
Sobre Duas Rodas
Fábio Maciel é o autor de um belo vídeo que mostra a realidade de alguns ciclistas na cidade do Rio de Janeiro. A idéia é incentivar que mais pessoas troquem o consumo de petróleo pelo de oxigênio, diminuindo assim o aquecimento global.
O trabalho de Fábio é um dos finalistas do Concurso “De Olho no Clima” promovido pelo British Council. Quem se dispuser, vale se cadastrar no site e votar.
– Assista a versão de 5 minutos do vídeo Sobre2Rodas por Fábio Maciel.
O trailer está também disponível no post “Consuma Mais Oxigênio“.
Confira abaixo:
Baixa Velocidade
Pedalar para o trabalho ou como meio de transporte não deve ser uma atividade esportiva que envolva grande esforço físico e superação pessoal. A bicicleta como veículo cotidiano requer apenas a constância de seguir devagar e sempre, pedalando num ritmo agradável.
A chegada do calor da primavera no hemisfério Sul reforça no ciclista a necessidade de baixar o ritmo e evitar a sudorese excessiva. Um vídeo curto, direto de Copenhague nos ensina como seguir sempre, sem pressa.
Vale lembrar que o calor é um das “desculpas clássicas” para não pedalar para o trabalho, mas qualquer usuário das magrelas pode confirmar que quanto mais se pedala, menos esforço é necessário para vencer distâncias. Gerando cada vez menos calor e portanto sem a produção de suor.
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Via: The Slow Bicycle Movement.
Prioridade Absoluta para Bicicletas
Copenhague, capital da Dinamarca é exemplo mundial de prioridade para a circulação de bicicletas. Mesmo já sendo exemplar, novas medidas continuam surgindo para que o trânsito continue sendo silencioso e limpo. Para garantir a melhora na fluidez das bicicletas, a prefeitura implantou uma “onda verde”. Os semáforos foram programados para possibilitar que os ciclistas sigam sem precisar parar, basta manter uma velocidade constante de 20km/h.
O devagar e sempre levado ao máximo. Uma medida simples que possibilita a economia de energia por parte do ciclista e funciona como uma mensagem clara da importância de quem se desloca de bicicleta. O resultado de uma política tão bem sucedida está nas ruas todos os dias. Copenhague é uma cidade que luta para enfrentar um outro tipo de congestionamentos: o de bicicletas nas ciclovias.
Jan Gehl, famoso urbanista dinamarquês, certa vez disse que é maravilhoso acordar em uma cidade e vê-la um pouco melhor. Assim tem sido nos últimos 40 anos. Que mais cidades ao redor do mundo possam ser varridas pela grande onda verde em prol das bicicletas que vem do Mar do Norte.
The Green Wave in Copenhagen from Colville Andersen on Vimeo.
Via Copenhagenize: Surfing the Green Wave in Copenhagen e TreeHugger
Nunca Deixe os Pedais
A vida ciclística é feita de pequenas grandes conquistas. A primeira ida ao parque, o primeiro passeio mais longo, uma cicloviagem. Devagar e sempre e a bicicleta nos coloca sempre um pouco mais a frente. Pedalar todos os dias pode se tornar um pouco repetitivo. Nessas horas sai para as ruas a criatividade do ciclista e o lema dos “Desafio Auto-impostos“.
Uma conquista interessante pode ser o “nunca soltar o pé dos pedais”. Para isso, o tempo de cada sinal de trânsito tem de ser friamente calculado e a navegação tem de ser precisa. É sempre mais fácil completar a meta nos horários de menos trânsito, assim os motorizados não representam um obstáculo. Um ciclista experiente é capaz de ir devagar e sempre, preso aos pedais navegando pelas ruas sem tocar os pés no chão.
Flutuemos sobre duas rodas, pois.
Aprendendo a Andar de Bicicleta
O Dia das crianças está chegando. Bonecas, carrinhos, bolas, bicicletas.
Simples: andar de bicicleta é uma coisa complexa. A melhor maneira da criançada aprender a andar de bicicleta é dominar etapa por etapa. O maior problema dos pais é a ansiedade, que cria expectativas do filho ou filha dominar a técnica já na primeira pedalada, nas primeiras horas. Isto só gera conflito (“expectativas não atendidas”). A primeira dica para os pais é: calma e paciência. Aplaudir cada avanço, por mínimo que seja. A segunda dica: siga os passos abaixo.
- CONSEGUINDO EQUILÍBRIO.
Equilíbrio é a chave. Antes de tudo, a criança tem que aprender e ter equilíbrio em cima da bicicleta. Por isto, as rodinhas são o pior inimigo de quem está aprendendo a pedalar. Porque elas se transformam em muletas, e a experiência de tirá-las é bem traumática. E dolorida!
Faça o seguinte: pegue a bicicleta nova e retire manoplas e cabos de freio e os pedais (ou compre uma bicicleta especial – veja mais abaixo) “Uma bicicleta sem freio para uma criança??” Calma. Usar os freios é algo que se aprende depois e as manoplas vão distrair ou causar ansiedade fora da hora.
Abaixe o selim até que a criança consiga colocar a planta dos pés no chão. Se isto não acontecer, a bicicleta está grande para a criança. Atenção: não é só a pontinha do pé, é o pé todo! Isto dará a segurança necessária na hora de parar. Agora deixe seu filho ou filha se divertir com esta bicicleta impulsionada pelos pés no chão. Vá com eles até uma calçada levemente inclinada e deixe-os buscarem o equilíbrio ladeirinha abaixo.
- VIRAR E FREAR
Depois de aprendido o equilíbrio, o próximo passo é aprender a virar e parar. Recoloque as manoplas e cabos de freio. Coloque latinhas para a criança desviar delas. Mas sempre impulsionando a bicicleta sem os pedais. Ensine a usar os freios, a ter noção de velocidade e distância.
Infelizmente, as bicicletas infantis brasileiras são de péssima qualidade e os freios quase nunca funcionam corretamente. As bicicletarias fazem o melhor possível – mas se for uma bicicleta comprada em loja de brinquedo, tenha paciência: o freio NUNCA vai funcionar direito; mas como está sem pedais, a criança vai saber parar com os pés. Para crianças de 6 a 8 anos, existem bicicletas melhores. Como a coordenação motora é melhor nesta faixa de idade, basta tirar os pedais, deixando os freios.
- USAR OS PEDAIS
A última etapa para quem está aprendendo a andar de bicicleta é, por incrível que pareça, usar os pedais! Depois de ter equilíbrio, aprender a virar e frear, chega a hora de alcançar a verdadeira liberdade que a bicicleta dá. Com pedais, coroas e catracas, o esforço de se deslocar é extremamente minimizado, e alcança-se uma distância bem maior. É a união da força com o equilíbrio.
Recoloque os pedais na bicicleta. Deixe o selim ainda baixo. Depois de alguns dias ou minutos, a criança consegue unir o equilíbrio que já tem com a força necessária para tocar os pedais. Vá subindo o selim aos poucos, até atingir a regulagem correta. Para crianças, o ideal é sempre tocar o chão com os pés, mesmo com a pontinha. Se o selim chegou no ponto máximo e os joelhos ficam muito curvos, tá na hora de comprar uma bicicleta maior.
Outra dica: não segure ou impulsione a criança pelas costas ou guidão; ela tem que superar as etapas por ela mesma. Para dar apoio, acompanhe-a andando/correndo ao lado da bicicleta.
Este método vale também para adultos que estão aprendendo a pedalar.
- BICICLETAS SEM PEDAIS
Bicicletas sem pedais foram as primeiras a ser inventadas. Com base nesta idéia, na Alemanha eles passaram a usar bicicletas especiais para crianças pequenas (2 a 5 anos). Vejam aqui e assistam um vídeo sobre este método.
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