Gentilezas para ciclistas

Grandes obras geram transtornos no sistema viário de qualquer cidade. Com um pequeno incentivo é possível que a devida sinalização seja também feita para alertar aos ciclistas que no lugar da ciclovia, há um canteiro de obras e é preciso trafegar na calçada.

Inicialmente o ciclista ficou esquecido nas intervenções em curso no Leblon, no Rio de Janeiro. Mas a Transporte Ativo já lançou o alerta e em breve a sinalização será colocada para alertar os ciclistas dos desvios.

Simulação das obras com sinalização para o ciclista.

Simulação da circulação dos ciclistas na calçada.

Sinalização para condutores de veículos automotores.

Atualização, menos 48 horas após o envio das imagens pela Transporte Ativo, a sinalização foi instalada, sinal de respeito ao ciclista, que se repita em todas as obras que esbarrem em infraestrutura cicloviária.

Sinalização instalada.

Contagem de Ciclistas na Avenida Chile

Mais uma contagem de ciclistas parte do projeto das Ciclorrotas do Centro do Rio de Janeiro. Dessa vez o local, definido anteriormente em reunião com ciclistas cariocas, foi a avenida Chile.

Com patrocínio do Banco Itaú e em parceria com o ITDP, Studio X e ciclistas voluntários, foi realizada na quinta feira, dia 22 de novembro de 2012, uma nova contagem de ciclistas o objetivo é levantar dados de apoio as ciclorrotas, através de uma avaliação do centro do Rio.

Alguns números:

676 ciclistas em 12 horas, média de 56 ciclistas por hora.

355 Sentido Centro (52,5%)
321 Sentido Tijuca (47,5%)

656 homens 97%
20 mulheres, apenas 3% do total

Horário de Pico: 10 às 11 com 83 ciclistas
Horário de Vale: 13 às 14 com 40 ciclistas

Confira o relatório completo da Contagem de Ciclistas Avenida Chile – Centro

Um mapa mais colaborativo

O Rio de Janeiro a cada dia conta com mais e mais bicicletas nas ruas. O Mapa Cicloviário Colaborativo é parte desse cenário e agora está ainda mais aberto à colaborações. Basta enviar por email ou via facebook o endereço completo do local com fotos, quanto as lojas e oficinas tem de incluir o telefone também. As novas infraestruturas cicloviárias já estão mapeadas e assim que forem inauguradas serão adicionadas ao mapa.

A idéia é ser um banco de dados confiável e atualizado de tudo que o ciclista precisa e de maneira geolocalizada. O (premiado) aplicativo para Android já está disponível para uso e em breve a versão para iOS também estará na AppStore, sempre gratuito e aberto a colaborações. Todos os dados enviados serão checados antes de serem publicados para garantir a veracidade de tudo que for mapeado. Esse trabalho de atualização é um projeto que será custeado através da parceria da Transporte Ativo com o Itaú.

Todo o conhecimento disponível no mapa carioca está disponível para que mais cidades façam seus mapas nos mesmos moldes, afinal quem mais entende e conhece as necessidades dos ciclistas é quem pedala diariamente pelas ruas das cidades e o mapeamento é feito por ciclistas e para ciclistas. Portanto baixe o aplicativo, visite o site, compartilhe e colabore.

Mobilidade+ Logística


O Mobilidade+ foi uma realização do Studio-X Rio e ITDP Brasil, com apoio da Comissão Andina de Fomento (CAF) e parceria de C40 Rio de Janeiro, Rede para o Transporte Sustentável de Baixo Carbono (SLoCaT), Transporte Ativo e ONU Habitat, resultando num consórcio composto por alguns dos principais atores globais em transporte sustentável e desenvolvimento urbano.

As palestras agora podem ser vistas online. Para representar a Transporte Ativo, Zé Lobo falou sobre a logística das entregas em bicicleta. Um estudo de caso pioneiro feito pela TA e que mais uma vez ganha destaque. Afinal, os milhões de quilômetros pedalados todos os anos em Copacabana são um indicador claro de qual caminho seguir para viabilizar nossas cidades.

Confiram os vídeos Mobilidade+.

Deslocamentos urbanos em Sydney

Maior cidade da Austrália, Sydney é o centro de uma enorme região metropolitana com diversas pequenas cidades que orbitam ao redor.

A melhor ligação entre os diversos subúrbios é o trem metropolitano que circula por uma rede extensa e complexa. Trens expressos, paradores, para longas e curtas distâncias, modernos, antigos ou bem surrados. Todos circulam pela rede eletrificada, tem dois andares e assentos em geral reversíveis, que podem ser mudados de lado de acordo com o sentido de circulação do trem.

Diversas estações unem a história das ferrovias australianas as necessidades atuais de transporte de passageiros. Os prédios antigos mantém as características de quando foram construídos e as plataformas são expandidas para comportar os trens de até 8 vagões.

Em geral as estações tem acessibilidade plena, rampas ou elevadores e catracas mais largas. E na acessibilidade das estações está a maior vantagem do sistema de trens metropolitanos de Sydney. Os elevadores, rampas e catracas largas são utilizados sem distinção por cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida, bicicletas, carrinhos de bebê, malas, malotes e caixas de mágicas. É possível transportar quaisquer objetos e pertences pessoais sem restrição de horários. Em todos os vagões há uma área confortável para sentar ou permanecer junto a veículos ou pertences pessoais. Escadas estreitas dão acesso aos dois andares dos trens onde os demais passageiros podem sentar confortavelmente.

Mesmo populosa para os padrões australianos, Sydney consegue atender a demanda de deslocamentos urbanos com conforto. Os trens em geral circulam com espaço suficiente mesmo em horário de pico e apesar das variações de altura e distância em relação as plataformas dos trens novos e antigos, é cena comum ver carrinhos de bebê e bicicletas circulando sem dificuldades.

A rede metropolitana de transportes ainda conta com um sistema confiável de ônibus que em geral fazem distâncias menores ou complementares aos trens e por fim um sistema de barcas com o mesmo padrão de acessibilidade dos trens.

Dentro de todo o sistema, a bicicleta ainda tem importância bastante secundária e que varia bastante de acordo com o município. Alguns contam com mais infraestrutura de circulação, bicicletários integrados as estações de trem e barcas e até aluguel de vagas para bicicletas dentro de “armários”. Mas de maneira geral a bicicleta ainda é um objeto utilizado por turistas em regiões de praia, atletas de fim de semana ou ciclistas inveterados com roupas de lycra e magrelas super esportivas. A grande maioria respeita a lei que obriga os ciclistas a utlizarem capacete, mesmo que estejam com o objeto ao contrário na cabeça, ou com o feixo aberto.

Nos detalhes da infraestrutura cicloviária e no perfil geral dos ciclistas fica evidente o tratamento recebido pela bicicleta ao redor do estado de Nova Gales do Sul, do qual cidade é a capital. Bicicleta é para “fãs do esporte” e alguns excêntricos que são tolerados por serem poucos e que devem respeitar as pinturas no asfalto que estabelecem onde a bicicleta deve circular, em geral no cantinho ou em calçadas compartilhadas. Mas também por ciclovias e em faixas de ônibus.

Ao olhar para o que há de melhor e pior nos transportes públicos de qualquer grande cidade é possível visualizar desafios e soluções. Quanto melhor forem as soluções, melhor será o sistema, o que não significa que os desafios sejam menores.