Além do importante polo industrial de bicicletas, Manaus sedia anualmente, desde 2012 o “Fórum de Bicicletas Manaus”, organizado pelo coletivo local Pedala Manaus. Em sua oitava edição, o tema foi “A bicicleta como fonte geradora de renda e emprego”, assunto que vem se destacando mundialmente ao mesmo tempo em que diferentes atividades ligadas às bicicletas surgem a cada dia.

A TA esteve presente desde a segunda edição, acompanhando de perto o desenrolar cicloviário na cidade. Neste período, nas ruas pouco mudou, apenas algumas ciclorrotas e bicicletas compartilhadas, ainda muito aquém das necessidades e potencial da cidade. Já o Fórum, tem a cada edição se tornado mais maduro e consistente, com um debate de alto nível que vem ajudando a mudar a forma de encarar as bicicletas dos manauaras. No painel “Emprego e renda”, falamos sobre a importância e o crescimento do uso de bicicletas na logística de entregas e tendências na área. Veja a programação completa aqui e as apresentações na íntegra aqui

O Fórum sempre foi muito democrático, atraindo ciclistas, academia, indústria e timidamente o poder público, num espaço que promove uma melhor compreensão da importância da bicicleta para as cidades por pessoas com diferentes formas de pensar e abordar a cidade. Dentro dessa diversidade, nesta edição presenciamos a doação da Caloi para a Guarda Municipal de 50 bicicletas para patrulhamento, aos poucos as bicicletas vão ganhando a cidade e se tornando presentes.

Rolou ainda o Festival Bike Experience na fábrica da Caloi, confira aqui.

E como em todas as edições, é sempre um excelente espaço de aprendizado e confraternização!

 

 

Mais uma vez estivemos no Terreiro de Ideias do Museu do Amanhã promovendo uma tarde de conversa sobre bicicleta. Nessa edição, o tema foi Cicloturismo no Brasil e contou com a participação dos pesquisadores Luiz Saldanha e Juliana de Castro do Planett (Núcleo de Planejamento Estratégico de Transporte e Turismo) e do jornalista Fábio Nazareth, criador dos Pedalentos – Cicloturismo Contemplativo. A roda foi bem descontraída e os participantes tiveram oportunidade de conhecer mais sobre o que está acontecendo no cenário nacional e também compartilhar suas experiências com universo das bicicletas.

Viajar de bicicleta é uma modalidade de turismo que vem crescendo em todo mundo nos últimos anos, inclusive no Brasil, que já conta com roteiros e circuitos prontos para receber os cicloviajantes. Em 2015, na cerimônia de abertura da Velocity, maior conferência sobre ciclomobilidade do mundo, foi anunciado que os recursos deixados por quem viaja de bicicleta na Europa superou o de outros modos de transporte. Por aqui já tivemos dois encontros para desenvolvimento do cicloturismo, o último que aconteceu em 2018, tratou sobre a relação dos Parques Nacionais, Unidades de Conservação e suas relações com o cicloturismo. O próximo já está agendado para 2020.

Temos um cenário muito promissor pela frente e acreditamos que cada vez mais teremos mais pessoas usando bicicletas, mais vezes!  Fique atento, a próxima Roda de Conversa será dia 14 de setembro com o tema Livros & Bicicletas.

Para que o conhecimento e as experiências adquiridas durante a viagem à conferência Velo-city 2019, em Dublin na Irlanda, pudessem ser conhecidas por mais pessoas, preparamos um encontro, onde sete dos Brasileiros que estiveram na conferência pudessem compartilhar o que foram fazer lá e um pouco de suas experiências. Estavam presentes Marcela Kanitz – PROURBE UFRJ, Rodrigo Rinaldi – FAU/UFRJ e Eduardo Bernhardt – TA, do Rio; Ana Carboni – UCB, Filipe Simões – Niterói de Bicicleta, de Niterói, Carlos Leandro – Pedala Queimados, de Queimados e ainda Gisele Valle E.E. Zilah Ferreira, de São José dos Campos – SP. Cada um expôs por 10 minutos suas impressões sobre a conferência a viagem e depois durante pouco mais de uma hora houve troca de ideias e respostas às perguntas do público presente, que em um belíssimo sábado de sol optou por participar da roda de conversa, que aconteceu no Terreiro de Curiosidades do Museu do Amanhã.

Dos sete presentes, 5 apresentaram trabalhos na conferência, o conteúdo da roda de conversa se assemelhou à um painel da conferência, tamanha a qualidade do que foi exposto. Além de aumentar a interação, em terras brasileiras, de parte do grupo que participou da conferência, aproximou pessoas que não estiveram em Dublin, do que se passou por lá. Vale citar que 22 brasileiros estiveram na conferência, dentre eles 17 apresentando 19 trabalhos. Destes 4 representavam empresas, 4 eram do poder público de apenas duas cidades, Fortaleza com 3 representantes e Niterói com 1, os outros 14 brasileiros na conferência, dentre este 9 da delegação TA, eram da sociedade civil. Esse perfil de participantes, tem sido semelhante em diferentes edições o que nos mostra que a sociedade civil está se capacitando mais sobre o assunto mobilidade por bicicletas do que o poder público, que deveria estar lá, em busca de uma melhor compreensão das transformações que as bicicletas tem proporcionado em cidades ao redor do planeta.

Outras rodas de conversa, vão acontecer, sempre aos segundos sábados de cada mês, até novembro. Fique atento, o próximo será dia 10 de agosto com o tema Cicloturismo e seu potencial no Brasil e no Rio de Janeiro.