Em outubro de 2009, teve inicio a corrida olímpica carioca. Seriam sete anos para preparar a casa para a festa!
Agora, em outubro de 2016 a festa passou, foi maravilhosa e com certeza um marco na história da cidade que apesar de seguir com algumas de suas mazelas centenárias mudou muito, e para melhor! As ambições que iam além do evento esportivo, visavam melhorar os transportes públicos na cidade, além de promover esporte e saúde.
O evento consolidou o Rio no cenário internacional como cidade que, apesar das dificuldades locais e do País, consegue superar tudo e encantar o mundo!
Atletas, organização, imprensa, visitantes e cariocas viveram intensamente esses dois meses de Olimpíadas e Paralimpiadas. E agora seguimos com a história pós-olímpica e seus tão falados legados.
Em alguns bairros, como o centro e a Barra da Tijuca nasceu uma nova cidade, baseada na ampliação de sistemas de transporte de massa. Metrô e BRT uniram as “cidades” da Zona Sul e da Barra. O percurso de Ipanema até a Barra que antes demorava duas horas ou mais, hoje leva 15 minutos, ou 35 a partir do Centro. Chegando à Barra, há integração de verdade com o BRT, roletas unificadas, sem pisar na rua, e em menos de dez minutos se chega ao Barra Shopping ou ao Terminal Alvorada.
A região chamada ‘Porto Maravilha” realmente se transformou, de área degradada, suja, escura e perigosa para ponto turístico mega visitado. No caminho havia a promessa de que tudo seria integrado à infraestrutura para as bicicletas. Mas esse sonho se perdeu. A malha cicloviária da cidade mais que dobrou no período de preparação, com alguns trechos muito convidativos como a ligação quase direta entre a ciclovia do aterro, a Orla Conde e o Boulevard Olímpico. Aliás, já é possível ir da Praia de Botafogo até a Rodoviária Novo Rio, de bicicleta, por ciclovias e calçadões sem precisar colocar os pés no chão num trajeto de 12 km. Uma via expressa para ciclistas e pedestres mas com uma bela vista, segurança, tranqüilidade e praticidade. Um convite ao uso da bicicleta como meio de transporte, agregando a mais nova paisagem urbana carioca como um prêmio a quem pratica a sustentabilidade nos transportes.
A mente motorizada dos que planejaram os transportes durante os jogos e depois, desperdiçou parte das oportunidades ciclísticas do evento e da cidade. Mas a população, as delegações e comissões técnicas se encarregaram de mostrar a eles o potencial das bicicletas, fazendo do evento uma grande festa ciclística com uma verdadeira invasão pelas regiões olímpicas do Rio.
Quem planejou, esqueceu que muitos atletas teriam de se deslocar por uma distância menor do que 5 quilômetros, a partir da Vila Olímpica e nos outros clusters olímpicos, viagens curtas e facilmente pedaláveis.
No horizonte do Rio 2016, pairavam excelentes legados. A cidade ganhou muito com a inserção de novos BRTs, nova linha de metrô, VLT no Centro Histórico, ambos melhoraram tempos de viagem e a qualidade de vida do Carioca. Mas ainda falta para que a conexão das bicicletas com estes modos de alta capacidade mais eficientes. Uma política que vinha sendo feita cada vez mais no Rio de Janeiro se perdeu durante os preparativos olímpicos e agora depende da retomada da transformação do Rio em uma cidade com mobilidade mais humana.
Para conhecer melhor a trajetória dessa história, visite os links abaixo:
Outubro 2009:
Rio 2016 – Impulso para os Transportes.
Agosto 2016:
Cariocas, preparem-se para as Olimpíadas.
Faça como os Holandeses!
Medalha de Ouro para as Bicicletas.
Olá gostei das dicas! Vou continuar te seguindo!