Educação Ambiental na Capital da Bicicleta

Rio Capital da Bicicleta

A Prefeitura do Rio vai iniciar através da Secretaria de Meio Ambiente uma Campanha Educativa e de Incentivo ao Uso da Bicicleta. Estarão lá diversas Secretarias abordando o assunto sob diferentes aspectos.

A Transporte Ativo estará presente em duas barracas, uma em parceria com a Cet-Rio falando em como pedalar com segurança na cidade e em outra com dicas sobre mecânica e como manter sua bicicleta em dia. Muito bate papo sobre a bicicleta na cidade.

Quando?
– Domingo 31 de janeiro de 2010 das 9 às 13h

Onde?
– Praia de Ipanema, em frente ao Jardim de Alah.

Confira o convite para mais informações.

Recomendados:
Transporte Ativo na Escola
Capacitação Cicloviária
Bicicletas na Rede Pública de Ensino

Lançamento do Manual do Ciclista Urbano

http://www.ta.org.br/blog/sm1.jpg

Definir o “cicloativismo” é difícil, mas certamente promover a bicicleta passa por tudo o que aconteceu no dia 03 de dezembro na Recicloteca. O palco estava quente, mas não houveram reclamações. Aproximadamente 80 pessoas compareceram e 60 livros foram vendidos. Retumbante sucesso.

http://www.ta.org.br/blog/sm2.jpg

A conclusão e coroamento de um projeto de 20 anos. Um grande encontro de ciclistas. Um marco na história do cicloativismo brasileiro. Assim foi o lançamento do “Manual de Sobrevivência do Ciclista Urbano”, mais que um livro um momento histórico que constrói, agrega e faz amizades.

http://www.ta.org.br/blog/sm3.jpg

Aos interessados em adquirir um exemplar, entrem em contato.

Manual do Ciclista Urbano

Manual de Sobrevivência Ciclista Urbano

Para ajudar mais pessoas a sairem as ruas em bicicleta sem perder a compostura, a Transporte Ativo apoiou a edição do “Manual de Sobrevivência do Ciclista Urbano”. Um livro para quem quer pedalar mas ainda não sabe bem como. As idéias são para facilitar a vida de todos, ciclistas e não-ciclistas. Os textos e ilustrações são de Sérgio Magalhães.

Lançamento do Manual de Sobrevivência do Ciclista Urbano

Dia: 3 de dezembro de 2009, quinta-feira

Horário: 19 hs

Local:
Recicloteca
Rua Paissandu 362 – Laranjeiras – Rio de Janeiro, RJ

Para maiores informações, envie uma mensagem.

A Invisibilidade da Diáspora

Relações possíveis e impossíveis entre um plano cicloviário e a barroquíssima Capital Reconvexa

Lucas Jerzy Portela*

A população cicloviária de Salvador é quase toda pobre, negra e periférica (lembrando que como o Rio de Janeiro, Salvador tem “periferias” no centro, inclusive entre bairros nobres – e não apenas na periferia propriamente dita, como em São Paulo ou Recife). Uma população que não faz idéia de que a bicicleta é um meio legítimo de transporte, sobre o qual incide algumas regras. Em geral ela sequer deduz intuitivamente estas regras, achando que o correto é andar na contra-mão dos carros, e que os refletores atrapalham ao invés de ajudar…

Isso se dá pela pobreza de capital linguístico em que se encontra (além da material), mas também pela posição de invisibilidade que ocupa. É comum o visitante de Salvador se surpreender: “onde estão os tão falados 80% de população negra?”. Estão invisíveis.

Se a bicicleta já é por si um veículo em diáspora e da diáspora, invisível, em Salvador ele se faz invisível exponencialmente, e duplamente diaspórico: é bicicleta de preto (isto é: pobre) – e de preto que não se autoriza a usá-la como outro veículo qualquer. É uma bicicleta que não se coloca apenas à margem – mas à margem da margem.

Claro está que isso vem de uma histórica segregação da população em relação a cidade. A reforma do Pelourinho, durante o carlismo, retirou de lá uma população identificada com o bairro – e mandou pra conjuntos habitacionais no subúrbio. E o Pelô virou um shopping pra gringo, que nem como Shopping funciona. Mais do que isso: antes, seis linhas de ônibus chegavam até sua principal entrada, a Praça da Sé. Hoje, apenas 4 vão até a Rua da Ajuda. A Sé foi lacrada para carros, mas isso não significa uma boa apropriação para os pedestres. Ao contrário, como Shopping, a principal via de acesso ao Pelô são estacionamentos, pagos, entrando pelos fundos – isto é, pelo Vale da Barroquinha.

A diferença é gritante se se compara com a única etapa da reforma já feita fora do carlismo, o Carmo e o Santo Antônio Além do Carmo – em que a população continua morando, e por conseguinte os índices de violência e pobreza são muito menores. Curiosamente, é um bairro pedestre, apesar de histórico é pouco turístico – e se usa bicicleta, não obstante seja no topo de uma montanha.

Não é sempre que a população pobre, e negra, de Salvador deixa de sentir a cidade como patrimônio seu legítimo e que deve usar sem vergonha – embora isto seja a regra. O Solar do Unhão, Museu de Arte Moderna da Bahia, com belíssima praia dentro e ao lado da favela da Gamboa de Baixo, é totalmente apropriado. Moleques mulatos vão a nado para o MAM, abusam dele como querem – e o amam e cuidam. Não se envergonham de lá estar de calção de banho, enquanto a alta burguesia toma café e ouve jazz. Fazem parte visível da paisagem – sem o que o MAM não teria a menor graça. Seria um MAM sem pôr-do-sol.

Oxalá esta venha a ser a regra – também para que as bicicletas, um dia, como os Tambores da Liberdade, e o Tapete de Turbantes dos Filhos de Gandhy, ocupem as ruas da SanFrancisco Nagô-Malê, da Lisboa Sudanesa revisited. A bike bem que poderia ser um atributo mágico de um novo Exú, em banda-larga, nascido do rum, do rumpi e do lé, lá no Terreiro do Afonjá. Larô-iê!

* Lucas Jerzy Portela é psicólogo, mantem o blog de crítica cultural O Último Baile dos Guermantes e é ex-namorado de arquiteto – o que acaba por ser um atributo importante para um cicloativista newbie.

Mais:
Bó de Bike, Salvadô
Tuas ladeiras e montes, tal-qual um postal

Pedalear al trabajo

capa do guia

Como parte das celebrações do Dia Mundial Sem Carros, estamos publicando hoje o guia Pedalear al Trabajo.

É a versão em espanhol do Guia De bicicleta para o trabalho , que foi lançado em setembro do ano passado.

A tradução é fruto de meses de trabalho e colaboração entre a Transporte Ativo, o Mountain Bike BH e a Ciudad Viva. E resultou do interesse demonstrado pelos integrantes do Bicycle Partnership Program (BPP), no encontro internacional organizado pelo I-Ce, em Quito, no final de 2008.

A tradução foi feita pela Juliana Sá (MountainBike BH) e revisada pela Magadalena Morel (Ciudad Viva), a quem agradecemos bastante pela dedicação, empenho e voluntariado.