Treinamento ACTIVE em Brasília

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O Programa de Treinamentos ACTIVE –  Alliance for Cycling and Walking Towards International Vitality and Empowerment, lançado na COP28, é um programa liderado pela Holanda, Bélgica e Luxemburgo com o objetivo de treinar 10.000 especialistas em mobilidade no Sul Global em 10 anos.

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Deste vez, aconteceu em Brasília um treinamento voltado para novos técnicos do Ministério da Cidades, gestores de cidades no entorno do DF e sociedade civil local. Foram dois dias de trocas e aprendizados, sobre experiências holandesas e brasileiras, com diversas atividades combinando teoria e prática, tendo como objetivos o compartilhamento e o aprendizado.  No horizonte deste treinamento está a implementação do Programa Bicicleta Brasil e da Estratégia Nacional de Promoção da Bicicleta.

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Após as aulas, houve uma pedalada por ciclovias e as rotas que compõem a rede cicloviária da capital. Os participantes receberam certificados e assumiram o compromisso de atuar como multiplicadores do conhecimento adquirido, levando a experiência para seus respectivos estados e municípios.

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Esta rodada foi fruto de uma parceria entre o Ministério das Cidades e o Ministério de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Reino dos Países Baixos, sendo a capacitação parte da agenda temática da Pré-COP30. Convidados pela equipe ACTIVE para participar do time de capacitação como especialistas locais, prontamente aceitamos o convite sempre visando promover a disseminação da cultura do uso urbano de bicicletas em busca de cidades mais pedaláveis e caminháveis.

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O ambiente foi muito agradável e todos se mostraram muito interessados e envolvidos com o tema. Que venham novas rodadas pelo país afora!

Agora é a vez da Gávea!

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A Rua Marquês de São Vicente na Gávea, Rio de Janeiro, conta com tráfego intenso e muitos ciclistas circulando. São estudantes, moradores, trabalhadores, entregadores, mães e pais, que seguem por esta via, com diferentes motivações.

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Fazem dois anos que aos poucos, temos mostrado por aqui e nos boletins mensais, diversas atividades que realizamos no Bairro da Gávea, em parceria com a Escola Parque, apoio da AMA Gávea e outras escolas do bairro. Tudo começou com alguns pais de alunos que levam seus filhos de bicicleta para a escola, em busca de mais segurança, para eles e para as centenas de alunos que circulam de bicicleta pelo bairro, fora os demais.

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Fizemos mapeamentos com os alunos do ensino médio, indicamos o Projeto A Caminho da Escola da CET Rio para o ensino fundamental, nos reunimos com pais, associação de moradores, Prefeitura do Campus da PUC Rio, realizamos pesquisas com pais e funcionários dentre outros, realizamos contagens e buscamos conhecer a realidade local e envolver aqueles que pedalam ou gostariam de pedalar com segurança na região. Tudo seguindo estratégias e metodologias já realizadas antes, com sucesso, como o Ciclo Rotas Centro, Tecnologia Social certificada pela Fundação Banco do Brasil.

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Com dados e fatos em mãos, veio o momento de apresentar a proposta à Prefeitura, via CET Rio, uma vez que o traçado já estava delineado no plano Cicloviário da Cidade. O Projeto foi muito bem recebido, vistorias na via foram feitas e hoje temos a implantação em andamento, já repleta de ciclistas circulando com maior segurança e respeito.

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Existem ainda muitos desafios, por ser uma via cheia de escolas com seus horários de entrada e saída, ônibus e trânsito intenso em vários horários do dia e da noite. Mas, dentro do possível a presença do ciclista agora está validada na via. Alguns ajustes já estão sendo pensados, seguiremos acompanhando, em breve realizaremos nova contagem e voltaremos a Escola Parque para apresentar aos alunos o resultado daquelas oficinas.

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XII Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicleta no Brasil | Resultados

TA2025-Diploma-POST-01Em sua décima segunda edição, o prêmio “Promovendo a Mobilidade por Bicicleta” novamente homenageia iniciativas brasileiras em prol do uso das bicicletas, pois boas ideias merecem e precisam ser reconhecidas e bonificadas!

Outro ano e vários projetos interessantes, bastante diversidade, pouca inovação, mas projetos cada vez mais consistentes. A seleção não foi fácil e a tarefa de deixar tanta coisa boa de fora foi árdua.

As organizações premiadas receberão dez mil reais para darem continuidade ou aprimorarem seus projetos.
A entrega de Prêmios acontecerá no Shimano Fest, em São Paulo no mês de agosto!

Conheça as melhores iniciativas deste ano:

1º Lugar Categoria Ação Educativa e de Sensibilização:

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AMECICLO

5 anos do Fundo de Ações Livres
O Fundo de Ações Livres (FAL) é um edital auto gerido da Ameciclo que, desde 2019, fomenta ações educativas e de sensibilização em mobilidade urbana ativa na Região Metropolitana do Recife. Criado com o objetivo de descentralizar recursos e impulsionar o protagonismo de territórios e coletivos periféricos, o FAL já apoiou 24 iniciativas com até R$ 1.000,00 cada, totalizando cinco anos de incentivo a projetos criativos, populares e diversos. Voltado a pessoas físicas, coletivos não formalizados, pequenos empreendedores (MEI/ME) e organizações sem fins lucrativos, o FAL aposta em formatos flexíveis e processos simplificados de inscrição e prestação de contas. As ações contempladas envolvem oficinas, jogos, produção audiovisual, arte urbana, homenagens a vítimas do trânsito, formações em escolas e intervenções no espaço público. Mais do que apoiar financeiramente, o FAL cria redes de afeto e solidariedade, amplia o debate sobre mobilidade e possibilita que ideias locais ganhem força e visibilidade. Relatos de participantes mostram que o fundo é muitas vezes a primeira oportunidade para transformar projetos em realidade, alcançando públicos diversos e promovendo o uso da bicicleta como ferramenta de educação, inclusão e transformação social.

Menções Honrosas Categoria Ação Educativa e de Sensibilização:

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Coletivo ParáCiclo

Circuito de Mobilidade
Circuito de Mobilidade de Belém – composto por mini fóruns, realizados em territórios periféricos; atividade pensada para colocar a população no centro do debate climático. A ideia é construir juntos propostas que melhorem a   vida em nossas periferias, a partir das nossas vivências na Amazônia urbana. Com objetivo de dialogar sobre quais políticas públicas cada território deseja, tendo a mobilidade como pauta principal, a proposta é levar a demanda da população ao poder público, a partir das vozes de quem é mais impactado pelos efeitos da crise climática. Trocamos experiências de como a falta de transporte público digno, ciclovias, ciclofaixas e calçadas de qualidade nos tiram o acesso a direitos básicos como lazer, educação, saúde e atravessam nossas rotinas; do quanto estas ausências afetam nosso pleno direito a cidade. Ainda dentro da programação do Circuito de Mobilidade, contamos com artistas que fizeram a facilitação gráfica, estratégia para ter uma relatoria lúdica do evento; e com grafiteiros, que deixaram nas paredes dos territórios artes como legados da nossa passagem por lá. Dentro de todo este contexto, queremos ser parte da solução e não parte do problema.

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Pedala Manaus

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Inspirado na iniciativa das bicicletas brancas, promovida pelo grupo PROVOS na década de 60 na Holanda e no Bota pra Rodar da AMECICLO de Recife, o Pedala Manaus recolhe bicicletas sem uso que são doadas, recondiciona em oficinas de manutenção e pintura e as entrega para as comunidades indígenas, dentro de um sistema de compartilhamento. Ou seja, as bicicletas se tornam públicas para uso de toda a comunidade, estimulando também a economia circular. O projeto tem uma segunda etapa que é de desenvolver o empreendedorismo na comunidade capacitando e realizando oficinas de mecânicas com os jovens. Também faz parte desenvolver um aplicativo que possa fazer a gestão do sistema e torná-lo mais funcional para a comunidade.

1º Lugar Categoria Levantamento de Dados e Pesquisas:

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AMECICLO

IDECICLO – Consolidando uma metodologia nacional
O IDECICLO Nacional desenvolve um índice padronizado para avaliar a infraestrutura cicloviária em cidades brasileiras. Na fase piloto (até dez/2024), o projeto integrou 15 municípios de 4 regiões, auditando 31,2 km de vias, divididos em 44 trechos e mobilizando 31 avaliadores treinados no protocolo de planejamento, projeto, urbanidade e manutenção. A governança incluiu 19 reuniões nacionais e 7 consultorias técnicas com ITDP e WRI, assegurando rigor metodológico e adesão ao Manual original do IDECICLO (2018) para eixos e indicadores. Durante o Bicicultura 2024, 47 participantes priorizaram fatores de avaliação, informando ajustes no Manual de Aplicação (prévia de 50 págs.) atualmente em revisão final. Financeiramente, R$25.419,11 de um total de R$50.000,00 foram aplicados em equipe técnica, consultorias e design, com transparência de custos. O IDECICLO Nacional oferecerá, em breve, um guia gráfico definitivo e uma ferramenta computacional para cálculo automatizado do índice, facilitando a auditoria cidadã e o monitoramento contínuo da qualidade cicloviária. Esta abordagem robusta e participativa fornece subsídios empíricos para orientar políticas públicas cicláveis e promover cidades mais seguras e inclusivas para o uso da bicicleta.

Menções Honrosas Categoria Levantamento de Dados e Pesquisas:

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AMECICLO

Análise das Consequências do Desligamento das Lombadas Eletrônicas
Esta pesquisa compara dois ciclos de 12 meses no Recife antes e depois do desligamento noturno das lombadas eletrônicas (jul/22–jun/23 vs. jul/23–jun/24), usando dados oficiais do Portal de Dados Abertos e da CTTU. Após junho de 2023, as multas por lombadas caíram de média de 3.843 por mês para zero, sem aumento compensatório em outras infrações, o que indica perda de efetividade fiscalizadora. Durante o desligamento noturno, constatou-se aumento de seis vezes na proporção de motoristas acima do limite, alcançando até 7% de infrações às 3h. No mesmo período, os sinistros com vítimas subiram 77,6% (2.196 para 3.901), evidenciando correlação direta entre fiscalização e segurança. A queda de 23% na arrecadação (R$76,6M → R$58,9M) comprometeu recursos para manutenção viária e educação no trânsito. Estes resultados reforçam a necessidade de reativar integralmente a fiscalização eletrônica de velocidade, garantindo operação 24h e participação social no monitoramento, a fim de reduzir sinistros e preservar receitas destinadas à mobilidade urbana

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AMECICLO

Ciclodados – A plataforma da bicicleta no Recife
O CICLODADOS é uma iniciativa de pesquisa aplicada que desenvolve uma plataforma unificada para centralizar e analisar dados de mobilidade cicloviária no Recife e Região Metropolitana. Em sua fase piloto (janeiro–maio 2025), o projeto integrou > 5 fontes distintas — incluindo contagens manuais de ciclistas, bancos de dados do SUS e CTTU, e informações geoespaciais da Prefeitura e do IBGE — utilizando PostgreSQL/PostGIS e Drizzle ORM para padronização e georreferenciamento. A prototipagem em Remix (frontend) e Express.js (backend), aliada ao Strapi CMS e ao Ameciclobot (Telegram), viabilizou a publicação de dashboards interativos em Metabase e Figma, com métricas de uso em tempo real e indicadores de desempenho (cronograma, funcionalidades e integração de dados) em fase de validação. Metodologicamente, foram adotadas rotinas automatizadas de ETL e testes de usabilidade que garantem qualidade e confiabilidade na captura e apresentação dos dados. O uso de inteligência artificial (ChatGPT e Whisper) no fluxo de relatórios preliminares destaca-se como inovação para acelerar análises qualitativas e quantitativas. O CICLODADOS oferece subsídios robustos para pesquisas urbanas, orientando políticas cicloviárias baseadas em evidências e promovendo maior transparência e participação comunitária na gestão da mobilidade por bicicleta.

1º Lugar Categoria Empreendedorismo:

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Projeto Social Pedalar

Projeto Social Pedalar
O Projeto Social Pedalar atua em Maria Paula, Niterói (RJ), promovendo inclusão social e acesso à mobilidade por bicicleta para crianças, jovens e famílias de baixa renda. Iniciado com passeios e atividades físicas, o projeto evoluiu para uma forte atuação comunitária, onde a bicicleta é entendida como ferramenta de direito à cidade, autonomia e transformação de vidas. Seu eixo central é a arrecadação, recuperação e doação de bicicletas. Parcerias com ciclistas e oficinas locais viabilizam a restauração de bikes usadas, que são doadas a jovens que, muitas vezes, recebem sua primeira bicicleta. Cada doação é acompanhada de orientação em segurança, manutenção e educação para o trânsito. Mais de 100 bicicletas já foram entregues, ampliando a mobilidade de quem passa a ter acesso facilitado a escola, trabalho e atividades culturais. As entregas ocorrem em eventos comunitários, que também envolvem feiras de artesanato e economia solidária, fortalecendo redes econômicas locais. O Pedalar demonstra como o empreendedorismo social e a bicicleta podem, juntos, gerar oportunidades reais, ampliar o pertencimento à cidade e transformar trajetórias de vida, especialmente na juventude periférica.

Menções Honrosas Categoria Empreendedorismo:

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Atelier Bicicine

Ciclo Oficina
O Atelier nasceu em 2012 na galeria Carmo Sion, idealizado e criado pelo apaixonado por bicicletas João Ziller. A ideia era fazer um ponto de encontro de tribos da cultura ciclística de BH. Com o foco em ciclismo urbano e para incentivar que mais pessoas adote o bicicletas como meio de transporte na cidade, os preços são mais justos e uma mão de obra de qualidade e personalizada. Ao contrario das outras oficinas de BH, na qual a maioria esconde a área onde é feita os serviços na bicicleta e foca em vendas de novas bicicletas e acessórios, no atalier este espaço é o nosso cartão de visitas, onde o cliente pode entrar, acompanhar e participar no processo de serviços que estão sendo realizados em sua bicicleta, sendo um atendimento mais próximo, sem esconder os detalhes ao cliente.

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Trio – Caminhos Sustentáveis

Bicitaxi Solar Rio de Janeiro
Oferecemos transporte sustentável – bicitáxis com assistência elétrica e painéis solares — para turismo cultural no centro, Lapa e Zona Portuária. Realizamos passeios guiados, e trajetos curtos entre museus, centros culturais e pontos históricos. Nossos veículos são conduzidos por operadores treinados, conhecedores das ofertas culturais da região. A velocidade dos veículos é limitada a 20 km/h, e contam com freios hidráulicos a disco e cintos de segurança para garantir a proteção dos passageiros, pedestres e ciclistas. Nosso serviço é especialmente útil para pessoas com deficiência de mobilidade, idosos, e pessoas com deficiência visual. Operamos até cinco veículos dependendo da demanda sazonal, mas planejamos expandir nossa frota e, eventualmente, oferecer um serviço gratuito na zona portuária para estimular visitas à região. Já percorremos mais de 17.500 km em trajetos, atendemos um número estimado de 40.000 passageiros e mantemos uma classificação cinco estrelas no Viator, TripAdvisor, Google Maps e Airbnb Experiences. Desenvolvemos um laboratório de baterias de lítio, garantindo a máxima vida útil de nossos equipamentos, e as baterias são recicladas ao fim de sua vida útil. Doamos nosso espaço de oficina e mão de obra para coletar e reformar bicicletas usadas, destinando-as aos moradores da favela da Providência.

Agradecemos a todos os que se inscreveram, pela participação e por estarem Promovendo a Mobilidade por Bicicletas no Brasil, ao comitê que avaliou os projetos e ao Itaú-Unibanco por financiar a iniciativa, acreditando no potencial das bicicletas!

XII Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicleta no Brasil | Inscrições Encerradas

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Foram 54 inscrições nas 3 categorias, com destaque para a região sudeste que enviou 52% dos projetos e para a categoria Ação Educativa e de Conscientização com 54%.

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O comitê de avaliação já está com os formulários e em julho teremos os resultados.
A entrega dos prêmios será no Shimano Fest em agosto, em São Paulo.

Para saber mais sobre o prêmio e suas edições anteriores, clique aqui.

Pesquisa Perfil Ciclista 2024 – Resultados

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Em tempos de eventos climáticos cada vez mais extremos, mais de 70% dos ciclistas brasileiros usam a bicicleta cinco ou mais vezes na semana

 A quarta edição da Pesquisa Nacional sobre o Perfil d@ Ciclista traz dados importantes sobre a bicicleta em 18 cidades sendo 9 capitais.

 Nas cidades participantes da pesquisa, 78% das pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte pedalam cinco ou mais vezes por semana, enquanto 70% levam até 30 minutos em sues percursos mais frequentes. Estas são algumas das conclusões da quarta edição da Pesquisa Nacional sobre o Perfil do Ciclista Brasileiro, organizada pela Transporte Ativo e Observatório das Metrópoles, com apoio do Itaú Unibanco. A pesquisa ficou em primeiro lugar no Prêmio Bicicleta Brasil 2024, do Ministério das Cidades, na categoria “Fomento à Cultura da Bicicleta”.

Ao todo, mais de 11 mil ciclistas foram entrevistados em 18 cidades de diferentes tamanhos, distribuídas por quatro regiões do país: Araucária PR, Belém PA, Campos dos Goytacazes RJ, Cruzeiro do Sul AC, Fortaleza CE, João Pessoa PB, Juazeiro BA, Manaus AM, Natal RN, Niterói RJ, Paranaguá PR, Petrolina PE, Recife PE, Rio de Janeiro RJ, Salvador BA, São Paulo SP, Seropédica RJ e Volta Redonda RJ.

A publicação ganha relevância em função do momento atual, com conflitos e eventos climáticos extremos surgindo a todo momento em um mundo no qual poucos países se mostram interessados em uma transição econômica de baixo carbono, e a indústria dos combustíveis fósseis (setor no qual estão grande parte dos carros, ônibus e caminhões, e que é o maior emissor de gases de efeito estufa) permanece intocada nas negociações climáticas.

Para além da gravíssima crise humanitária, social e ambiental recentes, anuncia-se uma extensiva crise. Considerando que 2024 foi o ano mais quente da história da medição humana, atingindo uma temperatura 1,5°C mais alta, em média, do que aquela registrada na pré-revolução industrial, as bicicletas merecem ainda mais atenção devido às suas características singulares: são transportes limpos, sem qualquer emissão de poluentes, fundamentais para a saúde individual e coletiva, e que se adaptam muito bem a diferentes situações.

A pesquisa demonstra que, dentre os respondentes, 41,4% preferem a bicicleta pela rapidez e praticidade, enquanto 26,1% optam pela saúde e outros 21,5% pelo custo. Apenas 3,8% escolheram, no entanto, a consciência ambiental, o que sugere a necessidade de uma comunicação mais assertiva sobre o potencial da bicicleta no enfrentamento da emergência climática. Já em relação aos estímulos para pedalar mais, a infraestrutura adequada foi a opção mais escolhida (54,8%), seguida por segurança no trânsito (26,6%).

Entre as capitais, algumas particularidades se destacam:

  • Em Belém (PA), 95,3% das pessoas pedalam 5 ou mais vezes por semana, e apenas 32% utilizam a bicicleta como meio de transporte há menos de cinco anos.
  • Em São Paulo (SP), o público que pedala como meio de transporte há menos de cinco anos é muito maior: 86,9%.
  • Em Fortaleza (CE), pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte para ir e voltar do trabalho são predominantes: 95,5%. São maioria também aqueles que citam a praticidade como principal estímulo para pedalar (60,6%).
  • Em João Pessoa (PB), o principal estímulo para pedalar mais são mais infraestruturas para Bicicletas 74,8%, seguida por Recife (PE), com 64%, e Natal (RN), com 63,6%.
  • No Rio, 78,3% dos entrevistados levam até 30 minutos em seu percurso mais frequente, o que equivale a aproximadamente 7km.
  • Salvador (BA) é a cidade que mais se preocupa com a Segurança Pública com 22,2% dos entrevistados, contra 2,3% em Petrolina (PE).

Mais de 250 entrevistadores saíram a campo entre os meses de agosto e novembro de 2024 para coletar as respostas. No total, foram 12 meses de preparação, busca, organização, encontros, revisões de documentos e finalização para a publicação da pesquisa.

Confira este esforço na íntegra clicando aqui!