Resumo do que rolou na Rio+20

ITDP, Climateworks, Transporte Ativo, C40, UN Habitat, Studio X e SLoCat

Na Rio+20  a Transporte Ativo focou apenas no transportes sustentável e mobilidade. Uma das boas surpresas foi a disponibilização, através dos bancos de desenvolvimento (MDBs) de 175 Bilhões de dólares para os próximos 10 anos. A quantia será destinada ao transporte sustentável e claro que bicicletas e pedestres estão incluídos.

Rolou uma pedalada pelas ciclovias e ruas de Copacabana, no melhor estilo holandês, com o Ministro da Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, o Embaixador da Dutch Cycling Embassy e parte da comitiva. Foi um momento de descontração em plena conferência além é claro da chance de experimentar pedalar por aqui. Todos se saíram muito bem dominando as ruas como se estivessem em casa.

Encerrando a participação da TA na Conferência, recebemos no pavilhão da UNEP, das mãos do Ministro  da Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, a entrega simbólica do estudo  Climate Value of Cycling in Rio de Janeiro, para ser entregue à Prefeitura. Este estudo é o início formal de uma parceria entre a Dutch Cycling Embassy e a Prefeitura do Rio de Janeiro, onde a Transporte Ativo participa como facilitadora, aproximando a administração municipal, das iniciativas de promoção ao uso da bicicleta na Holanda.

De Bicicleta na Rio+20


O Rio de Janeiro está no centro da discussões sobre sustentabilidade e o futuro do planeta. Em tempos de Rio+20 a cidade fervilha com discussões, painéis, mostras, mesas abertas, espaços fechados. Estarão presentes líderes do mundo e também uma enorme diversidade de povos.

Entre a diversidade da Cúpula dos Povos no Aterro e os líderes planetários no longíquo RioCentro quilômetros de vias asfaltadas, engarrafadas e com transporte público com serviço abaixo da qualidade de adequada.

A solução está na diversidade, combinar diversos meios de transporte adequados a necessidade do usuário. Nesse contexto, corre por fora a bicicleta pública. Aquela que é compartilhada por milhares de usuários, está sempre circulando e tem estacionamentos seguros espalhados pela cidade afora.

Infelizmente as estações nem sempre são próximas aos destinos ou ainda é preciso circular em meio a multidões de pedestres. Nessa hora chega o patinete. Aquela veículo de duas rodas que junta um pouco do skate, do patins e da bicicleta tudo para ir mais rápido e com menos esforço do que caminhar.

O conjunto bicicleta mais patinete é show ao unir praticidade das duas rodas em diferentes formas.

Fica assim estabelecido, o ranking. Para as grandes distâncias o ônibus e metrô, para aquelas abaixo de 10km e principalmente em torno de 5km a bicicleta, para aqueles deslocamentos ágeis em torno de 1km, corre por fora o patinete.

Por fim, pra quem pedala ou se desloca através da própria força e garante um ar limpo e menos consumo de energia, dia 21 tem pedalada da Rio+20. É a Rio+Bike, não é um protesto, é uma proposta.

Bicicleta na Rio+20


A Rio+20 é mais do que uma conferência, um momento de reflexão conjunta e criação de pontes entre grupos e entidades. Além dos líderes de Estado, a sociedade civil se fará presente.

Para difundir informações, jovens jornalistas vieram de diversas partes do Brasil e do mundo. A ONG Viração trouxe um grupo de 80 adolescentes e jovens de 12 estados brasileiros, da Europa, África, América Latina e América do Norte, para promover uma Agência Jovem de Notícias Internacionais da Rio+20.

Para facilitar o deslocamento de todos, nada melhor do que bicicletas e transporte público. Com o apoio da Transporte Ativo, Programa Rio Estado da Bicicleta e da Supervia, os jovens poderão contar com 25 bicicletas para serem utilizadas livremente por todos da Agência Jovem. Elas serão utilizadas pelos quase 100 jovens e sorteadas entre eles ao final da Rio+20. Além disso, todos receberam também Bilhetes Únicos para os deslocamentos no transporte público.

Bicicletários na contramão

Enquanto a infraestrutura cicloviária no Rio cresce a cada dia, com uma visível melhoria na qualidade do desenho. Ainda longe do ideal, mas no caminho certo. Em direção oposta seguem a infraestrutura de estacionamento. Apesar da Resolução 505 que facilita a instalação  de bicicletários em áreas públicas, do Decreto 34481 que autoriza o cidadão a estacionar em postes e grades e dos modelos já aprovados pela prefeitura com desenho simples, práticos e de fácil indentificação, os bicicletários públicos que vem sendo instalados tem deixado a desejar e parecem pedalar na contra mão da história.

Alguns dos bons suportes homologados pela Prefeitura do Rio.

Vamos relembrar um pouco como chegamos até aqui:  Jujubinha, foi o primeiro bicicletário carioca, contemporâneo das ciclovias da orla, poucos pneus cabiam ali. A bicicleta ficava apoiada apenas pela extremidade de uma das rodas podendo cair e danificar facilmente, além da argola para passar a tranca que fica muito longe do quadro dificultando o uso de vários tipos de trancas.

Logo surgiu o Amsterdã, com os mesmos problemas do modelo anterior, mas já com uma haste que permitia trancar a bicicleta pelo quadro com mais facilidade.

Depois veio o “M”, será que coloco a bicicleta assim ou assado? Apesar da evolução, sem canaletas limitadoras e com tubos onde é possível escolher como trancar, não pegou, os postes eram bem mais práticos.

Modelo Praia, foi instalado ao longo da orla e depois tomou a cidade, trouxe de volta a dificuldade para manter a bicicleta bem apoiada e trancar pelo quadro, para um modelo praiano a impossibilidade de se estacionar bicicletas com cestinhas ou rack para pranchas de surf acabou tirando-o do mapa dos bicicletários instalados.

Veio então o paliteiro, difícil de identificar, pior que o anterior onde pelo menos era possível passar a tranca pela barra do suporte apenas. Como neste modelo cada barra é individual, existe um furo pra passar a tranca, mas nem todos os modelos de tranca são compatíveis com o furo do suporte.

E agora eis que nos surge o “pente”! Design refinado em material nobre, aço inox, mas muito difícil de compreender e estacionar com segurança a bicicleta, talvez o menos prático de todos os seus antecessores.

Quanto ao futuro, nos resta aguardar e torcer para que os modelos citados lá em cima se tornem lugar comum na cidade, tornando mais simples e seguro o ato de estacionar sua bicicleta.