O Instituto Ethos publicou recentemente um extenso artigo que versa sobre a (i)mobilidade em São Paulo. O gancho foi o lançamento da Campanha do “Dia Mundial Sem Carro”. No entanto é possível visualizar com clareza uma mudança de perspectiva que ainda é necessária.
Indicadores citados para avaliação da qualidade do sistema de transportes:
– o número de dias em que o limite aceitável de poluição é ultrapassado,
– a média de congestionamento em horários de pico,
– o tempo médio que um veículo leva para deslocar-se entre determinados pontos da cidade,
– o total anual de mortes em acidentes de trânsito,
– a média de atropelamentos por ano,
– o número de automóveis particulares na cidade,
– o déficit de semáforos e de faixas de pedestres,
– o total anual de ocorrências de doenças respiratórias ligadas à poluição.
Certamente todos esses indicadores são de serventia quando se busca melhorar a mobilidade e por conseqüência a qualidade de vida de uma cidade. No entanto, é ainda mais importante uma simples troca nos termos a serem analizados.
Ao invés de medirmos o “tempo de deslocamento dos veículos”, seria de mais serventia aos cidadãos, medir o deslocamentos das pessoas nas cidades. Afinal, o modal de deslocamento é apenas um meio para se atingir um destino. Caso tenhamos um real desejo por cidades melhores é necessário pensarmos em como pensa-la sempre ao redor das pessoas e suas necessidades.
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Sem Carro em São Paulo
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Dia Mundial sem Carro estimula reflexão sobre os impactos negativos dos veículos particulares e a necessidade de transporte público de boa qualidade