2ª Corrida de Bicicletas de Carga – Parque Madureira – 2024

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Pelo segundo ano consecutivo, a Transporte Ativo aceitou o convite da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro para realizar uma corrida de bicicletas de carga no Parque Madureira, por ocasião da Festa do Trabalhador de 1º de maio. Desta vez 16 ciclistas se increveram, um número maior que no ano passado, e com a novidade da participação de duas mulheres. Serão sempre muito bem-vindas!

Com trajeto simples numa reta da pista asfaltada do Parque Madureira, a missão era buscar e transportar um saco de areia de 5 kg num trajeto de ida e volta duas vezes por bateria com 2 participantes. O primeiro a chegar continuava para a fase seguinte e o perdedor era eliminado. Em um dia normal seria algo relativamente fácil, mas à medida que o sol subia a temperatura ia junto, aumentando a dificuldade e o cansaço de quem seguia para as fases seguintes. Mais ou menos como o dia-a-dia dos ciclo entregadores.

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Todos pedalaram muito forte, elevando o nível da competição em relação ao ano passado, também porque os prêmios desse ano atiçaram a competitividade de todos. Ao terceiro colocado uma bicicleta de carga, primeiro e segundo colocados um triciclo cada. A disputa foi acirrada, com direito a algumas colisões e tombos sem muita gravidade, mas houve espaço para inspiradores episódios de espírito esportivo entre os competidores.

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Os participantes incorporaram a força, dedicação e resistência características dos entregadores de bicicleta em seu trabalho diário de entregas e prestação de serviços pelas ruas do Rio. Nesta competição, como no trabalho diário deles a amiga bicicleta é a catalisadora de saúde e sustentabilidade, com a diversão da corrida ou o emprego que ajuda no sustento.
Quem enfrentou a corrida do feriado ou encara os desafios do trabalho nas ruas concretiza e compartilha sempre uma grande conquista: uma cidade mais limpa, humana e fraternal.
Esperamos que cada vez mais a bicicleta leve as pessoas pelo caminho do esporte, da saúde, do emprego verde, da cordialidade e fraternidade no compartilhamento da cidade, como vimos no Parque Madureira neste 1º de maio de 2024.

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Agradecemos à Secretaria Municipal de Trabalho e Renda pelo convite, aos produtores do evento pela parceria na organização, aos Fotógrafos Roberto Moreyra e Cadu Souza pelos belos registros da corrida, à COMLURB que nos cedeu gentilmente suas bicicletas de carga e principalmente aos 16 participantes listados abaixo, pela confiança, paciência e dedicação:
André
Carlos Eduardo
Daiane
Diego
Domdng
Ewerthon
Fernando
Lilian
Luis Eduardo
Luiz Henrique
Marcos
Matheus
Patrick
Pedro Henrique A.
Pedro Henrique G
Ruan

NitBike, as bicicletas públicas de Niterói

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Já não é novidade, a mobilidade ativa tem no compartilhamento de bicicletas um aliado há muitos anos mundo afora. Quando uma cidade investe em ciclovias, redução de velocidade nas vias, qualificação de calçadas e áreas públicas para as pessoas podemos afirmar que ela escolheu o caminho da evolução na gestão de seu espaço. O modelo atual de mobilidade motorizada individual foi superado, é um fracasso inquestionável, não atende à realidade e as necessidades das cidades de hoje. A bicicleta cai como uma luva no desafio de melhorar o uso do espaço urbano e os sistemas de compartilhamento de bicicletas são a grande ideia para mobilidade desse milênio (nota: embora tenham surgido em 1965 ganharam força e relevância nos anos 2000).

Há várias cidades brasileiras que possuem Sistemas de Compartilhamento de Bicicletas, grandes ou pequenos, pagos ou gratuitos. Não há como negar sua influência positiva para a mobilidade, qualidade de vida e até segurança das cidades.

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No estado do Rio de Janeiro temos um caso emblemático de cidade média que merecia um sistema desses há muito tempo. Niterói, vizinha próxima do Rio de Janeiro tem meio milhão de habitantes, uma imensa frota de automóveis em uma área pequena, logo, transitar por lá é um desafio que requer paciência. Por necessidade e praticidade a bicicleta sempre foi muito usada na cidade, mas explodiu nos últimos anos com os investimentos da cidade em promover o uso da bicicleta, no melhor estilo de “construa e eles virão”. A chegada das bicicletas roxas do NitBike é uma justa e merecida novidade em Niterói. O sistema gratuito de uso público de bicicletas tem previsão de ganhar as ruas em maio de 2024 e, num primeiro momento terá 50 estações e 600 bicicletas nos bairros mais centrais da cidade.

É a coroação do caminho que uma cidade está tomando para amenizar seus problemas de mobilidade, poluição do ar, má ocupação do espaço urbano e prejuízos com engarrafamentos. Sempre há muito a se fazer nesse sentido e as barreiras à mobilidade mudam de forma e tamanho com frequência. Mas Niterói completou uma etapa importante deixando claro que está firme no propósito de garantir espaço e força à bicicleta como ferramenta promotora de qualidade de vida nos deslocamentos de sua população. Neste sentido, e apesar da baía que nos separa fisicamente, Rio e Niterói se aproximaram. Seja com nossas bicicletas pessoais ou nas compartilhadas vamos pedalar cada vez mais lá e cá. Por mais pessoas em mais bicicletas (laranjinhas ou roxinhas) mais vezes!

Pedalada Museu na Rua – Entre Ruas e Rios

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No último sábado 2 de março realizamos em parceria com o Museu do Amanhã a pedalada Museu na Rua, saindo da Praça Mauá até o Aterro do Flamengo. Com paradas na Praça XV, Largo da Carioca, Praça Luís de Camões, no Deck da Foz do Rio Carioca e no Monumento a Estácio de Sá os educadores do Museu trouxeram reflexões sobre os rios da cidade, que foram cobertos, canalizados, poluídos, esquecidos.

Novamente a bicicleta foi a parceira perfeita para esse misto de aula-passeio-exercício de mobilidade ativa. Tivemos duas pessoas cegas recebendo as informações por áudio descrição de seus guias. Cerca de 25 pessoas pedalaram pelas ciclovias e ciclofaixas entre o centro e o Aterro do Flamengo. A experiência completa de conhecimento de sua cidade é bem mais prazerosa e proveitosa quando a fazemos pedalando.

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Nenhuma cidade é perfeita, a sua história e o seu desenvolvimento podem ter episódios ruins, mas sempre há tempo de mudar, corrigir, evoluir. Passamos pela Praça da Justiça, inaugurada recentemente com calçadão, ciclovia, arborização, bancos, estação de bicicleta pública. Onde antes havia estacionamento para alguns carros agora há um espaço verdadeiramente público.

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Ao devolver a cidade para as pessoas elas podem conhecer a sua história (boa ou ruim), aprender sobre ela e se apropriar dela como verdadeiros cidadãos. Só daí virão as mudanças no planejamento urbano e principalmente no que as pessoas querem para a sua cidade no presente e no futuro. Nesses passeios vivenciamos a cidade como queremos, mais para as pessoas que para os carros.

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A bicicleta inteligente

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Há uma novidade na rede: o acesso à inteligência artificial se popularizou e com ele vieram promessas de avanços antes inimagináveis e uma certa ‘surpresa’ com os problemas inéditos que surgiram. Não raro as pessoas ignoram que a tecnologia só é um avanço se o fator humano quiser e deixar.
Enfim, não demorou para que a inteligência artificial chegasse às bicicletas. Uma fábrica patenteou um sistema que em tese aprende com o ciclista e muda regulagens sem a atuação do ciclista. Altura do selim e ajustes de suspensão seriam feitos de acordo com uma interface entre os dados coletados pelo computador central e o retorno do ciclista sobre os ajustes serem bons ou não. Ao repetir o mesmo trajeto a bicicleta se ajustaria automaticamente para melhorar conforto e eficiência.

Polêmica à vista. O consumidor tem total liberdade de escolha sobre qual produto e com qual tecnologia comprar. Mas o lado lúdico da bicicleta está justamente em ser um dos veículos mais integrados ao ser humano. Usando até cinco pontos de apoio e propulsão humana na condução da bicicleta convencional a sinergia é total, sem dispositivos que interferem na relação com o movimento e com o que o ciclista sente ou quer fazer. Ao mesmo tempo ela só proporciona as sensações se o condutor fizer força nas pernas, nos braços, em todo o corpo e… pensar.
Ao colocarem um motor à combustão ou elétrico nas bicicletas a tal sinergia ligada à força que se faz para ela se movimentar foi parcialmente mascarada, anestesiada. Agora um computador poderá regular partes móveis da bicicleta diminuindo a sinergia do pensar no pedalar.

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Será mesmo necessário ou mesmo importante interferir tão profundamente nessa invenção fantástica cuja relevância para a humanidade nunca diminui? Muitos avanços tecnológicos caros e complexos chegaram à indústria e ao mercado da bicicleta e não conseguiram tornar obsoleta a bicicleta tradicional. Este provavelmente será mais um.

A bicicleta é aquele veículo simples que te leva perto (ou longe), com a força de seu corpo, sob controle da mente e com o rosto ao vento, transporta suas coisas, seus sonhos, sua liberdade, acelerando seu coração e seu metabolismo para te deixar mais saudável e feliz, tudo isso de forma compacta, limpa e silenciosa, por um custo acessível e que pode até ser consertada por você mesmo! Tem algo mais inteligente que isso?

Ser original e inovador é usufruir do que a inteligência humana criou de melhor e mais acessível, democrático para facilitar nossa vida, amenizar desafios, proporcionar saúde, economia, desenvolvimento e sustentabilidade. Veja na bicicleta uma aliada como ela é e pedale que o mundo gira.

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Pedalada Entre Museus Acessíveis | maio/2023

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No retorno das Pedaladas Entre Museus Acessíveis 15 ciclistas surdos e 3 cegos inauguraram a temporada 2023 do já consagrado passeio guiado entre o Museu do Amanhã e o Museu da República. Com a renovação do projeto a previsão é de atender mais de 120 pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual em 7 rodadas.
Como no ano passado fazemos várias paradas para pequenas e valiosas aulas sobre a história da nossa cidade maravilhosa que fica ainda mais bela quando é explorada com bicicletas.

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Na manhã do dia 20 de maio de 2023 partimos da Praça Mauá em direção ao bairro do Catete, mais especificamente para o belo jardim do Museu da República. Com paradas no Largo da Misericórdia e no Museu de Arte Moderna, educadores do Museu do Amanhã trouxeram histórias sobre o Carnaval e, com a ajuda da áudio descrição e de intérpretes de Libras, pessoas surdas e cegas são contempladas e incluídas em atividades culturais em que normalmente não conseguem participar plenamente.

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Entre Museus Acessíveis é curtir a cidade em duas rodas numa bela manhã de sábado, conhecendo parte da história do Rio, compartilhando a cidade e convivendo com pessoas tão especiais.