Nas obras do metrô carioca, de bicicleta

SAM_0077
“Quantos aqui possuem 1 bicicleta? 2? 3? 4?
Muitos tem não é mesmo? Acessível, a bicicleta está presente nas casas de muitas pessoas.  E no Rio de Janeiro há duas bicicletas para cada carro.”

Assim começaram as diversas palestras ministradas nas obras do Metrô Carioca. De magrela fomos até debaixo da terra. E no canteiro de obras os operários ficaram sabendo que os pés são o meio de transporte mais popular no Rio. E que a bicicleta segue por fora e teve um aumento no seu uso de 153% entre 1994 e 2004.

Todos também ficaram sabendo que são feitas 1,2 milhão de viagens de bicicleta por dia na região metropolitana do Rio de Janeiro. Um número considerável e que se espalha de maneira difusa pelas ruas e calçadas até se tornar quase invisível. Afinal só no metrô no trem as pessoas ficam concentradas em vagões ao longo de uma linha.

Contamos também sobre o dia Mundial Sem Carro, surgido na Europa para convidar as pessoas a refletirem e discutirem outros modelos de mobilidade, diferentes do carro em prol da mobilidade coletiva e sua decorrente qualidade de vida.

Lembramos, claro que o nome da data deveria ser mais adequado e deveria promover alternativas sem ser a negação de outra coisa. Afinal os motoristas e seus veículos também tem direito as ruas, mas é preciso repensar seu papel para evitar o mau uso, ou seja, dirigir sozinho em trajetos curtos. Afinal esse é um dos principais motivos dos extensos engarrafamentos pela cidade.

IMG_0367

Os números comprovam. Um levantamento da prefeitura carioca aponta que 70% dos motoristas dirige sozinho e outros 70% o fazem em distâncias inferiores a 10 km, algo que pode ser feito de bicicleta ideal para trajetos até 7-8 km ou por transporte público.

Foi bom lembrar que em distâncias maiores a bicicleta é mais útil em combinação com meios de transporte de massa como trem, metrô, ônibus e barca. Pedala-se até a estação/terminal e de lá segue-se viagem no coletivo. Essa prática é muito comum na zona oeste carioca, região distante do centro e com menos opções de transporte local.

Aliás, buscamos quebrar a noção que a Zona Sul é a região das bicicletas. A Zona Oeste tem uso muito maior e mais quilômetros de ciclovias que qualquer outra região da cidade. Os bairros com mais uso da magrela são Santa Cruz, Bangu, Campo Grande, Realengo e Barra da Tijuca.

Em diversos bairros da cidade a bicicleta já é uma realidade de transporte e pode aumentar ainda mais. Para usar esse transporte observe dicas de segurança como manter a bicicleta em dia com freios, pneus, guidão, transmissão e tudo mais em dia.

Coube ainda encorajar as pedaladas dos operários perto de suas casa em ruas calmas e usufruir do antigo meio de transporte, super antenado nas necessidades do século XXI, quais sejam, praticidade, custo baixo, poluição zero e saúde individual.

Pedalemos!

IMG_0405

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *