Food Bikes

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Food Bikes estão na moda, aparecem por todos os lados, isoladas ou em grupos em eventos. Embora muitas delas sequer sejam pedaladas e usadas apenas como display, se apossando da imagem da bicicleta. Mesmo assim elas mexem com o imaginário das pessoas sobre as possibilidades das bicicletas, de uma forma ou de outra, promovendo-as.

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Porém, muito antes do Hype Ciclístico atual bicicletas lanchonete e bicicletas bar povoam as ruas cariocas e de outras cidades brasileiras, nos finais de tarde e especialmente em grandes eventos, onde são parte da festa. No Rio basta caminhar alguns metros em qualquer evento para se alimentar ou tomar um drink nesta maquina econômico social e que ainda serve como meio de transporte, a Bicicleta!

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Pedalemos!!!

Brasileiros no Velo-City 2017

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O ano de 2016 vai chegando ao fim e os preparativos para 2017 se iniciam. Alguns brasileiros ja se preparam para ir ao Velo-City 2017 em Arnhen Nijmegen na Holanda e alguns deles vão mais felizes por saberem que seus resumos foram selecionados para serem apresentados no evento.

Ao todo 14 trabalhos enviados por brasileiros foram selecionados. Pessoas e grupos que acreditaram em seus trabalhos, enviaram o resumo e agora tem reconhecido o valor do que vem fazendo. Os trabalhos realizados no Brasil, sobre mobilidade por bicicletas e suas variantes, diferem em muito do que é feito na Europa. Para os estrangeiros é uma espécie de janela de novidades. Aqui é a sociedade civil que comanda essas ações, lá é o poder público. Essa diferença desperta nos europeus muita surpresa e curiosidade.

De 2012 para cá, os trabalhos de brasileiros sobre o tema vem se tornando cada vez mais volumosos, maduros e começam a conquistar o mundo. Em Viena-2013, Adelaide-2014, Nantes-2015 e Taipei-2016, trabalhos brasileiros começaram a se destacar. Em 2017 mostraremos na Holanda, uma breve apresentação do que temos e que iremos mostrar na íntegra ao mundo das bicicletas em 2018 no Rio.

O pré programa do Velo-City 2017 Arnhen Nijmegen já está disponível, confira aqui.

Workshop Pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro: Balanço, Possibilidades e Desafios.

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Realizada em 2015, a Pesquisa Perfil do ciclista Brasileiro nos trouxe um robusto banco de dados, que por si só já eram de extrema importância para conhecermos os usuários de bicicletas em algumas de nossas cidades e fazer comparativos entre elas. Como muitos cruzamentos de dados eram possíveis, convidamos pesquisadores das cidades participantes no projeto para escreverem artigos a partir do trabalho realizado.

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Doze artigos, de nove das dez cidades envolvidas na pesquisa, deram origem ao livro Mobilidade por Bicicletas no Brasil. A publicação apresenta diferentes visões, análises e formas de se utilizar o banco de dados da Pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro 2015.

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No mesmo dia do lançamento do livro, foi realizado um workshop com a presença dos autores e coordenadores do projeto, para se fazer um balanço e conhecer possibilidades e desafios encontrados na utilização dos dados. Durante a parte da manhã, cada autor apresentou quatro slides, com os seguintes temas: Principais resultados; Dificuldades no processo de apropriação dos dados; Como pensar a bicicleta a partir de sua interface com outros aspectos da vida urbana, novas lentes para uma próxima rodada da pesquisa e Apontamentos sobre a conjuntura política e cicloviária de cada cidade.

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Na parte da tarde, os participantes foram divididos em grupos para discutir as perspectivas para uma nova Pesquisa Perfil do Ciclista em 2017 e a formação de uma rede nacional de pesquisadores sobre o tema realizando uma breve apresentação do que foi discutido dentro dos grupos, antes de um debate geral.

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O objetivo principal do workshop foi analisar os pontos positivos e negativos da pesquisa realizada em 2015, para tornar a realiza-la em 2017, mais refinada, abrangente e com mais cidades. Se você tem interesse em realizar a Pesquisa Perfil do Ciclista 2017 em sua cidade, entre em contato e retornaremos assim que a chamada para cidades participantes se iniciar, com todas as informações necessárias.

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Ao longo do workshop rolou o tradicional Anouk Nic regado a Bike Café! Em seguida, um animado coquetel com distribuição de exemplares e o lançamento do livro Mobilidade por Bicicleta no Brasil. No mesmo coquetel foi lançado o livro Mobilidade e Cultura da Bicicleta no Rio de Janeiro de Gabriela Binatti. Os livros e o workshop foram realizados em parceria com LABMOB – Laboratório de Mobilidade UFRJ, Observatório das Metrópoles, financiamento do Banco Itaú e fotos de Marcela Kanitz.

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A volta do IMC

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Em 2008 iniciamos uma série de seminários denominados Introdução ao Mundo Cicloviário, para servidores municipais do Rio de Janeiro, com foco principal nas Secretarias de Transporte, CETs e Guarda Municipal, o curso se repetiria por 10 vezes nos meses seguintes. Logo em seguida, fomos convidados pelo ITDP e C-40 para realizar o mesmo curso para servidores da cidade de São Paulo, onde foram realizadas 8 rodadas. Algo em torno de 350 servidores passaram pelo seminário em cada uma das duas cidades. Hoje alguns dos resultados que encontramos nas ruas contam com a informação e conhecimento adquiridos por estes técnicos.

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Ainda em 2008, na primeira edição do Bicicultura Brasil em Brasília, fizemos um treinamento para diferentes grupos e organizações, para que pudessem replicar o seminário em suas cidades e ele pudesse se espalhar pelo país.

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Em 2009 foi a vez de ir pra Holanda, a convite da organização local ICE – Interface for Cycling Expertise, para realizar o treinamento para 12 organizações de 9 países de 3 continentes, visando ampliar a aplicação do seminário e sensibilizar, conscientizar e mudar comportamentos.

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A experiência se estendeu até 2011 e agora em 2016, retorna e avança em direção a 2017 com novas edições em diferentes cidades brasileiras, desta vez em parceria com a Plataforma de Mobilidade Itaú. Já estivemos em Salvador na Bahia; Maceió em Alagoas, Fortaleza no Ceará e a previsão é seguir em frente, apresentando o potencial da bicicleta para servidores municipais, sendo que o foco agora são todas as secretarias possíveis.

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O seminário visa promover os benefícios e o potencial das bicicletas entre servidores públicos, apresentando a eles o caminho que as bicicletas percorreram do Século XX até os dias atuais, os motivos que a levam a se destacar nesse inicio de século, as tendências em urbanismo e mobilidade e a importância do diálogo entre secretarias e principalmente com as organizações e grupos de ciclistas locais, para uma melhor compreensão de seus anseios e necessidades, buscando assim um planejamento cicloviário mais eficiente e de melhor qualidade.

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Ampliando o conhecimento sobre o uso da bicicleta nas cidades da América Latina

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A Transporte Ativo esteve presente no primeiro Congresso de Ciclismo Urbano da América Latina, chamado “Ruedalab.” O congresso teve foco academico e aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro em Bogotá, Colombia.

A Transporte Ativo foi representada no congresso através de dois dos 32 trabalhos seleicionados para serem apresentados no cogresso. Jonas Hagen, colaborador da TA, apresentou um trabalho sobre a pesquisa “Perfil do Ciclista Brasileiro”, que incluiu como co-autores o Zé Lobo e a Gabriela Binatti da TA. Esses últimos também foram co-autores de outro trabalho chamado “Avaliação da inclusão da bicicleta nos planos de mobilidade urbana de cidades brasileiras”, uma projeto em parceria entre TA, Bike Anjo e UCB,  apresentado no cogresso pelo diretor da UCB Guilherme Tampieri.

Jonas Hagen explica o trabalho sobre a Pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro na sessão de posters

Jonas Hagen explica o trabalho sobre a Pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro.

Outros destaques do congresso icluiram:

  • Uma apresentação sobre redes para bicicletas “de baixo estress” (“low stress”) pesquisadora estadounidense Jennifer Dill, que mostrou como as redes com velocidades e volumes baixos de trânsto motorizado ou com ciclovias protegidas podem atrair novos usuários e em especial mulheres, ciranças e idosos;
  • Um programa inovador da Secretaria da Mulher da Cidade de Bogotá, chamado “safetipin” (“agulha de segurança”) que permite que as usuárias da bicicleta indentifiquem lugares na rede cicloviária aonde não se sentem seguras através do GPS de smartphones, apresentada pela secretaria Cristina Vélez Valencia;
  • Dados da pesquisadora bogotana Olga Lucía Sarmiento sobre as ruas de lazer dos domingos e feriados de Bogotá, que mostram que o 56 % das mulheres que andam de bicicleta nesses eventos disseram que as ruas fechadas ao trânsito motivaram elas a usarem a bicicleta, contra 45 % dos homens que disseram a mesma coisa.

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A pesquisa academica é muito importante para ampliar o conhecimento do uso da bicicleta nas cidades da América Latina em geral e no Brasil em particular. Os trabalhos rigorosos do ambiente acadêmico também resforçam os esforços do poder público e das organizações da sociedade civil que procuram aumentar o uso da bicicleta e melhorar as redes cicloviárias. Por isso a TA teve orgulho de participar deste evento e espera participar de outras edições futuras do congresso Ruedalab.