Cidades são construções humanas ao longo dos anos e que apesar do asfalto e concreto inertes, são dotadas de vida. E a vida urbana emana naturalmente dos habitantes. Apesar disso, o Planejamento Urbano ao longo do século XX buscou adequar espaços historicamente construídos para as pessoas a um novo elemento: A carruagem movida por um motor a explosão.
A máquina popularizada por Henry Ford pouco mudou desde 1908, mas as cidades ao redor do mundo sofreram enormes mudanças. Um complexo conjunto de peças desenhadas para transformar energia em movimento foi responsável por redesenhar as cidades ao longo de um século. E hoje um dispositivo que foi feito para ajudar as pessoas a se locomoverem, tem sido capaz de imobilizar cidades inteiras.
A bicicleta é filha da mesma revolução industrial que deu origem ao automóvel, ela também se beneficiou do modelo de produção fordista em larga escala. Mas um trunfo fundamental diferencia a bicicleta, ela converte energia humana em movimento. Trata-se de um incrível dispositivo acelerador de seres humanos. Metade do consumo de energia e 4 vezes mais veloz do que o primordial ato de caminhar.
O planejamento urbano do século XXI vem sendo construído desde os anos de 1970 na Europa. Cidades como Amsterdam e Copenhague foram pioneiras ao vislumbrar a impossibilidade de cidades pensadas para a circulação viária de automóveis. Não é concidência que a bicicleta tenha tanta importância nessas capitais. Essas máquinas simples e eficientes ao mesmo tempo colaboram na tarefa de levar pessoas de um lado a outro sem nunca deixar de lado a energia mais importante para a vida urbana.