A volta do IMC

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Em 2008 iniciamos uma série de seminários denominados Introdução ao Mundo Cicloviário, para servidores municipais do Rio de Janeiro, com foco principal nas Secretarias de Transporte, CETs e Guarda Municipal, o curso se repetiria por 10 vezes nos meses seguintes. Logo em seguida, fomos convidados pelo ITDP e C-40 para realizar o mesmo curso para servidores da cidade de São Paulo, onde foram realizadas 8 rodadas. Algo em torno de 350 servidores passaram pelo seminário em cada uma das duas cidades. Hoje alguns dos resultados que encontramos nas ruas contam com a informação e conhecimento adquiridos por estes técnicos.

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Ainda em 2008, na primeira edição do Bicicultura Brasil em Brasília, fizemos um treinamento para diferentes grupos e organizações, para que pudessem replicar o seminário em suas cidades e ele pudesse se espalhar pelo país.

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Em 2009 foi a vez de ir pra Holanda, a convite da organização local ICE – Interface for Cycling Expertise, para realizar o treinamento para 12 organizações de 9 países de 3 continentes, visando ampliar a aplicação do seminário e sensibilizar, conscientizar e mudar comportamentos.

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A experiência se estendeu até 2011 e agora em 2016, retorna e avança em direção a 2017 com novas edições em diferentes cidades brasileiras, desta vez em parceria com a Plataforma de Mobilidade Itaú. Já estivemos em Salvador na Bahia; Maceió em Alagoas, Fortaleza no Ceará e a previsão é seguir em frente, apresentando o potencial da bicicleta para servidores municipais, sendo que o foco agora são todas as secretarias possíveis.

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O seminário visa promover os benefícios e o potencial das bicicletas entre servidores públicos, apresentando a eles o caminho que as bicicletas percorreram do Século XX até os dias atuais, os motivos que a levam a se destacar nesse inicio de século, as tendências em urbanismo e mobilidade e a importância do diálogo entre secretarias e principalmente com as organizações e grupos de ciclistas locais, para uma melhor compreensão de seus anseios e necessidades, buscando assim um planejamento cicloviário mais eficiente e de melhor qualidade.

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Carvelo* Camp 2016

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Carvelo Camp 2016, em Berna capital da Suiça, evento realizado pela organização local Mobility Academy que trabalha com desprivatização: shared mobility e desmotorização, embora aceitem elétricos.

Estivemos lá, representados pelo Bike Anjo JP Amaral, onde apresentamos as bicicletas de carga no Rio de Janeiro. O assunto é sempre uma surpresa empolgante para os europeus, que ficam entusiasmados com a diversidade do tema por aqui. As principais questões deles para o exemplo do Rio foram: Segurança viária; entrada de outros modelos de triciclos e bicicletas, principalmente elétricos; e se olimpíadas ajudaram em alguma coisa para as cargo-bikes no Rio.

Na cidade de Berna, assim como Paris e outras cidades europeias, existe um programa de incentivo para aquisição de cargobikes em empresas. A prefeitura local já substituiu 61,3% de sua frota de carros e caminhões por bicicletas cargueiras. Com o objetivo de elevar a divisão modal por bicicleta para 20% até 2030 eles tem o lema “Velo-Offensive” (bicicleta Ofensiva) e usam como estratégia participação popular, cultura da bicicleta especialmente com crianças e novas infraestruturas focadas em qualidade e não em quilometragem como costumamos encontrar por aqui.

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Cargo-bikes estão cada vez mais se integrando a empresas de tecnologia de última geração na área de logística, pois a bicicleta é o veículo que chega mais próximo da rapidez da internet, permitindo fornecer serviços de entrega para compras online em até 1 hora ou no mesmo dia. Cargo-bike sharing, sem estações, no estilo “Book and Ride” com a proposta de servir como experimentação para famílias e pequenos negócios e diversas novas empresas e modelos de bicicletas começam a surgir.

O conceito de e-cargo bikes (bicicletas de carga elétricas) vem para substituir carros, em especial para famílias com filhos. Palestrantes mencionaram por diversas vezes que o futuro é elétrico, mas o exemplo do Rio caiu muito bem para alertá-los que seria péssimo o Brasil ser elétrico, uma vez que a maioria das bicicletas de carga por aqui já são energia 100% limpa e sustentável.

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Enquanto que na Europa, a busca pela promoção do uso comercial de bicicletas de carga é um desafio em andamento. Lá elas ainda são um item ainda bastante familiar: em Copenhage 25% das residências tem uma cargo-bike. Já no Brasil elas são uma tradição para uso por pequenos comércios, com registros dos anos 30 no Rio de Janeiro e hoje os números são surpreendentes.

O nosso recado final no evento em Berna foi que a bicicleta de carga no Rio já é existente e uma ótima forma de trazer mais pessoas em bicicletas em bairros de alta densidade. No entanto, agora é necessário dar o devido reconhecimento e formalização a esse forte setor que contribui para a economia e sustentabilidade das cidades.

 

Para os que entendem alemão, a apresentação pode ser vista aqui.
Para os demais, os arquivos que deram origem a apresentação abaixo.

Estabelecimentos Comerciais com Entregas por Bicicleta em Copacabana;
Estabelecimentos Comerciais com Entregas por Bicicleta em 9 Bairros do Rio;
Os Benefícios dos Veículos de Carga à Propulsão Humana

 

*CarVelo: Car = Carga; Velo = Bicicleta

Cicloturismo em Niterói

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O cicloturismo urbano é uma modalidade que atinge não apenas turistas, mas também moradores que buscam uma nova forma de conhecer e interagir com a cidade, permitindo explorar suas mais diversas potencialidades (gastronomia, aventura, arte, natureza, etc). Devido ao seu alcance, vem se tornando um promotor da mobilidade por bicicleta nas cidades, além de ser uma forma saudável, ecologicamente correta e geradora de novas práticas no turismo, incentivando e impactando positivamente na economia local.

Tanto na forma urbana quanto rural, o cicloturismo tem crescido ano a ano no Brasil e no mundo, diversas cidades tem experimentado um crescimento enorme nesta modalidade turística, movimentando a economia e apresentado a cultura local de forma mais próxima à realidade.

Seguindo essa linha, nesta quarta-feira acontece em Niterói o I Encontro para o desenvolvimento do Cicloturismo. O evento vai debater o desenvolvimento do turismo local e regional e sua contribuição para os negócios. Três grandes temas serão debatidos: Como as cidades são vistas dentro do planejamento dos roteiros de cicloturismo; Cicloturismo como fomentador de novos negócios; e Estratégias para o desenvolvimento do Cicloturismo, além de outras atividades.

Inscreva-se e conheça a programação completa em Cicloturismo em Foco.

Cidades Acessíveis e Ativas

WCA_HIIIExistem muitas ferramentas disponíveis para transformar cidades em cidades mais ativas e acessíveis; a bicicleta é uma delas. Ela é muito mais do que apenas transporte, já contribiu para o desenvolvimento urbano sustentável e pode contibuir significativamente para os objetivos globais e a Nova Agenda Urbana. Com isto em mente, a Federação Europeia de Ciclistas (ECF) está organizando um evento de networking durante o Habitat III, em QUito no Equador,  reunindo partes interessadas de diferentes setores e origens para discutir e concordar sobre como podemos colocar em prática os resultados da Nova Agenda Urbana em combinação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (metas globais) para  cidades acessíveis e ativas através da promoção do ciclismo.

Caso esteja em Quito, compareça no dia 20 de Outubro, às 14hs na sala MR18 da Casa de la Cultura Ecuatoriana Benjamin Carrion.

Conheça a programação.

Velo-City 2017 e 2018

São muitos anos de parceria com os holandeses, Interface for Cycling Expertise, Dutch Cycling Embassy e com o próprio consulado no Rio de Janeiro. O foco agora são as próximas duas edições do Velo City, 2017 nas cidades de Arnhen e Nijmegen na Holanda e 2018 no Rio de Janeiro. Os preparativos para as duas edições já começaram. Enquanto por aqui a organização segue em estágios iniciais, por lá a agitação já é grande. No Dia 2 de outubro se encerrou o prazo para inscrição de trabalhos e agora uma equipe está debruçada na avaliação dos 720 trabalhos enviados, dentre eles 50 brasileiros.

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Nosso objetivo agora é levar o máximo possível de brasileiros para Arnhem e Nijmegen e trazer o máximo de holandeses para a nossa edição em 2018. Serão trocas de informações e experiências que podem ser muito valiosas para ambos. Eles têm ampla experiência em infraestrutura cicloviária e tudo que a envolve, e nós a capacidade de lidar com o imprevisto e vencer barreiras e adversidades para tornar algo possível.

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Zé Lobo e Eduardo Bernhardt recebendo as bicicletas do Consul Arjen Uijterlinde.

Em meio a esses preparativos duas das bicicletas Dutch Orange Olympic Gazelle, que vieram para o Rio servir de meio de transporte para a delegação e atletas holandeses durante os Jogos Olímpicos nos foram presenteadas pelo consulado holandês, sendo assim elas continuam a rodar no Rio, despertando interesse, divulgando a cultura holandesa de uso das bicicletas e promovendo esta atividade em nossas cidade. A Gazelle, tradicional marca de bicicletas holandesa, é um dos principais patrocinadores do evento em 2017. Seguimos com os preparativos, pedalando Gazelles por aqui e por lá!

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Em breve as inscrições para o evento holandês estarão abertas, para os que se interessam na Mobilidade por Bicicletas, uma excelente oportunidade de ampliar e aprofundar conhecimento sobre o assunto. O tema do Velo City 2018 é The Freedom of Cycling ou a Liberdade das Bicicletas e os subtemas: Infraestrutura, Pessoas, Economia da Bicicleta, Planejamento Urbano e Governança. Escolha seu tema favorito e prepare-se para essas duas rodadas do evento.