Melhores Taxis

Nem sempre usar o próprio veículo em um deslocamento urbano é interessante. Em todas as cidades do mundo, existe a conveniência do transporte por táxi. Em Nova Iorque, cada vez mais se popularizam os táxis à propulsão humana.

A crescente demanda pelo serviço tem feito aumentar a visibilidade dos “pedicabs” ou “táxis-a-pedal” o que fez surgir um embate entre o poder executivo e o legislativo em Nova Iorque. A idéia é regulamentar os “pedicabs” vistos como um problema para os taxistas tradicionais e outros setores da sociedade.

Um vídeo (em inglês) fala de uma empresa de triciclos novaiorquina que trabalha para baratear as tecnologias existentes. A idéia é tornar possível que os táxis-a-pedal tenham também motores não poluentes, elétricos ou a hidrogênio. Espera-se com isso popularizar essa alternativa de transporte, mais amigável com o ambiente urbano e capaz de ser mais rápida nas ruas congestionadas da megalópole norte-americana.

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> Informações em inglês:
As últimas notícias sobre pedicabs no Streetblog.org

Uma Mobilidade mais Saudável

Investir em melhorias na mobilidade dentro e fora das cidades é também uma necessidade de saúde pública. Os motivos extrapolam a qualidade do ar urbano. Precisamos cada vez mais investir em maneiras de transportar melhor não só as pessoas e bens dentro da nossa cidade, precisamos de meios que exponham a população a um risco menor de se envolver em acidentes rodoviários.

No ano de 1896 ocorreu a primeira morte por acidente automotivo no mundo. Hoje são 1,2 milhão de vidas humanas perdidas anualmente nas ruas e estradas do planeta. São dados da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, aproximadamente 35 mil vítimas todos os anos, mais de 80% do sexo masculino e metade do total tem até 25 anos.

Além da perda de vidas, no ano de 2006 os custos econômicos e sociais dos acidentes de trânsito no Brasil chegaram a R$ 24,6 bilhões. A solução para o problema requer uma mudança de paradigma na mobilidade. O fator humano é o maior responsável pelo aumento do número de acidentes de trânsito. É fundamental portanto educar a população em geral e os motoristas em particular acerca da responsabilidade de manejar um veículo automotor. Compartilhar a rua, zelar pela segurança de trânsito é dever de todos.

O Código de Trânsito Brasileiro já estabelece que cabe ao veículo de maior porte zelar pela segurança dos menores e todos, pela segurança dos pedestres. Já temos os requisitos legais, o caminho a seguir é reforçar a importância de cumprir-se a legislação de trânsito.

  • Mais

> Agência Brasil:Acidentes de trânsito são uma das principais causas de mortes no país, aponta pesquisa.
> Organização Mundial da Saúde:
Semana Mundial de Segurança no Trânsito
World Youth Assembly meets to tackle road safety

Reflexões Urbanas

Uma profunda reflexão na revista Carta Capital número 441 trata sobre uma das mais importantes invenções humanas, o automóvel. A maneira como essa invenção moldou a economia e a vida social no entanto é motivo de ressalvas para a revista. De maneira resumida:

O automóvel é um dos propulsores do desenvolvimento contemporâneo, mas a paixão desvairada por ele ameaça a natureza e a civilização

Durante todo o século XX, os processos industriais foram os responsáveis por moldar a economia e também o comportamento humano. O imperativo da expansão econômica sem freios nos trouxe uma nova necessidade evolutiva, escolher como e quais ferramentas humanas usar sabendo o custo de cada uma delas, seja social ou ambiental.

Nos anos 20, Henry Ford provocou a maior revolução nos métodos de produção, gestão e regulação do capitalismo desde a invenção da máquina a vapor.

Cinqüenta anos depois a revolução fordista foi substituída pela revolução do toyotismo. Símbolos maiores do poderio da indústria automobilística, essas evoluções na maneira de fabricar bens materiais infelizmente não servem mais de modelo para as mudanças necessárias a sociedade humana do século XXI.

O futuro nunca chega e a necessidade de evolução nunca termina. Por isso, é no presente que se constrói o mundo como ele será amanhã. Os erros e acertos dos caminhos traçados no passado nos ajudarão a ajustar a rota para que a maneira que vivemos seja cada vez melhor.

Atualmente o bicho homem é um ser majoritariamente urbano. Assim, a trajetória para o futuro certamente será na direção de cidades voltadas para as pessoas e não para os processos industriais que moldaram o século XX.

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> “Piada Pronta
Texto do Apocalipse Motorizado sobre os caminhos urbanos
> O totem do capital – Revista Carta Capital. 25 de Abril de 2007 – Ano XIII – Número 441

Seminário em Santos – Conclusões

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Nos dias 19 e 20 de abril foi promovido pela ANTP o seminário ” A Bicicleta e a Mobilidade Urbana no Brasil”. Compareceram ao todo 150 participantes de 10 estados e 38 cidades brasileiras, além de 4 estrangeiros.

A Transporte Ativo, apresentou uma das 15 palestras. O tema só poderia ser “Mobilizando para o Uso da Bicicleta”. Parabéns a ANTP pelo evento e pela excelência dos palestrantes. Dentre eles, Antonio Miranda, Reginaldo Paiva (CPTM) e Augusto Valeri (Ministério das Cidades).

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As autoridades intelectuais e executivas de trânsito e urbanismo que estiveram presentes valorizaram a importância do trabalho desenvolvido pela TA tecendo elogios antes e depois da apresentação.

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O reconhecimento naturalmente se expande a todos que promovem a bicicleta nas cidades. Estarmos todos juntos nesta luta, e o resultado de Santos é uma comprovação efetiva da importância dos ciclistas. As cidades mais humanas não virão como fruto de esforços individuais, mas serão construídas por todos os que prezam pela qualidade de vida urbana e trabalham para isso. Seja nas pranchetas e escritórios, seja nos pedais.

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  • > Baixe a palestra da TA: “Mobilizando para o Uso da Bicicleta
    > Mais sobre o seminário.

    Direitos Ciclísticos

    A constituição brasileira estabelece em seu artigo 225 que:

    Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

    Baseado nesse preceito universal, um grupo de defesa da bicicleta em Toronto no Canadá defende uma efetiva prioridade orçamentária para a infra-estrutura cicloviária na cidade.

    São 3 pontos fundamentais:

    1. Ciclistas pagam impostos e tem direitos iguais ao uso das ruas. O dinheiro público deve portanto ser aplicado proporcionalmente aos usuários de cada meio de transporte.

    2. Custear uma infra-estrutura ciclística de qualidade reflete um sistema de transportes bem balanceado que privilegia proporcionalmente o uso do espaço urbano para os diferentes meios de transporte.

    3. O direito fundamental dos ciclistas à mobilidade segura e saudável tem de ser devidamente assistido pela administração municipal.

    São feitas também 3 recomendações que visam aumentar o uso das bicicletas por parte da população. Propõe-se que o orçamento da pasta de transportes para a bicicleta passe dos atuais 3,25% para 20% até 2020. Ao mesmo tempo fica estabelecida a meta de aumentar o uso da bicicleta para 20% dos deslocamentos totais, como já é a realidade em cidades amigas da bicicleta.

    É preciso corrigir a desigualdade social e econômica imposta aos usuários da bicicleta. Ir e vir é um direito fundamental para todos e em Toronto os ciclistas e pedestres precisam ser melhor atendidos.

    O benefício social e econômico de uma bem desenhada rede cicloviária é um pré-requisito fundamental para a mobilidade sustentável e para um ambiente urbano mais verde.

    • Mais

    > Cyclists’ Rights And Responsible Governance
    > Toronto Transportation Services
    > CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL