O conceito de “mais mulheres em mais bicicletas mais vezes” é central para o bom planejamento cicloviário. Diversos estudos apontam que elas tem maior aversão ao risco e portanto preferem sempre rotas mais seguras. Mas além disso são elas que fazem mais viagens “utilitárias”, pedaladas até o supermercado, até a escola, a creche…
Uma outra variável tem um papel fundamental em conquistar mais mulheres para o uso cotidiano da bicicleta. Homens apresentam maior facilidade no que se refere a “não precisar de um carro”, mas ainda é papel feminino um número maior de viagens que tem “funções domésticas”. A igualdade entre os sexos ainda não é completa e mesmo com ajuda masculina em casa, as preocupações com administrar uma casa ainda pesa mais para as mulheres.
Para além do feminismo ou de disputa entre os gêneros, nossas cidades tem muito a aprender com o que querem as mulheres. A bicicleta é o veículo ideal para adequar o espaço dos pedestres nas cidades. Já as mulheres são a “espécie indicadora” no que tange melhorias cicloviárias e quanto mais fácil for para elas optar pelas pedaladas, melhor será para todos os ciclistas, sem distinção de gênero.
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As três fotos de uma mãe em Copacabana nesse post ilustram o papel da bicicleta no cotidiano feminino e o potencial para que mais ciclistas ganhem as ruas do bairro. As duas primeiras imagens foram captadas durante a realização da Contagem de Ciclistas na rua Figueiredo de Magalhães.
Mais informações disponíveis em inglês no artigo da Scientific American de Outubro intitulado: How to Get More Bicyclists on the Road
ótimo post!
a “necessidade” de um carro se dá mais por condicionantes psico-sociais. Assim, resta saber se melhorias de infra-estrutura podem alterar comportamentos e quebrar barreiras psicológicas.