por mais pessoas em mais bicicletas mais vezes | Mobilidade Urbana e por Bicicletas | Qualidade de Vida | Educação Cicloviária | Transporte Sustentável
Impressões sobre a chegada de uma nova Dahon em São Paulo.
Descobri duas coisas. Que tem um lugar chamado Café Galícia no fim da Consolação que faz uns sucos inacreditáveis. Uva verde com água de coco, nesse naipe! Pretendo voltar com certeza.
(…)
Como o funcionário do metrô Anhangabaú que me perguntou:
– É estrangeira ela né? Inglesa? Americana?
– Americana.
– Ah…E é pra competição?
– Hã..Não…Competição?
– É que ela dobra desse jeito, pra que serve?
– Pra entrar no metrô?…
Uma empresa de comunicação está fazendo um levantamento sobre o ciclismo urbano com a intenção de quantificar as necessidades e os hábitos de todos aqueles que objetivam viver numa cidade com menos tráfego, menos poluição e menos violência.
Aos que pedalam, ou gostariam de pedalar mais em nossas cidades, fica o convite para responder a um breve questionário.
O Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro publicou hoje uma notícia sobre o “Protocolo de Intenções do Rio”. Através desse documento, a prefeitura promete unir esforços no combate ao aquecimento global.
O setor de transportes é um dos pontos prioritários para as ações da Prefeitura que, para reduzir a emissão de gases que promovem o aquecimento global, vai criar redes especiais de integração formadas pela Supervia (trens), Metrô e corredores especiais para ônibus de alta capacidade, além de outras medidas para racionalizar o serviço de ônibus.
Um menor número de ônibus circulando certamente irá contribuir para a diminuição da poluição nas cidades. São aproximadamente 8 mil ônibus à diesel que realizam mais de 5 milhões de viagens diariamente. Trata-se do meio de transporte motorizado mais utilizado para o deslocamento dos cariocas. Os automóveis particulares infelizmente não entraram na conta da prefeitura. São quase 2 milhões deles emitindo uma quantidade muito maior de CO2 por passageiro por quilômetro..
Fica a sugestão para que a Prefeitura busque não apenas racionalizar a frota de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, mas também, criar incentivos para que cada vez mais motoristas usem menos seus carros. Afinal, segundo dados oficiais, a frota ciclística é de aproximadamente 4 milhões que realizam menos de 700 mil viagens por dia.
Não se trata de uma campanha “anti-automobilista”. Esses cidadãos são também consumidores e parceiros na mudança da realidade urbana que se faz necessária. Têm portanto direito a voz num debate sobre a mobilidade na cidade. Eles precisam ser ouvidos para que possam ajudar a definir soluções para seus problemas. Têm também que obter ajuda para superar o medo de romper barreiras que aumentariam a qualidade de vida de todos. Dada as enormes perdas geradas pelos congestionamentos hoje, buscar alternativas não é tarefa difícil. Basta que se criem condições adequadas para a reflexão e a transição para o uso de meios de transporte mais sustentáveis e menos danosos ao meio ambiente.
Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovias ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público. Infração Grave.
O Código de Trânsito Brasileiro ampara legalmente aos mais frágeis, ciclistas e pedestres.
CAPÍTULO XV – DAS INFRAÇÕES
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.
Esse amparo legal não costuma no entanto ser de conhecimento de todos, sejam habilitados para dirigir veículos auto-motores, sejam ciclistas ou pedestres. A legislação para ser efetiva necessita de uma série de fatores, dentre eles, ser conhecida pelos órgãos da lei e os cidadãos em geral.
Não basta portanto o amparo legal, é necessário que ciclistas e pedestres conheçam seus direitos e deveres e o restransmitam da melhor maneira possível.
Aos que dominam o inglês, vale assistir a um vídeo de um pedestre que foi internado como louco por confrontar diretamente o espaço dos veículos motorizados. Seja nas calçadas alemãs, seja nas ruas. São atitudes que podem ter um efeito negativo e principalmente gerar mais agressividade. Mas servem como reflexão para que se busque cidades mais humanas com mais e melhores espaços para as pessoas.
A defesa de ciclovias costuma ser uma grande bandeira para a promoção do uso da bicicleta como meio de transporte. No entanto, mais do que simplesmente espaços segregados para os meios de transporte à propulsão humana, deve-se pensar em planejamento cicloviário.
Cinco exigências podem resumir a questão de maneira bastante direta na execução de qualquer projeto de ciclovia ou que simplesmente vise o incentivo ao uso da bicicleta. São eles:
1. Segurança Viária
Todo o planejamento e desenho da infra-estrutura cicloviária tem de ser pensando em conjunto. Redes viárias, pisos de qualidade e cruzamentos que não gerem riscos. Tudo deve garantir deslocamentos seguros para todos os usuários, sejam ou não ciclistas.
2. Rotas diretas/rapidez
Nesse caso tudo deverá ser pensado com o objetivo de minimizar o tempo e o esforço necessário para os deslocamentos por bicicleta. Como a água segue sempre o caminho mais curto e rápido, assim devem ser as rotas cicloviárias de qualidade.
3. Coerência
Ser coerente implica em manter não só uma unidade visual em relação a sinalização e pisos, mas também em rotas completas e fáceis de serem seguidas.
4. Conforto
Para que mais pessoas utilizem a bicicleta com meio de transporte, o fato das vias serem confortáveis certamente representa um fator fundamental. Atingir esse objetivo primordial, requer poucas paradas, piso de qualidade, largura adequada, proteção das intempéries sempre que possível e que o ciclista nunca seja forçado a desmontar da bicicleta durante seu deslocamento.
5. Atratividade
A atratividade requer um grande esforço no planejamento, mas certamente é a mais fácil de visualizar como necessária. Quem não usa a bicicleta como meio de transporte se sentirá convidado a fazê-lo quanto mais atrativa for a infra-estrutura. Para isso, deve-se pensar em rotas que cruzem ambientes diversificados, agradáveis, que não coincidam com vias arteriais de trânsito motorizado e por fim, que não seja zonas inseguras em relação à criminalidade.
Um vídeo feito na cidade de Nova Iorque exemplifica diversas situações de conflito vividas num ambiente que ainda requer um grande esforço no campo do planejamento cicloviário.