A Importância dos Estacionamentos

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Não basta a paisagem.

Foto Edu

A falta de confiança na bicicleta como meio de transporte tem basicamente dois grandes motivos: a insegurança no trânsito (e aqui se incluem maus motoristas, incivilidade do brasileiro, falta de ciclovias) e a ausência de locais seguros para guardar a bicicleta. Este segundo problema é o mais fácil de ser atacado tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada.

Contudo, mesmo quando há boas intenções e a prefeitura ou loja/escola/clube instala um paraciclo, o que temos geralmente é uma péssima tradição de instalar suportes mal-feitos, uns trem bem xinfrim e pobrim, feitos de vergalhão e que mal prendem o pneu da frente de uma bicicleta.

Como ativistas e defensores, devemos bater firme nesta tecla e divulgar a cultura não só de “ciclovias” mas de paraciclos bem feitos e bem instalados. O suporte tipo inglês (ou Sheffield) é aprovado por associações de ciclistas tanto na Inglaterra quanto nos EUA. Para irmos na mesma linha, foi traduzido o folheto “Bicicletários” do Sustran-UK. Com a mesma intenção, já foi iniciada a tradução de outro texto técnico semelhante: o folheto da Associação Americana de Pedestres e Ciclistas Profissionais, cujo original em inglês já está na página da TA.

Estes dois folhetos contém tanto explicações claras e precisas sobre o que fazer e o que não fazer, bem como trazem especificações técnicas muito úteis para que possamos sair do bla-bla e ajudar efetivamente na prática. O que me falta apenas é saber qual seria o custo de um suporte deste, aqui no Brasil. Antes de finalizar a próxima tradução, irei numa serralheria para colher preços aproximados. Se tivesse preços de outras cidades, poderíamos fazer uma média nacional e adaptarmos os folhetos para nossa realidade, que tal?

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Paraciclo adotado como padrão pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Foto do dia em que foi apresentado à TA.

Zé Lobo

Bicicletas e Doações

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Os parceiros do Mountain Bike BH, promovem até o dia 10 de fevereiro a campanha “Quem doa sangue, doa vida

Aos que por ventura estejam na capital mineira, basta comparecer ao Hemominas (Rua Alamenda Ezequiel Dias 321, Santa Efigênia), fazer a doação e informar a participação na campanha do MTB-BH. Essa informação é fundamental para que sejam contabilizados o número de doadores alcançados.

Para o dia 10 de fevereiro, está marcada uma pedalada leve antes da doação e caronas solidárias para os doadores.

Mais informações
. Ou no blog do grupo.

União dos Ciciclistas do Brasil

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UCB

Prezados Ciclistas, Promotores da Bicicleta, Ativistas e Entusiastas.

Há alguns anos o assunto bicicleta vem se tornando cada vez mais presente em todos os cantos de nosso país. Neste período várias organizações vêm se formando com o objetivo de defender e promover a bicicleta, bem como um planejamento cicloviário de qualidade para as cidades. Muitas destas organizações têm alcançado resultados superiores aos esperados e já conquistaram o respeito e até parcerias com as administrações locais.

No ano de 2004, foi lançado pelo governo federal o programa Bicicleta Brasil que visa incluir as bicis no dia a dia da mobilidade de nossas cidades. Leia mais.

Logo em seguida, para participar mais efetivamente deste movimento, as indústrias e montadoras do setor uniram-se em uma entidade nacional chamada Instituto Pedala Brasil (IPB).

Faz-se então necessária a participação formal e organizada do maior interessado no sucesso deste processo, o ciclista. Com esta finalidade está em andamento a fundação da União dos Ciclistas do Brasil (UCB) cujo objetivo será participar efetivamente junto ao governo federal e ao IPB do processo de promoção ao uso de bicicletas no país. O foco é unir todas as entidades locais em uma entidade nacional para tratar dos assuntos no nível federal.

O assunto vem sendo discutido desde o 1º Encontro Nacional de Cicloativistas em Florianópolis 2005. Tendo sido aprofundado no 2º encontro, realizado em São Paulo no ano de 2006.

A meta atual é que a UCB seja fundada no 3º Encontro Nacional de Cicloativistas a ser realizado este ano. Para tal está sendo formado agora um grupo onde serão discutidos todos os temas relativos à
elaboração do estatuto da entidade e de onde sairão os Sócios Fundadores da UCB. Este grupo já unido no Fórum Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta (FBMB) atualmente é formado dentre outras, pelas seguintes organizações que já se posicionaram a favor da criação da UCB:

Via Ciclo – Florianópolis
ABCiclovias – Blumenau
Mobilciclo – Curitiba
Transporte Ativo – Rio de Janeiro
Rodas da Paz – Brasília
Bike Brasil – São Paulo
Comissão de Bicicletas da ANTP
Grupo CICLOBRASIL/UDESC – Florianópolis
Associação dos Ciclistas de São Vicente e Região Metropolitana
Associação Brasileira dos Ciclistas – São Vicente, SP
BIke Ciclo Verde – Rio Claro, SP
Escola de Bicicleta
Mountain Bike BH
Clube Zohrer
Caminhos do Sertão
Clube de Cicloturismo
e vários ciclistas individuais.

Existe um documento que formaliza a parceria para a criação da UCB. Aqueles que tiverem interesse em participar da discussão e da criação da União ou quiserem esclarecer alguma dúvida, por favor enviem mensagem para o Fórum Bicicleta-BR para que possamos enviar o modelo do documento a ser assinado pela entidade, grupo ou ciclista independente.

Os que preferirem, podem: baixar o Documento de Parceria, o termo de adesão ou o termo de adesão individual no site oficial. Em seguida envie mensagem para o Fórum Bicicleta-BR para que possamos informar os procedimentos e o endereço em Brasília para onde deverá ser enviado o termo de adesão.

Por favor, encaminhe esta mensagem aos grupos de ciclistas de sua região.

Brasil, Janeiro de 2007

Formas de Ação

Os ativismos podem ser de diversas formas e têm raízes históricas que não cabe aqui ilustrar. Resumidamente, grupos de ação da sociedade civil buscam representar o povo de uma maneira diversa em relação aos governos estabelecidos. Um pequeno parágrafo no livro de treinamento “Sensibilização Cidadã e Mudança de Comportamento” escrito por Carlos F. Pardo do GTZ:

Normalmente espera-se dos governos que sejam mais “diplomáticos” enquanto a sociedade civil deve ser mais “ativista”. No entanto, se ambos os atores políticos puderem agir em sinergia, ações puramente ativistas podem não ser necessárias. Medidas mais formais e diplomáticas tornam-se preferíveis. Caso ambos os grupos possam trabalhar juntos, fica mais fácil promover ações que tragam resultados mais coerentes.

A foto que ilustra esse parágrafo é de Sérgio Jr. e foi publicada no Jornal do Brasil na reportagem “Bicicletas, o jeito ecológico de ir e vir“. A legenda no livro diz: “O grupo brasileiro Transporte Ativo desenvolve diversas ações para promover o uso da bicicleta, inclusive gerando mudanças nas regulações de transporte em suas cidades.”

Numa sociedade democrática, todos têm voz. Tanto para eleger representantes, quanto para pressioná-los. No entanto, mais produtivo para todos é minimizar os conflitos e buscar sempre a maneira conciliatória de dialogar.

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> O GTZ chama-se: Gesellschaft fur Technische Zusammenarbeit GmbH. Eles se auto-definem como um grupo mundial de cooperação para o desenvolvimento sustentável.

> O livro de treinamento que aparece acima está disponível através do site do SUTP, que requer cadastro. Vale a pena conhecer o trabalho desse braço do GTZ. Está disponível em inglês como: “Training Course on Public Awareness and behavior change“. Ou em espanhol: “Curso de entrenamiento en Sensibilización Ciudadana y Cambio de Comportamiento“.

> Mais informações sobre Ativismo na Wikipedia (em inglês).

Estréia de uma Ciclovia

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Foto Danilo Tanaka

À convite do Jornal do Brasil a Transporte Ativo percorreu a orla carioca apontando erros e acertos da malha cicloviária da cidade. Aproveitamos também para conhecer in loco a mais nova ciclovia da cidade. Que foi apresentada aqui.

O resultado foi publicado com grande destaque no domingo, 7 de janeiro. Baixe aqui em pdf.

Vale também entrar em contato com o jornal para que mais reportagens sejam escritas sobre o tema “bicicleta”. Com diversos incentivos, tende a aumentar a sensibilização dos meios de comunicação e da população quanto a importância do transporte sustentável para a construção de cidades mais humanas.

Não basta mostrar as mazelas urbanas, é de fundamental importância que seja dado o devido destaque as soluções possíveis e que já estão em curso. Nesse âmbito, cada bicicleta a mais no trânsito representa muito mais do que um ciclista-cidadão feliz. É um símbolo de que devagar se chega longe e que existe uma demanda reprimida para os transportes à propulsão humana nas cidades.