Destaques
Para Guardar Bicicletas com Estilo
Guardar a bicicleta por vezes se torna um problema. Nas ruas, com a falta de bicicletários, ou mesmo em casa, com a falta de espaço ou de um suporte adequado.
Andrew Lang, designer britânico, criou um suporte para guardar a bicicleta dentro de casa, com muito estilo. Chamado de Cycloc, recebeu prêmios de design e é uma ótima solução para apartamentos, mas também é uma boa opção para guardar a bicicleta em garagens ou dispensas, livre de pancadas e arranhões.

Veja mais em: www.cycloc.com
Sobre Voar e Pedalar
Posted onAuthorJoão Lacerda1 Comment
Bicicletas podem ser carga e viajar com o ciclista para onde for. Ainda que de avião a complexidade seja maior, é possível embarcar, cruzar o país e sair pedalando.
Ser cicloativista as vezes implica em testar a dose máxima de exposição a bicicleta. Mas certamente compensa. A bicicleta integrada ao avião permite cruzar o planeta e ainda manter a liberdade. Ainda que voando a magrela não se sinta confortável e danos possam acontecer.

As compensações no entanto são muitas e a liberdade de ir até o aeroporto e sair de outro aeroporto pedalando vale a pena. Assim foi feito rumo ao Bicicultura em Brasília.
Aeroportos no entanto não costumam ser bem localizados e o acesso a eles é muitas vezes feito através de grandes avenidas ou vias expressas. Congonhas em São Paulo é uma louvável exceção. Indo por dentro do bairro de Moema é possível chegar lá sem grandes vias expressas.
No entanto ao chegar em uma cidade desconhecida, um guia em bicicleta é sempre bem vindo. Afinal é sempre útil ter alguém para mostrar o caminho e conversar durante a pedalada.

Fotos Edu.
Bicicultura, Primeiras Impressões
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment

O evento Bicicultura desse ano foi realizado em Brasília. No centro do poder nacional a idéia era levantar a bandeira da bicicleta como prioridade para o país. E a União dos Ciclistas do Brasil está cada vez mais se firmando no cenário federal.
A presença de tantos cicloativistas brasileiros na capital ajudou o trabalho colaborativo entre as diversas instituições locais que promovem a bicicleta. As dificuldades e boas práticas estão dadas e precisamos seguir rumo ao futuro.
Desde 2005 ciclistas ao redor do Brasil tem se reunido e essa regularidade e o contato virtual constante são os grandes responsáveis pelo nascimento e crescimento da UCB. Em 2005 foi em Florianópolis com a ViaCiclo, 2006 São Paulo e Escola da Bicicleta, 2007 Rio de Janeiro pela Transporte Ativo, 2008 Brasília com a Rodas da Paz.
Mas ainda há muito o que ser feito. Em entrevista ao Jornal do Brasil Beth Davidson da Rodas da Paz resumiu uma necessidade dos ciclistas:
– Temos que ter, sobretudo, educação no trânsito para reconhecer que existem outros meios de transportes. A bicicleta tem que ser vista como meio de transporte.
E o ciclista, “tem de ser respeitado como tal.”
Muito mais do que vultosos investimentos em infra-estrutura, a bicicleta precisa do apoio político proporcional a sua importância na construção de cidades melhores para todos. É essa a luta da União dos Ciclistas do Brasil e dos grupos locais nela representados.
Mais informações no site do Bicicultura.
– JB Online – Construção de ciclovias é prioridade do governo, diz secretário
Ecologia Urbana
Meio ambiente e ecologia são um assunto cada vez mais recorrente. Isto é muito importante, pois ainda dá tempo de salvar o planeta, as áreas verdes e os animais. Porém, ecologia não é só bicho no mato, onça na floresta.
No entanto, cerca de 80% da população brasileira hoje vive em cidades. Então, precisamos falar também de ecologia urbana.
Os problemas ambientais urbanos são muitos: desperdício de energia, lixo, poluição do ar e das águas, destruição das áreas verdes para dar espaço aos automóveis, e sistemas de transporte ineficiente.
Assim como precisamos preservar matas, nascentes e animais selvagens, precisamos de cidades sustentáveis. Andar a pé ou de bicicleta é uma atitude ecológica tão importante quanto conservar a Amazônia ou repovoar o mar de tartarugas marinhas.
Com esta atitude simples de deixar o carro na garagem e ir para o trabalho ou para a academia de bicicleta, você polui menos o ar, não gera pressão por mais estacionamentos e vias – que destroem a área verde das cidades, não gera demanda por petróleo, fonte de energia não renovável.
Novos hábitos, novas tecnologias, novas idéias. É o que mostra este vídeo da WWF:
Veja os outros dois filmes da trilogia Pense de Novo.
Paradoxo no Trânsito
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
Durante muitos anos acreditou-se que a solução para melhorar a fluidez do trânsito rodoviário passava pela construção de novas vias. No entanto esse conceito não tem mais valor. Inclusive, ao aumentar a infra-estrutura viária pode-se até piorar as condições do tráfego.
Dada a natureza anárquica do trânsito e a escolha individual de cada motorista, temos que muitas vezes não há qualquer incentivo a que uma rota seja escolhida em detrimento de outra. Milhares de pessoas tomam decisões baseadas na sua própria conveniência e na presunção de que a rota escolhida é a melhor e mais rápida. Com isso o trânsito não fica distribuído de uma maneira que garanta o menor tempo de viagem possível.
Os físicos responsáveis pela pesquisa apresentam o seguinte exemplo para explicar a teoria: um motorista pode fazer um caminho mais curto por uma ponte estreita ou um trajeto mais longo por uma via expressa. Na melhor conjuntura, o tempo de viagem de todos seria menor se metade das pessoas escolhesse cada um dos caminhos. Mas não é assim que acontece. Alguns motoristas irão usar a ponte estreita para ir mais rápido e a medida que se formem engarrafamentos, muitos optam pela pista expressa. Assim, ela também fica engarrafada e alguns motoristas optam novamente pela ponte estreita. Gradualmente o fluxo nos dois trajetos atinge o “equilíbrio de nash”, quando nenhum motorista iria chegar mais rápido se mudasse seu trajeto.
A solução para a má distribuição do fluxo motorizado foge ao senso comum. Ao fechar algumas ruas, é possível se aproximar do tempo ótimo de viagem. O motivo é simples, uma distribuição mais homogênea de veículos nas vias que continuariam disponíveis a circulação motorizada.
Surgiriam naturalmente benefícios além da simples melhora na fluidez. Ao invés de uma via congestionada, ruas exclusivas para ciclistas e pedestres.
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Para quem quiser saber mais:
– If You Build, They Will Clog.
– Queuing conundrums
