Destaques
Pedestre é poesia
Posted onAuthorJoão Lacerda6 Comments
[photopress:pedestrenafaixa.jpg,full,centered]
Foto Mário Moreno
Ruas
Por que ruas tão largas?
Por que ruas tão retas?
Meu passo torto
foi regulado pelos becos tortos
de onde venho.
Não sei andar na vastidão simétrica
implacável
Cidade grande é isso?
Cidades são passagens sinuosas
de esconde-esconde
em que as casas aparecem-desaparecem
quando bem entendeme todo mundo acha normal.
Aqui tudo é exposto
evidente
cintilante. Aqui
obrigam-me a nascer de novo, desarmado.
Catorze de março no Brasil é o dia Nacional da Poesia. Poeta também é o pedestre, que flana pelas ruas e calçadas em diversos ritmos. Fazendo de labirintos urbanos, caminhos.
Amore Pedestre
Um filme de 1914, de Marcel Fabre. Toda a história contada sem diálogos e somente com os pés e pernas.
Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem.
Informativo Bimestral 09
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment

Ano novo, carnaval e as coisas no Brasil como sempre andando devagarinho, mas a TA não parou.
O início da criação da UCB, as visitas aos Shoppings Centers Cariocas e o diálogo com a Barcas S.A. foram destaque. Vale conferir o informativo.
Clique aqui para ver a última edição.
Seminário em São Paulo
Posted onAuthorJoão LacerdaLeave a comment
[photopress:Convite.jpg,thumb,alignleft]
(clique na foto para visualizar o convite
Um Novo Olhar sobre a Bicicleta e a Cidade
Aos que sejam ou estejam na capital paulista nessa quarta feira, o convite para comparecer à sede da Prefeitura para discutir a concepção da bicicleta como meio de transporte urbano. Serão abordados os avanços na esfera municipal, estadual e federal.
Local: Auditório do 7º andar – Edifício Matarazzo
Data: 14 de março de 2007
Horário: 14h00
Entidades envolvidas:
– Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana – Semob;
– Companhia de Engenharia de Tráfego – CET;
– Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida – Seped;
– Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA
– Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação – SEME;
– Secretaria Municipal de Transportes;
Bicicletários na Imprensa
Posted onAuthorJoão Lacerda2 Comments
A vistoria nos shoppings repercutiu esse fim de semana na imprensa carioca.
Uma nota no sábado ressaltou a vistoria e os shoppings amigos do ciclista. No domingo uma matéria completa apontou os problemas averiguados além das vantagens que desfrutam os usuários da bicicleta simplesmente por escolherem um meio de transporte tão eficiente.
> Mais informações sobre a vistoria.
> A matéria pode ser:
Baixada em PDF.
ou
Lida na versão Online do Jornal (requer cadastro).
> Coluna Gente Boa – “Vai de Bicicleta”
[photopress:Plaza.jpg,full,centered]
Plaza Shopping (foto – Zé Lobo) e Rio Sul foram apontados como os melhores shoppings para os ciclistas.
Mudança à Moda Holandesa
Posted onAuthorJoão Lacerda2 Comments
[photopress:bakfiet.jpg,resized,centered]
Foto Pablo
Amsterdam, capital mundial das bicicletas. Para os holandeses, apenas mais um meio de transporte do dia a dia. Quanto têm que levar a mudança da casa, existem excelentes bicis cargueiras para alugar.
A bicicleta nesse caso mostrou-se acima de tudo, uma alternativa real, de fácil acesso. Um dos componentes necessários à diversidade urbana, que se traduz em qualidade de vida para todos. Afinal, quando mais opções disponíveis para a população, menos sobrecarregadas se tornam as infra-estruturas de transporte.
Mudança
(…)
Tentei chamar uma van que transporta. Mas não tinham mais horários. Então parti pra solução típica dutch: bike!!! Aluguei uma bakfiets igual a essa (um triciclo): caçamba de 1,90 x 1 m! 25 euros por 1 dia.
É uma bike muito doida, porque o manuseio é bem diferente de uma comum. Claro, é enorme, mas além disso, tem duas rodas na frente, então nas curvas não há balanço com corpo. É pesada, e embora Amsterdam não tenha ladeiras, na hora de atravessar os canais, só aquelas subidas já eram mó esforço. A proporção das catracas é como na marcha mais leve de bikes comuns, então você pedala várias vezes pra locomover pouco e não consegue ir rápido com ela (a não ser nas descidas, já que ela é pesada e pega velocidade fácil).
E o mais estranho de tudo: não existe roda livre. Quando ela anda pra frente, sempre os pedais rodam pra frente — logo, se você roda ele pra trás, ela dá ré! O freio é uma alavanca no meio do quadro. Demorei para me adaptar a isso!
Por causa disso tudo, quase bati no início — fui falar no celular enquanto pedalava, e isso não dá mesmo! Quando descia as ladeiras, o pedal vai rodando mais e mais rápido e dá um certo desespero — depois peguei a manha de tirar os pés mesmo e deixar eles rodarem o mais rápido que for, para pegar velocidade… só recolocava quando já tinha diminuído de novo.
[Outra manha que peguei durante o uso foi de em vez de ficar me matando pra subir a ladeira em cima da bike, pular dela e empurrar até o cume, e depois de atingi-lo, pular rapidamente pra cima de novo pra aproveitar a descida]
Pois bem, com a bike fiz 3 viagens de ida de volta. A distância entre casa velha e nova é de aproximadamente 4km, então pedalei 25 km em uma dia! Devo ter carregado uns 400 quilos no total. No fim do dia tava exausto!
Para ficar mais emocionante, chovia na segunda viagem! Eu, com casaco, capuz e cachecol, suando pacas — não podia me descobrir e ao mesmo tempo tava fazendo mó esforço — com cadeiras, peças compridas de madeira de uma cama, mais um monte de caixas e mochilas cheias, cortando o vento e tomando água na cara!
Muito guerreiro! Me senti um herói, ainda mais porque meus companheiros de casa não carregaram quase nada. Foi tudo em uma dia, só com bike (com exceção de um colchão de casal enorme, que só foi no carro de uma amiga, 1 dia depois).
Originalmente publicado no blog pessoal do Pablo.
