Uma Ciclovia Paulistana

Bicicleta e o Trem

Uma nova ciclovia está sendo planejada em São Paulo. Ela ligará as estações de metrô Corinthians/Itaquera até o Tatuapé. Serão aproximadamente 12 quilômetros as margens dos trilhos. Além da pista exclusiva para os ciclistas, será também feita uma reurbanização do entorno e a construção de bicicletários em algumas das estações. A idéia é integrar a bicicleta ao transporte de massa.

Futura Ciclovia

Um benefício complementar a construção da ciclovia será a criação de uma área de lazer nos fins de semana para a população da região, já que o trecho onde será feita a obra está hoje abandonado e passará a contar com mais infra-estrutura de lazer e tratamento paisagístico.

Para vistoriar todo o trajeto, uma frota de Dahons. As bicicletas que viram bagagem e podem ser embarcadas nos trens e metrôs em qualquer horário.

Bicicletas na Estação

  • Mais:
  • Confira o trajeto aproximado da nova Ciclovia.
    Roteiro por GPS da Ciclovia Radial.
    Ciclorota do Tatuapé até o Centro.

    Uma nova Ciclista

    A Vereadora Soninha redescobriu a bicicleta como meio de transporte regular para ir ao trabalho e relatou sua experiência em seu blog pessoal. Antes de se tornar ciclista, as ruas podem parecer vazias demais, ou com carros demais. Com o hábito, as coisas mudam.

    Eu agora olho para todo lado e só vejo ciclistas. Entregando pizzas, galões de água, material de escritório. Jovens e velhos, moças e moços, passeando e praticando esporte, indo ao trabalho e à escola. (…)

    Incrível como o seu meio de locomoção muda tudo. Mudar o jeito como você sai de casa tem a maior influência sobre o dia todo. Começa do fato de não ter de procurar chave e documento… Para mim, uma bênção (quem já viu minha bolsa e minha mesa pode imaginar). Nem com a chave do cadeado, uma vez que ela não fica amarrada do lado de fora, mas entra comigo nos lugares. Aliás, é gozadíssimo ter um meio de transporte que às vezes me carrega, às vezes eu carrego ele.

    Confira o relato “Bikes pra todo lado…” na íntegra.

    • Mais no blog:

    Relato de um novo ciclista
    Nasce um Novo Ciclista
    Vermelha ou Azul

    Indicadores do Trânsito

    O Instituto Ethos publicou recentemente um extenso artigo que versa sobre a (i)mobilidade em São Paulo. O gancho foi o lançamento da Campanha do “Dia Mundial Sem Carro”. No entanto é possível visualizar com clareza uma mudança de perspectiva que ainda é necessária.

    Indicadores citados para avaliação da qualidade do sistema de transportes:
    – o número de dias em que o limite aceitável de poluição é ultrapassado,
    – a média de congestionamento em horários de pico,
    – o tempo médio que um veículo leva para deslocar-se entre determinados pontos da cidade,
    – o total anual de mortes em acidentes de trânsito,
    – a média de atropelamentos por ano,
    – o número de automóveis particulares na cidade,
    – o déficit de semáforos e de faixas de pedestres,
    – o total anual de ocorrências de doenças respiratórias ligadas à poluição.

    Certamente todos esses indicadores são de serventia quando se busca melhorar a mobilidade e por conseqüência a qualidade de vida de uma cidade. No entanto, é ainda mais importante uma simples troca nos termos a serem analizados.

    Ao invés de medirmos o “tempo de deslocamento dos veículos”, seria de mais serventia aos cidadãos, medir o deslocamentos das pessoas nas cidades. Afinal, o modal de deslocamento é apenas um meio para se atingir um destino. Caso tenhamos um real desejo por cidades melhores é necessário pensarmos em como pensa-la sempre ao redor das pessoas e suas necessidades.

    • Mais:

    > No Blog:
    Sem Carro em São Paulo
    > Instituto Ethos:
    Dia Mundial sem Carro estimula reflexão sobre os impactos negativos dos veículos particulares e a necessidade de transporte público de boa qualidade

    Um dia sem carros, por quê?

    O dia 22 de setembro se aproxima. Foi escolhida como a data simbólica para um mundo em busca da mobilidade urbana sustentável. Notícias nos jornais e comentários na internet já mostram a agitação que a data provoca. As duas maiores cidades do país, Rio e São Paulo, aderiram formalmente. A mobilidade sustentável é algo amplo e complexo, mas o refrão é “Dia Mundial Sem Carros”.

    Ao lançar uma campanha contra os carros pode-se causar efeito inverso, gerando uma sensação de desamparo na maioria das pessoas, em estágio avançado de dependência do automóvel. Tal como quando o boato “vai faltar água” se espalha e todos começam a encher baldes e bacias.

    Quando se fala em mobilidade, o alerta tem de ser feito. Os malefícios causados pelo automóvel na coletividade são bem maiores que os benefícios que ele proporciona a seus proprietários individualmente.

    Cidades são sistemas complexos e a política urbana adotada na sociedade ocidental, ao valorizar em demasia o individualismo do transporte por automóveis, só fez piorar a situação a um ponto insustentável. Há uma rede de conexões entre o aumento do uso e da quantidade de automóveis e sua influência negativa no ambiente das áreas urbanas.

    Em março deste ano foi publicado o documento The Urban Environment pela Royal Commission on Environmental Pollution, do Reino Unido. Eles identificaram uma teia de problemas maléficos causados pelos automóveis nas cidades. O diagrama foi traduzido para o português e encontra-se disponível na página da TA.

    Para uma teia de problemas, há uma árvore de soluções. Neste cenário caótico e aparentemente sem saída da dependência dos automóveis, a bicicleta apresenta-se como alternativa viável para mobilidade nas cidades. É uma forma de transporte individual ecologicamente limpo, silencioso, que ocupa pouco espaço urbano. Além disso, ainda melhora a saúde e aproxima as pessoas.

    Em busca de melhor qualidade de vida, de um planeta mais limpo e um futuro garantido para as novas gerações, as cidades precisam que todos nós façamos uma opção ativa pelo transporte coletivo, andar a pé, de skate, patins ou bicicleta.

    • Mais:

    > No blog:
    Outra São Paulo
    Dia Sem Carro no Rio

    > No site:
    artigo: Viciados em carro

    > Repórter Social.com.br
    Bicicleta na cidade: contra o caos urbano

    Olhar Bípede

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    Executivo a caminho do trabalho – Foto Zé Lobo

    A Revista Piauí desse mês traz o perfil do professor Alexandre Delijaicov da Universidade de São Paulo. Há anos ele percorre a metrópole somente de bicicleta. A indumentária foge ao convencional para as ruas brasileiras, mas está dentro do padrão europeu.

    A bicicleta de Delijaicov tem um alforje no bagageiro onde ele guarda calças impermeáveis e uma capa, para os dias de chuva. Ele costuma vestir jeans, camisa branca de mangas compridas, com os punhos abotoados, calça tênis de camurça marrom-café e leva uma bolsa de lona preta cruzada no peito. É difícil imaginar que essa seja a indumentária ideal para percorrer sete quilômetros e meio de bicicleta. A maneira de se vestir, no entanto, é a primeira característica que diferencia o professor de arquitetura da maioria dos ciclistas. Para ele, andar de bicicleta não é um esporte; é um jeito de chegar ao trabalho. Necessariamente, ele não pode transpirar ao pedalar: nenhum professor (exceto os de educação física) pode dar aula suando.

    Uma cultura ciclística é feita de iniciativas como a do professor Delijaicov. Como ele bem define:

    Nossas cidades são como nós, obras inconclusas (…)

    A mudança que desejamos no espaço urbano se dará quando os cidadãos mudarem o olhar e souberem contemplar a cidade que queremos. Sem poluição, barulho e com segurança para todos. Uma cidade humana que certamente será um espaço amigo dos pedestres e ciclistas.

  • Mais:
  • > Revista Piauí:
    Movido a 100% energia humana

    > Apocalipse Motorizado:
    Bicicletada dos Executivos