Seminário de Planejamento Cicloviário

Sorocaba será palco no próximo mês de um evento de grande importância para o incentivo ao uso da bicicleta nas cidades brasileiras: O Seminário Nacional Cicloviário, uma iniciativa da ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos.

Os principais temas abordados são:

– A Bicicleta e a Cidade
– Como implementar uma Política Cicloviária
– Mudanças de Comportamento: Educação e Legislação
– Construindo a Infra-Estrutura Cicloviária(Ciclovia,Tráfego Compartilhado,Intersecções)
– Oferta de Estacionamento e Bicicletas Públicas(VELIB)
– Perspectivas da Indústria de Bicicletas no Brasil
– Impacto do Transporte Cicloviário no Desenvolvimento Urbano

Confira na página da ANTP como participar e um vídeo produzido pela prefeitura de Sorocaba sobre a política cicloviária em implementação na cidade.

Ciclovia Sorocaba – 2.009 from ANTP on Vimeo.

Superpoderes Ciclísticos: Pontualidade

Os motivos para adotar a bicicleta como meio de transporte são os mais variados, no entanto um deles merece enorme destaque, a pontualidade. Mas esse conceito pode parecer um pouco misterioso para quem ainda não pedala.

A lógica no entanto é muito simples: um ciclista na cidade viaja a uma velocidade média de aproximadamente 15 km/h. Mais do que um dado científico, trata-se acima de tudo de uma comprovação empírica vivida por qualquer ciclista urbano no seu dia a dia.

A experiência cotidiana ensina de maneira definitiva que se um lugar está a 5 quilômetros de distância o ciclista vai precisar de 20 minutos para completar o trajeto sem pressa. Um semáforo fechado a mais ou a menos, a chuva ou o calor, tudo isso interfere pouco. As variações vão sempre cair dentro de uma margem de erro razoável.

O domínio quase que absoluto sobre as variáveis distância e tempo acabam por tornar o ciclista um ser humano capaz de ser mais pontual que a média dos habitantes da cidade. Com as facilidades trazidas pelos mapas disponíveis na internet um ciclista precisa apenas definir uma rota para saber a distância e depois fazer um cálculo matemático simples para aferir o tempo necessário para o deslocamento pretendido.

Com ou sem congestionamentos motorizados, durante as horas de pico, ou no meio da madrugada quem pedala vai sempre saber quanto tempo demora para ir do ponto A ao ponto B dentro da sua cidade. Com os problemas enfrentados rotineiramente por quem depende dos motores para se locomover na cidade, o ciclista urbano torna-se um pouco uma figura mítica. É capaz de prever quanto tempo irá demorar para se deslocar até mesmo na ultracongestionada São Paulo.

Estacionamentos e Qualidade de Vida

O estacionamento da ASCOBIKE começou como solução de um problema simples na cidade de Mauá na Região Metropolitana de São Paulo. As bicicletas ao redor da estação da CPTM eram um problema. Hoje mais do que uma solução para um problema, o estacionamento é um instrumento de promoção ao uso da bicicleta e de dignidade para os ciclistas da região. Além da possibilidade de estacionar bicicletas a preços módicos, o projeto se tornou uma excelente maneira de incentivar que mais pessoas utilizem a bicicleta mais vezes e acima de tudo tenham benefícios e incentivos por faze-lo.

No Brasil a bicicleta é um veículo promotor da igualdade social. Cidadãos com menor poder aquisitivo podem economizar dinheiro e beneficiar a própria saúde simplesmente optando por pedalar. Valorizar ciclistas que muitas vezes não sabem do benefício que trazem a sociedade é sem sombra de dúvidas uma atividade digna de destaque e o vídeo feito pela Streetfilms.org de Nova Iorque comprova a importância e a excelência do que foi feito e tem sido feito em Mauá.

Onde Estão as Bicicletas?

Um vídeo em espanhol mostra alguns os problemas ambientais que enfrentamos atualmente em nossas cidades e como a bicicleta já está ajudando a combate-los. Trata-se de uma viagem interessante partindo de Santiago no Chile, mas que poderia ter sido qualquer cidade latino americana que enfrenta hoje grandes desafios em termos de poluição e promoção ao qualidade de vida.

Via Bici10.org

Ser Ciclista é Ser Andorinha

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Ser ciclista em São Paulo é ser um pouco do contra, é viver a vida como em um poema de Mário Quintana. É ser andorinha antes da chegada do verão. Não se está sozinho, mas o momento histórico ainda não chegou ao ápice das andorinhas voando em grandes massas.

O fato de estarmos no hemisfério sul talvez seja uma explicação razoável. Na Europa cada dia mais vive-se uma “primavera ciclística” com as ruas das cidades cada vez mais sendo pensadas para bicicletas e pedestres. Lá em breve chegará o verão e as andorinhas juntas em forma de bicicleta dominaram a paisagem. Nós cá mais ao sul estamos talvez no outono e a moda da bicicleta ainda está para chegar as massas e ganhar totalmente as ruas.

Felizmente o momento cada dia mais é favorável para se pedalar nas cidades. Trata-se de uma tendência irreversível que ganha volume a cada dia. Ainda que muitas vezes a realidade das ruas possa ser dura e um ciclista urbano tenha de se deparar com situações desagradáveis, os motivos individuais e coletivos para a bicicleta seja mais utilizada estão dados. Os benefícios das pedaladas cotidianas são de fundamental importância para uma mudança de rumo necessária para as pessoas e a sociedade como um todo.

Fica a homenagem ao colega ciclista Vitor do nossoquintal.org que passou um aperto hoje.

POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mário Quintana