Destaques
História trágica com final feliz
Uma garota pedala pela cidade.
Assim começa a curta metragem de animação de Regina Pessoa, produzido pela Ciclope Filmes. Ganhou mais de 40 prêmios.
[photopress:image_large.png,full,alignleft]
Regina Pessoa conta:
Seguimos uma menina e descobrimos que ela não é igual às outras pessoas, é “diferente”. O traço que a faz diferir não só incomoda a comunidade a que pertence, como se traduz por um profundo sofrimento individual. A comunidade e a menina reagem à diferença, a primeira manifestando a sua intolerância, a segunda isolando-se.
e continua:
Com o tempo, a comunidade acaba por habituar-se insensivelmente à presença da diferença, distanciando-a, mas ao mesmo tempo integrando-a na voragem do seu quotidiano.
Porém as diferenças existem, persistem e são irredutíveis. Certas vezes possuem razão de ser e correspondem a estados temporários de trânsito para outros estados de existência, certas vezes são fatais… Seja como for, devem ser assumidas por quem as vive para a levarem a um melhor conhecimento de si própria e a uma mais intensa consciência do mundo.”
Um filme incrivelmente belo. Trilha sonora perfeita.
Um presente de Natal, para que possamos começar novo ano acreditando em bicicletas e asas.
História trágica com final feliz – site oficial
A Terra em nossas mãos.
Este foi o tema da apresentação de final de ano das turmas de patinação da Professora Erika Cordeiro no Clube Naval Piraquê.
A apresentação mostrava algumas causas do aquecimento global e pequenas coisas que podemos fazer, como “andar mais a pé de bicicleta, de patins”, para amenizá-lo.
Na primeira parte som pesado, Jeff Back ao vivo, representava o incômodo e tensão causadas por queimadas, indústrias e transportes. Na segunda parte, som harmônico e suave, Deep Forest, apresentava algumas formas de agir.
Cada pequena ação tem um grande efeito multiplicador, principalmente quanto envolve as crianças.
Erika que responde pela patinação na Transporte Ativo, sempre em suas aulas reserva espaço para educar seus alunos quanto a mobilidade limpa e segura nas cidades, incentivando-os a usarem seus patins no dia a dia.
Não faça isto em casa!
Posted onAuthorZe Lobo2 Comments
Natal, época de ganhar bicicleta de presente e brincar como criança 🙂
A bicicleta além de excelente meio de transporte é também um instrumento de lazer, terapia e brincadeiras. Mas não é preciso exagerar como estes loucos ciclistas que dasafiam as leis da gravidade, da física e da normalidade barbarizando com suas bikes aro 20 pela cidade.
Mobiliario urbano, muros, paredes, marquises, aquedutos e até laterais de viadutos são usadas por eles como um verdadeiro parque de diversões.
Mais malabarismos ciclisticos no blog em:
Complexidade Minimalista
Querido Papai Noel
Posted onAuthorDenir3 Comments
Kamyla tem 6 anos e mora numa região carente do DF. A cartinha que ela escreveu para o Papai Noel é uma entre outras centenas recebidas pelo projeto “Papai Noel dos Correios”. Começa assim:
“Querido Papai Noel
Eu gostaria de ti conhecer
meu sonho é ter uma bicicleta mas a mamae nao tem condição de mim dar uma.
Eu já vi falar no Papai Noel mas nunca conheci um Papai Noel.
Se você mim dá esse presente
Eu vou te agradecer muito e Papai do Céu também.
eu sonho com esse presente todos os dias”
Kamyla quer uma bicicleta.
Liberdade, alegria, saúde, diversão, natureza. Pedalando, a cidade é um quintal e um jardim.
Querida Kamyla: o sonho que você sonha é nosso também.
- Mais:
Canção de um novo mundo
Posted onAuthorDenirLeave a comment
8 de dezembro, Dia Internacional do Ciclista. Vamos comemorar! Qualquer mudança é difícil, mas possível. E mudanças culturais, que abalam hábitos, vícios e estilos de vida são bem mais difíceis.
Aos que desejam um mundo novo, diferente do que está aí, é preciso compromisso, dedicação, força de vontade. E sonhar! Tirar os pés do chão para ver o horizonte ao longe. Depois retornar ao chão, com a certeza de seguir e para onde ir adiante.
O poeta britânico Arthur O’Shaugnessy soube expressar isto bem no poema Ode. São famosos os primeiros versos “We are the music makers/ And we are the dreamer of dreams”, e a Ode destina-se a todos os poetas, profetas e artífices, que vislumbram e fazem um mundo melhor, “a sonhar e a cantar, Incansáveis e indomáveis”!
Ode
Arthur O’Shaugnessy
Nós somos os fazedores da música,
Somos o sonhador de sonhos
que vaga por rochedos solitários beira mar,
E senta-se aos pés de riachos desolados;
Perdedores de tudo e esquecidos pelo mundo,
a lua pálida brilha em nossa pele:
E assim somos os que agitam e movem
o mundo para sempre, parece.
Com maravilhosas cantigas imortais,
Construímos grandes cidades mundiais,
E contando uma fabulosa história
Dos reinos nós modelamos a glória:
Um homem com um sonho, quando sonha,
Seguirá adiante e conquistará uma coroa;
E três, com os versos de uma nova canção,
Podem pisotear um império ao chão.
(…)
Mas nós, a sonhar e a cantar,
Incansáveis e indomáveis nós somos!
Agarrando a glória que está perto
Do glorioso futuro que avistamos,
Nossas almas tocam divinos sons;
Ó homens! É mesmo preciso que nós,
Em nossas canções e quimeras, vivamos
Um pouco distante de vós.
Porque estamos ao longe com o alvorecer
E com os sóis ainda não surgidos
E de dentro da manhã infinita
Vocês nos ouvem gritar intrépidos –
Pois, apesar do desprezo dos homens,
O futuro que Deus traz está próximo
Outra vez, e diante de nós já está o aviso
que vosso passado deve morrer.
Tempestade! nós gritamos pelos cais
Da praia deslumbrante e desconhecida;
Traga mais perto de nós seu sol e seus verões,
E renove nosso mundo como em outras eras;
Ensina-nos as novas notas da sua canção,
E tudo o que não sonhamos antes;
Vem! apesar de um sonhador que dorme apenas,
E um cantor que não canta mais.
Mais:
