Provocações Brancas

As Bicicletas Brancas nasceram com os artistas e contestadores do Provos na Holanda. Ficavam espalhadas pelas ruas para quem quisesse usar. A polícia não gostou e confiscou as bicicletas sem dono. Elas passaram a ter cadeados com um código numérico reproduzido no quadro da respectiva bici.

A idéia foi longe. Hoje em Amsterdã não existem bicicletas brancas, mas pelo mundo afora se popularizam as tecnológicas bicicletas públicas e a infra-estrutura computadorizada responsável por gerir os sistemas. Os Provos seguiram seus caminhos mas uma boa idéia nunca morre.

Longe da tecnologia um grupo de artistas irá distribuir as Bicicletas Brancas por Curitiba. A idéia é colocar em circulação as magrelas que estão sendo sucateadas nas garagens pela cidade afora. No lugar da ferrugem, a tinta branca, ao invés de ficar parada sendo coberta por poeira, o vento e a liberdade de circular pelas ruas.

Para cada bicicleta doada, uma muda arbórea de presente ao doador. E todas as bicis juntas ficarão expostas durante o bazar organizado pela galeria de arte. Formarão uma enorme árvore de bambu e bicicletas.

Para doar bicicletas para o plano das bikes brancas
ligue ->(41) 3082-7091<-
ou envie um email para: contato@galerialudica.com.br

Saiba Mais:
Galeria Lúdica.
– Blog Arte Bicicleta Mobilidade

Diferença entre Ter e Usar

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O consumo deixa cada vez mais de ser baseado em “ter”. Passa a ser mais importante um modelo de negócios voltado à função das coisas. O pensamento das empresas sai portanto da lógica de comercializar bens físicos para buscar atender as necessidades do cliente de uma maneira integrada.

Dentro desse contexto, as bicicletas públicas são uma tendência que não se resume as magrelas e a mobilidade em geral. Trata-se de uma aplicação, nas ruas. A satisfação de ir e vir com total liberdade encarada através de um novo olhar.

Ter e manter uma bicicleta tem um custo, ciclistas inveterados normalmente tem até mais do que uma bicicleta. No entanto para usos eventuais e para quem não quer se preocupar em manter sua bici, a mobilidade em duas rodas se traduz no compartilhamento. Um modelo de uso para as magrelas que representa o nascimento de um novo modo de transporte público, bem como uma exemplificação exemplar de um modelo econômico em dia com a sustentabilidade.

Mais:
Bicicletas Públicas
Velha Mobilidade
Product service system – Wikipedia (em inglês)

Pedalemos no Ritmo da Samba

SAMBA
Já está em funcionamento em caráter experimental as bicicletas públicas Cariocas. Até o dia 29 de dezembro pouco mais de 200 pessoas poderão testar gratuitamente o sistema e sugerir melhorias.

A pedalada fundamental do Sistema Alternativo para Mobilidade por Bicicletas de Aluguel – “SAMBA” já foi dada. Elas já estão nas ruas e certamente tem tudo para se multiplicarem e ajudar a mobilidade em bicicleta no Rio de Janeiro.

SAMBA 2

Uma iniciativa da Prefeitura em parceria com a Serttel, visite o Mobicilidade.com.br para fazer o cadastro.

Mais:
Prefeitura inaugura estação de bicicleta de aluguel em Copacabana
Bicicleta ‘parisiense’ faz sucesso no Rio

Metro-Rio e Bicicletas

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Estação Cantagalo.

O Metrô no Rio de Janeiro é uma concessão pública à iniciativa privada. A empresa que opera o serviço metroviário no Rio de Janeiro tem aos poucos visto a importância da bicicleta para a cidade e também para aumentar o número de usuários. A Transporte Ativo tem desenvolvido uma parceria com a MetroRio e em breve os ciclistas terão tratamento especial.

Tudo começou em 2005 com a permissão para que as bicicletas pudessem ser transportadas durante todo o dia nos fins de semana e feriados. Agora essa integração será devidamente divulgada. Para que as magrelas estejam integradas ao sistema no entanto é necessário que haja uma integração maior. Os planos da MetroRio, com a consultoria da TA, não são nada modesto. Haverão bicicletários com integração tarifária, sinalização adequada, canaletas nas escadas, tudo para que os ciclistas cariocas possam pedalar até o Metrô e de lá percorrer grandes distâncias.

Assita às apresentações que fizemos por lá:
Bicicletas Públicas e Metrô.
Estacionamentos em Estações.

Sobre Bicicletas Públicas Cariocas

Em recente entrevista sobre as bicicletas públicas no Rio de Janeiro, Zé Lobo, presidente da Transporte Ativo, teve uma de suas falas resumidas ao ponto da distorção. Segue a íntegra da entrevista ao jornal carioca “O Dia”.

O Dia: O que você acha da iniciativa?

Zé Lobo: Acho a iniciativa muito boa, quanto mais se promover o uso das bicicletas mais a cidade ganha em qualidade de vida.
Porém esta é uma iniciativa que deve vir acompanhada de varias outras que promovam a segurança do usuário.
O sucesso do sistema em Paris e Barcelona se deve a um planejamento amplo e não apenas a implantação do sistema.
Este planejamento incluiu desde campanhas promocionais e de esclarecimento maciças como soluções viárias para circulação segura deste usuário.


O Dia: Espera que os cariocas adotem esse hábito?

ZL: Os cariocas tem tudo para que cada um seja um ciclista, o potencial que a cidade oferece é enorme e a cada dia o número de ciclistas circulando pela cidade aumenta. De 94 a 2004 o aumento foi de 300% segundo o PDTU RJ e continua crescendo.

O Dia: Que tipo de pessoa você acredita que usará o serviço?
ZL: Teoricamente o usuário deste serviço será qualquer cidadão que queira se deslocar com velocidade e praticidade por pequenos percursos na cidade. Na pratica só com o tempo saberemos. Se as medidas que citei na resposta acima não forem tomadas será difícil que parte da população use o serviço de uma hora para outra. Eu com certeza usarei, se as bicicletas tiverem um mínimo de qualidade, outro fator primordial para o sucesso. É bom lembrar que existem cidades onde o sistema fracassou por falta de planejamento.

O Dia: Acredita que as pessoas possam alugar as bicicletas para ir ao trabalho por exemplo?
ZL: Depende. Estas bicicletas são para pequenos percursos se a pessoa mora perto do trabalho sim, se mora longe poderá usá-la para complementar uma viagem de metrô ou de ônibus ou usará para se deslocar dentro do bairro para ir ao banco, dentista, etc.

O Dia: Quanto você acha que deve custar o aluguel das bicicletas?
ZL: Normalmente nestes sistema de aluguel a viagem rápida (até 30 min) é gratuita pois o concessionário deve ter sua principal fonte de renda na publicidade e não na locação das bicicletas. A tarifa após os primeiros 30 minutos tende a subir progressivamente inibindo o uso por longos períodos.

Mais:
– Bicicletas para alugar: primeiros 30 minutos serão gratuitos – O Dia.
– Leia sobre Bicicletas Públicas ao redor do mundo na Biblioteca Transporte Ativo.