sérias de mudança. (…) Só uma coisa é certa. O mundo será muito diferente por volta de 2020.

Cidades ao redor do mundo serão o palco para a inteligência e os melhores usos das tecnologias. Tanto as que estão disponíveis hoje, quanto as ainda precisam ser aperfeiçoadas.

O setor de transportes é um dos grandes emissores mundiais de gases do efeito estufa (GEE) e responde pela maior parcela das contribuições urbanas para o agravamento do caos climático. Uma série de medidas são necessárias para diminuir as emissões geradas na locomoção de pessoas e bens dentro das cidades e entre elas.

Os investimentos devem se concentrar em tornar mais atraente o uso do transporte público e dos meios de transporte a propulsão humana. Afinal a bicicleta e os trens são os meios de transporte mais eficientes para locomover os habitantes das cidades.

Não podemos esperar que as pessoas descubram por si só as inúmeras vantagens de pedalar na cidade. Um aumento no uso da bicicleta, requer investimentos não só em infra-estrutura segregada, as ciclovias. A bicicleta e sua promoção envolvem uma abordagem mais ampla que leva em consideração o trânsito como um todo. São necessárias vias exclusivas, vias compartilhadas, cruzamentos com prioridade para os ciclistas, estacionamentos e paraciclos além de toda uma rede cicloviária integrada. Somente através de um olhar amplo para a mobilidade será possível enfrentar com uma velocidade adequada as melhorias necessárias para o bem do planeta.

  • Mais
  • > Ciência e evidência se impõem – Sérgio Abranches

    > IPCC Grupo de trabalho III – Mitigação das Mudanças Climáticas
    FOURTH ASSESSMENT REPORT OF WGIII IPCC ( MITIGATION)

    O Tempo da Carruagem

    A bicicleta tem um papel importante na mobilidade urbana por ser a melhor forma de transporte individual. Quem pedala desconhece engarrafamento e está sempre em movimento mantendo velocidades médias iguais, independente do horário. As cidades do futuro necessariamente deverão encarar com seriedade esse meio de transporte que é herdeiro industrial do cavalo e necessita apenas da força humana para locomover-se por pequenas, médias e grandes distâncias.

    Muitos já descobriram os benefícios de deixar o conforto da carruagem de lado em nome da mobilidade livre e a qualquer tempo que só a bicicleta é capaz de oferecer em nossas cidades. Um belo artigo de Ricardo Neves exemplifica, ainda que indiretamente, o papel dos ciclistas urbanos.

    Pelo mundo afora já existem aqueles “pioneiros do tempo”, indivíduos que estão mudando, inovando e criando novos estilos de vida que vão lhes permitir ter maior controle sobre seus próprios destinos e maior qualidade de vida, incluindo formas de viver menos dependente do uso do carro.

    Ou como escreveu Machado de Assis nas Memórias Póstumas de Brás Cubas:
    Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos pudessem andar de carruagem”.

    • Mais

    > Leia a íntegra do artigo:
    Quando todos tiverem carruagem
    > Dicas do autor para tornar-se menos dependente do automóvel.
    Parte 1 de 5
    Parte 2 – Usar taxi
    Parte 3 – Alugar carros
    Parte 4 – Testar o transporte público
    Parte 5 – Calcule os custos de um carro

    Devagar e Sempre

    O ritmo de uma cidade muitas vezes pode apenas ser sentido e a melhor maneira de faze-lo é caminhar pelas ruas. Ver e ouvir os passos das pessoas, certamente ajuda a descobrir como elas vivem.

    As calçadas movimentadas de qualquer metrópole mundial são um espaço de um movimento quase initerrupto, um fluxo infindável de pessoas se deslocando em todas as direções.

    Há muito o que ver e ouvir nesses variados ambientes urbanos e um cientista inglês resolveu expandir para as calçadas do mundo seu campo de estudo. A idéia era buscar uma informação clara sobre o ritmo das cidades.

    Quão rápido andam os pedestres de um lugar não é um indicador claro de qualidade de vida, mas pode ser uma das conseqüências de um estilo de vida acelerado demais. O estudo do professor Richard Wiseman identificou que viver de maneira cada vez mais apressada gera uma série de impactos negativos nas pessoas. Elas têm menos tempo para os amigos, para a prática de exercícios físicos, além de se alimentarem mal e estarem sujeitas a beber e fumar mais.

    Certamente quebra-molas em nossas calçadas não serão capazes de reduzir a velocidade dos pedestres. A solução para a qualidade de vida nesse caso é tão simples, quanto evidente. Iniciativas individuais e coletivas que busquem desacelerar as cidades por completo.

    Uma série de medidas simples podem facilitar um ritmo mais saudável para as pessoas. Na cidade de São Paulo, a prefeitura disponibilizou uma cartilha sobre padronização das calçadas. A idéia é antes de mais nada facilitar o trânsito das pessoas, principalmente idosos, cadeirantes e mães com carrinhos de bebê. No entanto um ambiente mais agradável com atrações para os pedestres certamente contribui para melhorar a vida urbana.

    O “Movimento Lento” (Slow Movement) partiu da defesa da alimentação lenta, em detrimento do “fast-food” e hoje defende uma vida mais lenta em “Cidades Lentas”. O conceito se alastra também aos viajantes quem devem saber também ser lentos e vivenciar o que há de melhor no dia-a-dia das cidades que visitam.

    • Mais

    > Slow Movement:
    Cidades Lentas
    Viagem Lenta

    > Passeio Livre:
    Deixe Sua Calçada Mais Bonita

    > Descubra seu ritmo de vida na pesquisa de Richard Wiseman.

    > Modern life: it’s one step at a time, only much quicker

    Melhores Taxis

    Nem sempre usar o próprio veículo em um deslocamento urbano é interessante. Em todas as cidades do mundo, existe a conveniência do transporte por táxi. Em Nova Iorque, cada vez mais se popularizam os táxis à propulsão humana.

    A crescente demanda pelo serviço tem feito aumentar a visibilidade dos “pedicabs” ou “táxis-a-pedal” o que fez surgir um embate entre o poder executivo e o legislativo em Nova Iorque. A idéia é regulamentar os “pedicabs” vistos como um problema para os taxistas tradicionais e outros setores da sociedade.

    Um vídeo (em inglês) fala de uma empresa de triciclos novaiorquina que trabalha para baratear as tecnologias existentes. A idéia é tornar possível que os táxis-a-pedal tenham também motores não poluentes, elétricos ou a hidrogênio. Espera-se com isso popularizar essa alternativa de transporte, mais amigável com o ambiente urbano e capaz de ser mais rápida nas ruas congestionadas da megalópole norte-americana.

    • Mais

    > Informações em inglês:
    As últimas notícias sobre pedicabs no Streetblog.org