Um dia sem carros, por quê?

O dia 22 de setembro se aproxima. Foi escolhida como a data simbólica para um mundo em busca da mobilidade urbana sustentável. Notícias nos jornais e comentários na internet já mostram a agitação que a data provoca. As duas maiores cidades do país, Rio e São Paulo, aderiram formalmente. A mobilidade sustentável é algo amplo e complexo, mas o refrão é “Dia Mundial Sem Carros”.

Ao lançar uma campanha contra os carros pode-se causar efeito inverso, gerando uma sensação de desamparo na maioria das pessoas, em estágio avançado de dependência do automóvel. Tal como quando o boato “vai faltar água” se espalha e todos começam a encher baldes e bacias.

Quando se fala em mobilidade, o alerta tem de ser feito. Os malefícios causados pelo automóvel na coletividade são bem maiores que os benefícios que ele proporciona a seus proprietários individualmente.

Cidades são sistemas complexos e a política urbana adotada na sociedade ocidental, ao valorizar em demasia o individualismo do transporte por automóveis, só fez piorar a situação a um ponto insustentável. Há uma rede de conexões entre o aumento do uso e da quantidade de automóveis e sua influência negativa no ambiente das áreas urbanas.

Em março deste ano foi publicado o documento The Urban Environment pela Royal Commission on Environmental Pollution, do Reino Unido. Eles identificaram uma teia de problemas maléficos causados pelos automóveis nas cidades. O diagrama foi traduzido para o português e encontra-se disponível na página da TA.

Para uma teia de problemas, há uma árvore de soluções. Neste cenário caótico e aparentemente sem saída da dependência dos automóveis, a bicicleta apresenta-se como alternativa viável para mobilidade nas cidades. É uma forma de transporte individual ecologicamente limpo, silencioso, que ocupa pouco espaço urbano. Além disso, ainda melhora a saúde e aproxima as pessoas.

Em busca de melhor qualidade de vida, de um planeta mais limpo e um futuro garantido para as novas gerações, as cidades precisam que todos nós façamos uma opção ativa pelo transporte coletivo, andar a pé, de skate, patins ou bicicleta.

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Outra São Paulo
Dia Sem Carro no Rio

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artigo: Viciados em carro

> Repórter Social.com.br
Bicicleta na cidade: contra o caos urbano

Olhar Bípede

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Executivo a caminho do trabalho – Foto Zé Lobo

A Revista Piauí desse mês traz o perfil do professor Alexandre Delijaicov da Universidade de São Paulo. Há anos ele percorre a metrópole somente de bicicleta. A indumentária foge ao convencional para as ruas brasileiras, mas está dentro do padrão europeu.

A bicicleta de Delijaicov tem um alforje no bagageiro onde ele guarda calças impermeáveis e uma capa, para os dias de chuva. Ele costuma vestir jeans, camisa branca de mangas compridas, com os punhos abotoados, calça tênis de camurça marrom-café e leva uma bolsa de lona preta cruzada no peito. É difícil imaginar que essa seja a indumentária ideal para percorrer sete quilômetros e meio de bicicleta. A maneira de se vestir, no entanto, é a primeira característica que diferencia o professor de arquitetura da maioria dos ciclistas. Para ele, andar de bicicleta não é um esporte; é um jeito de chegar ao trabalho. Necessariamente, ele não pode transpirar ao pedalar: nenhum professor (exceto os de educação física) pode dar aula suando.

Uma cultura ciclística é feita de iniciativas como a do professor Delijaicov. Como ele bem define:

Nossas cidades são como nós, obras inconclusas (…)

A mudança que desejamos no espaço urbano se dará quando os cidadãos mudarem o olhar e souberem contemplar a cidade que queremos. Sem poluição, barulho e com segurança para todos. Uma cidade humana que certamente será um espaço amigo dos pedestres e ciclistas.

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  • > Revista Piauí:
    Movido a 100% energia humana

    > Apocalipse Motorizado:
    Bicicletada dos Executivos

    Compromisso Empresarial

     O presidente da Trek, John Burke já havia afirmado para os demais membros da indústria ciclística mundial que a bicicleta pode solucionar muitos dos problemas mundiais. O que irá refletir em um aumento do volume de vendas do setor. A idéia foi deixar claro como o investimento na promoção ao uso das bicicletas nas cidades merece a devida atenção por parte dos empresários da bicicleta.

    A febre do Mountain Bike e os dias de empolgação com a alta tecnologia das bicicletas de estrada foram responsáveis por polpudos recursos para a indústria. Agora, segundo Burke, é a vez e a hora das bicicletas nas cidades do mundo.

    Como forma de passar das palavras a ação, foi lançada a inciativa “Um mundo, Duas Rodas” (1 World, Two Wheels). Trata-se de um compromisso da fábrica e de seus revendedores para que juntos com os consumidores, possa ser construído um planeta mais amigável às bicicletas, um quilômetro de cada vez.

    • Mais:

    > Trek Bikes
    1 World 2 Wheels

    > No Blog:
    Planeta Amigo das Bicicletas

    > Bike Portland.org
    Trek president launches ambitious advocacy campaign

    Motivos no Espirito Santo

    O jornal “A Gazeta” de Vitória no Espírito Santo publicou nesse domingo uma matéria que apresenta “5 motivos para deixar o carro em casa e ir de bicicleta”. Assim escreve a repórter Cida Alves:

    Várias são as vantagens apontadas por quem decidiu deixar de lado o suposto conforto do carro e passou a usar a bicicleta como meio de transporte. É mais saudável, menos estressante, econômico e, ainda, ecologicamente correto.

    Como bem definiu um dos personagens da matéria. Andar de bicicleta é também uma “Higiene Mental”. Afinal, quem pedala sabe que mover-se movido pelo próprio esforço é o caminho para a liberdade e com o benefício de uma leve brisa no rosto.

    • Mais:

    5 motivos para deixar o carro em casa e ir de bicicleta

    Dia Sem Carro no Rio

    Diretamente do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro.

    O Dia Mundial sem Carro, festejado em 22 de setembro, contará com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro para a realização de eventos comemorativos e cursos para incentivar o uso de bicicletas na cidade. Conforme decreto publicado hoje, os órgãos municipais darão prioridade ao exame dos pedidos para a realização de atividades ao ar livre e as Subprefeituras participarão das iniciativas promovidas nos bairros. Atualmente, cerca de 2 milhões de veículos compõem a frota registrada na cidade.

    Para incentivar o uso de bicicletas e promover as ciclovias criadas pela Prefeitura, a Secretaria Municipal de Transportes, a CET-Rio e a Guarda Municipal oferecerão aulas de noções básicas de trânsito e condução de bicicletas para crianças e adultos.
    Leia o Decreto.

    O 22 de setembro no Rio de Janeiro acontece desde 2005 por meio de ações promovidas pela Transporte Ativo. Esse ano a iniciativa contará com ações da TA e o apoio oficial da Prefeitura. Um dos responsáveis pela oficialização foi o deputado João Pedro, ex-secretário de Governo da cidade.

    • Saiba Mais:

    > 22 de Setembro no Rio de Janeiro