O projeto “Ciclo Rotas do Centro do Rio de Janeiro” foi um dos selecionados para a 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza. A proposta geral do curador “Alejandro Aravena” chama-se “Reporting from the Front” (Notícias do front em tradução livre) e é uma provocação sobre o papel da arquitetura como ferramenta de transformação.
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REPORTING FROM THE FRONT será sobre compartilhar com uma audiência mais ampla o trabalho de pessoas que estão revirando o horizonte em buscas de novos meios de agir, encarando questões como segregação, desigualdade, periferias, acesso ao sanemamento, desastres naturais, crise habitacional, imigração, informalidade, crime, trânsito, lixo, poluição e participação popular. E simultaneamente, serão apresentados exemplos em que diferentes dimensões são apresentadas, integrando o prático com o existencial, pertinência e coragem, criatividade e senso comum.
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Washington Fajardo foi o curador escolhido pela Fundação Bienal de São Paulo para escolher os melhores exemplos brasileiros a serem mostrados em Veneza. São 15 trabalhos que compõe a mostra “JUNTOS” que irá compor o Pavilhão do Brasil da Bienal de Veneza. A idéia é buscar “evidenciar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças na passividade institucional das grandes cidades do País, conquistando arquitetura em processos lentos cujo vagar não é problema, mas um apontamento de soluções ao esfacelamento político do planejamento do território.”
Histórico do projeto Ciclo Rotas do Centro do Rio de Janeiro
Tudo nasceu em uma parceria entre a Transporte Ativo, o ITDP Brasil e o Studio-X Rio. Foi durante o período pré-eleitoral de 2012 que nasceu a idéia das “Ciclo Rotas Centro”. Um presente da Sociedade Civil ao Prefeito recém empossado, visando estruturar uma rede cicloviária no centro da cidade. Para isso, ciclistas cariocas se uniram para construir um plano completo de ciclorrotas cruzando toda a região central, uma rede capaz de integrar os bairros centrais e ao mesmo tempo unir a Zona Sul à Zona Norte.
Para além do cicloativismo, a proposição de um plano estruturado foi uma maneira eficiente de municiar os técnicos da administração municipal para que eles pudessem ter subsídios para aumentar a malha cicloviária. Uma estratégia que independe dos humores políticos e que se constrói para além do calendário eleitoral.
Já em 2013, a malha proposta pelo projeto Ciclo Rotas Centro foi oficializada e passou a fazer do parte do planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro. Aos poucos a infraestrutura construída coletivamente vem ganhando as ruas.
Reconhecimento Internacional
Desde 2013, o Ciclorrotas centro já passou pelo no III Fórum Mundial da Bicicleta em Curitiba, no Urban Age da London School of Economics, na bienal de design em Shezen na China, no Velo City em Adelaide Australia, Medelin na Colombia e Taipei em Taiwan. Sempre sendo reconhecido como exemplo de projeto colaborativo “de baixo pra cima” feito através de uma parceria público privada sem verba dedicada.
Saiba mais:
– Anunciado o tema do pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza 2016
– Ciclorrotas de construção coletiva
– Receita pronta para o uso da bicicleta