Dentre as atividades prévias ao Sexto Fórum Mundial da Bicicleta, mas já dentro da programação oficial do evento, ocorreram algumas oficinas voltadas a funcionários públicos. No dia 18 de abril ocorreu a Oficina “Sistemas de Bicicletas Compartidas, realidades y retos hacia uma política de movilidad sustentable” promovida pelo WRI México, onde participamos não apenas como ouvintes, para aprender mais sobre a realidade dos sistemas latino-americanos seus desafios e futuro, mas também como expositores compartilhando sobre a realidade e experiência brasileira.
Modelos de aquisição, operação e negócio, novas tecnologias, mecanismos de financiamento, políticas públicas, legislação, uso de dados abertos estiveram dentre os temas abordados na oficina. Que contou com a participação de especialistas, gestores, cidadãos e empresas de tecnologia e operação de sistemas de bicicletas compartilhadas da América Latina, Estados Unidos e Europa. Um espaço de trocas, perguntas e debates que se estendeu ao longo do dia.
Casos exitosos como EcoBici da cidade do México e inovadores como de Rosário na Argentina foram apresentados e debatidos, respectivamente, entre os presentes. O caso brasileiro, incluindo a recente anunciada troca de operador de alguns sistemas do país, foi amplamente comentado e discutido durante o painel Modelos de Aquisição, operação e Manutenção e mecanismos de implementação, que contou com a participação de representantes da empresa Serttel e TemBici (antiga CompatBike), que operam sistemas no Brasil, e da Transporte Ativo enquanto sociedade civil atuante e envolvida com a temática.
Dentre o conteúdo abordado pontuou-se que as cidades que querem ter um sistema de bicicletas compartilhadas, espacialmente no caso latino-americano, precisam primeiramente entender as necessidades da cidade, saber o que querem, o que pretendem com a implementação um sistema de bicicletas compartilhadas (SBC).
Quando o tema é políticas públicas para promoção do uso da bicicleta, incluir os sistemas de bicicletas públicas dentro dos planos de mobilidade pode ser peça chave para garantir sua implementação e continudade.
Posicionar a bicicleta como parte integrante do sistema público de transporte, considerar e entender a experiência dos seus usuários – apropriação social do sistema –, garantir o marco legal e criar capacidade institucional – formar equipes técnicas capacitadas – também são pontos chave para o êxito e sustentabilidade ao longo do tempo de um SBC.