SP: Metrô e CPTM liberam acesso de usuários com bicicletas

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Foto: Flávio Xavero no Apocalipse Motorizado

Novidades em SP!

Os ciclistas poderão circular, a partir de sábado, com bicicletas no Metrô de São Paulo e nos Trens da CPTM. Eles poderão entrar nas estações aos sábados, das 15h às 20h, e aos domingos e feriados, das 7h às 20h. A bicicleta deverá ser transportada ao lado do corpo, não sendo permitido montá-la durante a permanência nas dependências das estações, incluindo passarelas e rampas de acesso.
Leia a matéria completa no Notícias Terra
E ainda no ültimo segundo. E no site da CPTM.

Que sirva de exemplo para outras cidades brasileiras, inclusive o Rio de Janeiro, aonde nos Trens não é permitido, no Metrô já é permitido aos domingos e feriados, desde que não haja “clássico” do futebol no Maracanã, não permitem aos sábados e não tem nenhuma sinalização indicativa ou educativa.

Pesquisa Ciclística

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Imagem Divulgação

Uma empresa de comunicação está fazendo um levantamento sobre o ciclismo urbano com a intenção de quantificar as necessidades e os hábitos de todos aqueles que objetivam viver numa cidade com menos tráfego, menos poluição e menos violência.

Aos que pedalam, ou gostariam de pedalar mais em nossas cidades, fica o convite para responder a um breve questionário.

Rio de Janeiro e o Aquecimento Global

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Foto Edu

O Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro publicou hoje uma notícia sobre o “Protocolo de Intenções do Rio”. Através desse documento, a prefeitura promete unir esforços no combate ao aquecimento global.

O setor de transportes é um dos pontos prioritários para as ações da Prefeitura que, para reduzir a emissão de gases que promovem o aquecimento global, vai criar redes especiais de integração formadas pela Supervia (trens), Metrô e corredores especiais para ônibus de alta capacidade, além de outras medidas para racionalizar o serviço de ônibus.

Um menor número de ônibus circulando certamente irá contribuir para a diminuição da poluição nas cidades. São aproximadamente 8 mil ônibus à diesel que realizam mais de 5 milhões de viagens diariamente. Trata-se do meio de transporte motorizado mais utilizado para o deslocamento dos cariocas. Os automóveis particulares infelizmente não entraram na conta da prefeitura. São quase 2 milhões deles emitindo uma quantidade muito maior de CO2 por passageiro por quilômetro..

Fica a sugestão para que a Prefeitura busque não apenas racionalizar a frota de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, mas também, criar incentivos para que cada vez mais motoristas usem menos seus carros. Afinal, segundo dados oficiais, a frota ciclística é de aproximadamente 4 milhões que realizam menos de 700 mil viagens por dia.

Não se trata de uma campanha “anti-automobilista”. Esses cidadãos são também consumidores e parceiros na mudança da realidade urbana que se faz necessária. Têm portanto direito a voz num debate sobre a mobilidade na cidade. Eles precisam ser ouvidos para que possam ajudar a definir soluções para seus problemas. Têm também que obter ajuda para superar o medo de romper barreiras que aumentariam a qualidade de vida de todos. Dada as enormes perdas geradas pelos congestionamentos hoje, buscar alternativas não é tarefa difícil. Basta que se criem condições adequadas para a reflexão e a transição para o uso de meios de transporte mais sustentáveis e menos danosos ao meio ambiente.

> A biblioteca da Transporte Ativo traz alguns artigos que complementam a discussão acerca do tema. Dois deles merecem destaque:
O papel da bicicleta para a mobilidade urbana e a inclusão social – do saudoso Sergio Bianco
Os Automóveis e o Meio Ambiente – Fábio Angeoletto e Patrícia Pinheiro

> Confira a notícia sobre o decreto da Prefeitura no DO.

> A íntegra do “Protocolo de Intenções do Rio“.

Planejamento Cicloviário

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Foto Zé Lobo

A defesa de ciclovias costuma ser uma grande bandeira para a promoção do uso da bicicleta como meio de transporte. No entanto, mais do que simplesmente espaços segregados para os meios de transporte à propulsão humana, deve-se pensar em planejamento cicloviário.

Cinco exigências podem resumir a questão de maneira bastante direta na execução de qualquer projeto de ciclovia ou que simplesmente vise o incentivo ao uso da bicicleta. São eles:

1. Segurança Viária

Todo o planejamento e desenho da infra-estrutura cicloviária tem de ser pensando em conjunto. Redes viárias, pisos de qualidade e cruzamentos que não gerem riscos. Tudo deve garantir deslocamentos seguros para todos os usuários, sejam ou não ciclistas.

2. Rotas diretas/rapidez

Nesse caso tudo deverá ser pensado com o objetivo de minimizar o tempo e o esforço necessário para os deslocamentos por bicicleta. Como a água segue sempre o caminho mais curto e rápido, assim devem ser as rotas cicloviárias de qualidade.

3. Coerência

Ser coerente implica em manter não só uma unidade visual em relação a sinalização e pisos, mas também em rotas completas e fáceis de serem seguidas.

4. Conforto

Para que mais pessoas utilizem a bicicleta com meio de transporte, o fato das vias serem confortáveis certamente representa um fator fundamental. Atingir esse objetivo primordial, requer poucas paradas, piso de qualidade, largura adequada, proteção das intempéries sempre que possível e que o ciclista nunca seja forçado a desmontar da bicicleta durante seu deslocamento.

5. Atratividade

A atratividade requer um grande esforço no planejamento, mas certamente é a mais fácil de visualizar como necessária. Quem não usa a bicicleta como meio de transporte se sentirá convidado a fazê-lo quanto mais atrativa for a infra-estrutura. Para isso, deve-se pensar em rotas que cruzem ambientes diversificados, agradáveis, que não coincidam com vias arteriais de trânsito motorizado e por fim, que não seja zonas inseguras em relação à criminalidade.

Um vídeo feito na cidade de Nova Iorque exemplifica diversas situações de conflito vividas num ambiente que ainda requer um grande esforço no campo do planejamento cicloviário.

– Esse texto foi baseado na apresentação do Engenheiro do I-Ce Jeroen Buis (“As 5 principais exigências para o planejamento cicloviário“) durante o Curso de Planejamento Cicloviário realizado na cidade de Guarulhos em agosto de 2006.

Estacionamentos de Bicicletas no Rio de Janeiro

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Seguro e bem localizado – Botafogo Praia Shopping

A Transporte Ativo nas últimas semanas fez uma vistoria em alguns shopping centers da cidade, principalmente na Zona Sul e na Barra. Buscamos saber quais se enquadraram a Lei Complementar nº 77 de 22 de abril de 2005 que dispõe sobre a obrigatoriedade em destinar áreas para estacionamento de bicicletas em shopping centers e hipermercados no município do Rio de Janeiro. Em 2015 esta resolução foi substituída pela Lei Complementar nº 195 de 9 de outubro de 2018, que amplia o escopo da legislação para qualquer local com grande afluxo de público e não mais apenas locais de compras como supermercados e shopping centers.

O resultado foi surpreendente, visitamos 24 dos 50 shoppings apurados, destes 75% possuíam bicicletário e do total de 50, 78% tinham o equipamento, ainda que nem sempre adequado. Quase todos eles são sub-utilizados. Principalmente devido a falta de divulgação e a alguns problemas técnicos como modelo de paraciclo e localização dos mesmos.

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Bicicletário bastante utilizado – Casa Shopping

O relatório completo sobre as visitas já foi entregue a Prefeitura em reunião do Grupo de Trabalho (GT) Ciclovias. Uma versão para download está disponível.

Acreditamos que a divulgação da existência destes bicicletários leve mais pessoas a utilizarem as bicicletas para irem aos Shopping Centers. Portanto, aos ciclistas do Rio de Janeiro, fica o convite para complementar a lista de shoppings. Vale também procurar a administração dos estabelecimentos e pedir para que os estacionamentos de bicicletas sejam melhor localizados e de boa qualidade. A lista de estabelecimentos, que possuem, apurada pela Transporte Ativo pode ser baixada do site e o modelo padrão aprovado pela prefeitura está disponível aqui.

Aos interessados em instalar um estacionamento para bicicletas com qualidade, disponibilizamos uma tradução de um manual inglês de implementação de bicicletários.

BarraShop

Um exemplo improvisado – BarraShopping